O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) comentou a grave crise sanitária que se instalou no Brasil devido à pandemia. Em entrevista ao âncora Magno Martins, no programa Frente a Frente, hoje, Mandetta falou sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro na condução do enfrentamento à Covid-19 e disse que “a Justiça histórica alcançará” o chefe do Executivo.
“(Bolsonaro) tem o seu drama de consciência por ter tomado tantas decisões erradas, mas ele as justifica ao achar que estava no caminho certo. O resultado é muito ruim e eu acho que a História, com certeza, vai pegar tudo isso que ele falou e vai estar muito bem registrado porque esse vai ser um assunto que daqui a cem anos as crianças vão estar na escola e vão estar perguntando”, avaliou.
Em abril de 2020, após vários atritos com Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta deixou o Ministério da Saúde. De lá para cá, mais de 270 mil pessoas morreram de Covid-19. Na entrevista, ele falou que jamais pediu para sair e que coube somente ao presidente seu desligamento. “Nunca peço para sair. Médico não abandona paciente. A gente trabalha até o limite da nossa possibilidade”, afirmou.
Ele também disse que alertou diversas vezes o presidente sobre a gravidade da situação enquanto esteve como ministro. “Ele escutava outras pessoas falando ‘olha, isso aí não vai ser nada, só vão morrer 2 mil pessoas, vai durar um mês e meio só, vai passar rapidinho’. Foram colocando isso para ele e a pior pessoa que tem é aquela que fala o que o cara quer escutar. Ele só acreditava em quem levava notícias desse naipe”, assegurou. “Eu levei a realidade”, completou Mandetta.
O ex-ministro declarou que “a voz” do presidente “fez muita falta” no enfrentamento à crise e que Bolsonaro “boicotou a prevenção”: “A voz dele fez muita falta para que as pessoas não confundissem militância política com suicídio sanitário.”
Luiz Henrique Mandetta falou, ainda, sobre o ritmo de vacinação e que, se seguisse à frente do Ministério da Saúde, “teria avançado” para comprar as 70 milhões de vacinas que a Pfizer ofertou ao Brasil em agosto do ano passado. “Eu teria comprado todas que eu pudesse. O Brasil poderia ter começado a vacinar em novembro. Teria sido o primeiro país do mundo”, declarou.
Ele também fez críticas à atuação do general Eduardo Pazuello na pasta. “O Governo erra primeiro quando coloca para conduzir a Saúde uma pessoa que não é da área”, ressaltou. “A equipe que eu deixei lá, a maioria era de concursados. Tirou tudo aquilo dali e substituiu também por pessoas que têm como única afinidade a questão militar. Ele ficou sem condição de liderar e sem equipe, e aí começaram os erros. Infelizmente, não teve respeito à vida, desmanchou o SUS e não tomou decisões baseadas na ciência”, prosseguiu.
Em meio à análise, Mandetta disse que “é preciso um pacto para salvar vidas no Brasil” e pediu para que a população tivesse paciência, evitando aglomerações e utilizando as proteções básicas, como máscara e álcool em gel.
O arcebispo de Cascavel, Dom Mauro, faleceu no fim da tarde desta quinta-feira (12), na cidade paranaense. Com 66 anos, o líder religioso faleceu devido à Covid-19.
Dom Mauro foi internado no dia 16 de fevereiro, após ser diagnosticado com a doença. Dois dias depois, foi transferido para a UTI e acabou intubado.
Nos últimos dias, Dom Mauro apresentou melhoras, mas na última terça-feira (9), a equipe médica informou que houve piora nos exames gerais e também quadro de reinfecção. Dom Mauro era Arcebispo Metropolitano de Cascavel desde 31 de outubro de 2007.
A região registrou cinco novos óbitos nas últimas 24 horas.
Por André Luis
Após os últimos boletins divulgados pelas secretarias de saúde dos municípios do Sertão do Pajeú, nesta quinta-feira (11), a região totaliza 20.031 casos confirmados de Covid-19. Foram mais 82 novos casos nas últimas 24 horas.
Portanto, os números de casos de cada município ficam assim: Serra Talhada, 7.184; Afogados da Ingazeira, 3.073; Tabira 1.901, São José do Egito, 1.491; Carnaíba, 1.052; Flores, 737; Santa Terezinha, 690; Triunfo, 662; Itapetim, 620; Iguaracy, 468; Calumbi, 373; Brejinho, 364; Solidão, 338; Quixaba, 311; Santa Cruz da Baixa Verde, 303; Tuparetama, 297 e Ingazeira, 166 casos confirmados.
Óbitos – A região conta agora com 342 óbitos por Covid-19. Foram 5 novos óbitos nas últimas 24h. Todas as dezessete cidades da região registraram mortes. São elas: Serra Talhada (105); Afogados da Ingazeira (33); Flores (26); São José do Egito (26); Carnaíba (22); Triunfo (22); Tabira (21); Santa Terezinha (19); Tuparetama (17); Iguaracy (14); Itapetim (12); Quixaba (10); Brejinho (5); Santa Cruz da Baixa Verde (4); Calumbi (3); Solidão (2) e Ingazeira (1).
Detalhes dos óbitos
Em Serra Talhada, a XI Geres, confirmou a morte de Adinaide Nunes Magalhães. Ela era Auxiliar de serviços gerais e tinha 52 anos. Estava no Hospital Eduardo Campos . A morte ainda não foi divulgada no boletim oficial do município.
A Secretaria de Afogados da Ingazeira, confirmou o 33º óbito por Covid-19. Trata-se de um paciente do sexo masculino, 79 anos, aposentado, hipertenso, foi a óbito ontem no HREC em decorrência de complicações da Covid-19.
A Secretaria de Saúde de Tabira, confirmou o 22º óbito no boletim epidemiológico desta quinta-feira, mas não divulgou os detalhes do ocorrido.
Em São José do Egito, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, confirmou o 26º óbito pela doença. Segundo o boletim, a paciente estava há vários dias internada em Afogados da Ingazeira. Ela teve complicações decorrentes da covid-19 e faleceu na manhã de ontem.
A Secretaria de Saúde de Iguaracy, confirmou em seu boletim epidemiológico, a 14ª morte pela doença. O boletim não apresenta detalhes sobre o óbito.
Recuperados – A região tem agora no total 19.242 pacientes recuperados da Covid-19. O que corresponde a 96,06% dos casos confirmados. Ontem foram 93 novas curas clínicas.
A proposta prevê medidas de ajuste fiscal e vai possibilitar o pagamento de um novo auxílio emergencial
A Câmara dos Deputados concluiu, no início da madrugada desta sexta-feira (12), a votação em segundo turno da PEC Emergencial. No total, foram três dias de votações (incluindo primeiro e segundo turnos).
A Proposta de Emenda à Constituição 186/19 permite ao governo federal pagar, em 2021, um novo auxílio emergencial aos mais vulneráveis, com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos; e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
Uma análise da consultoria da Câmara deve recomendar a promulgação da PEC sem necessidade de retorno ao Senado.
Na sessão desta quinta-feira (11), o Plenário aprovou somente dois destaques surgidos de acordo entre os partidos da base aliada e o governo na votação da matéria em primeiro turno.
Com a aprovação desses destaques, foi retirada da PEC a proibição de promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregado público. Essa proibição era um dos pontos criticados pela bancada de militares e policiais.
A mudança beneficia servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional.
Após ter vacinado o público prioritário de idosos a partir dos 80 anos de idade, a Prefeitura deu sequência ao público entre 75 e 79 anos em Afogados da Ingazeira, priorizando os de maior idade, tendo em vista a pouca quantidade de vacinas que vem chegando ao município.
A aposentada Martinha Francisca de Oliveira (foto), de 79 anos, moradora do bairro Padre Pedro Pereira, foi um dos 66 idosos vacinados hoje em Afogados, nessa faixa etária. Além deles, também foram vacinados mais 27 profissionais de saúde, com Afogados ultrapassando as 2.200 pessoas vacinadas no município.
“É uma quantidade muito pequena que vem chegando aos municípios, quase que a conta gotas. Precisamos urgentemente que o Governo Federal compre mais vacinas e assim regularize essas entregas para que possamos acelerar o processo de imunização da população, garantindo a vida das pessoas e diminuindo a pressão sobre o sistema de saúde,” destacou o Secretário de Saúde de Afogados, Artur Amorim.
Durante a coletiva de hoje, o Secretário Estadual de Saúde André Longo ressaltou que, apesar do esforço do Governo de Pernambuco com a abertura de leitos, as medidas de proteção continuam fundamentais para salvar vidas.
“O vírus também está com uma aceleração recorde, que pode tornar-se, a qualquer momento, superior à nossa capacidade de abrir leitos. Por isso, meu recado é que ou todos cooperam, ou vai faltar leito para quem precisa, o que vai provocar a perda de vidas”, disse.
E acrescentou: “o reforço no uso correto da máscara, na lavagem das mãos e no distanciamento social é uma questão de proteção e de respeito à vida. A pandemia, infelizmente, ainda não acabou e os próximos dias tendem a ser muito graves. Por isso, neste momento, cada atitude vai contar para conseguirmos salvar mais vidas”, ressaltou.
O Governo de Pernambuco ampliou, na segunda-feira (8), a rede de terapia intensiva em mais 80 leitos, destinado a pacientes com a Covid-19, distribuídos na Região Metropolitana do Recife e no Sertão.
Os leitos de UTI foram abertos nos hospitais Eduardo Campos da Pessoa Idosa (10), Otávio de Freitas (10), Real Hospital Português (8), no Recife; Tricentenário (20, sendo que 17 já foram abertos hoje e três serão ativados até o final do dia), em Olinda; Memorial Guararapes (10), em Jaboatão dos Guararapes; Fernando Bezerra (2), em Ouricuri; Santa Maria (10), em Araripina; e os 10 do Promate. Nesta quinta-feira (11), a rede estadual já somou 2.192 leitos, sendo 1.151 de UTI.
O país registrou 2.207 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou nesta quinta-feira (11) 273.124 óbitos.
Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.705, novamente um recorde. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 49%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quinta-feira.
Na quarta-feira, o Distrito Federal não divulgou seus números de mortes e de casos, o que elevou suas somas hoje.
Também já são 50 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 14 dias acima de 1,1 mil, e pelo décimo segundo dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram 13 recordes seguidos de 27 de fevereiro até aqui.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 11.284.269 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 78.297 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 69.680 novos diagnósticos por dia — a maior média de casos desde o começo da pandemia. Isso representa uma variação de 30% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta também nos diagnósticos.
Auxiliar de serviços gerais de 52 anos foi a 105º vítima da doença em Serra Talhada.
Um paciente do sexo masculino, de 79 anos, aposentado, hipertenso, foi a óbito hoje no Hospital Regional Emília Câmara em decorrência de complicações da Covid-19. É a 33ª morte pela doença na cidade.
Nesta quinta-feira (11) foram registrados 23 casos novos para a Covid-19. Dois pacientes entraram como novos casos em investigação e 54 pacientes apresentaram resultados negativos. Atualmente, 180 casos estão ativos na cidade, um pico. Serra Talhada, por exemplo, tem 113.
Mostrando que a doença tem preocupado com o sistema no limite, o Regional Emília Câmara recebeu pacientes de Recife e Caruaru.
Hoje se noticiou que o hospital Eduardo Campos (HEC), em Serra Talhada, tem do total de 50 leitos de UTI, o setor tem – neste exato momento – 42 estão ocupados (84%). Ou seja, faltam apenas 8 vagas. O Hospam atingiu 100% de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19.
Ao blog, a XI Geres, de Serra Talhada, confirmou a morte de Adinaide Nunes Magalhães. Ela era Auxiliar de serviços gerais e tinha 52 anos. Estava no Hospital Eduardo Campos . A morte ainda não foi divulgada no boletim oficial do município.
Foram confirmados 13 novos casos positivos da doença nas últimas 24 horas, diagnosticados através de sete testes rápidos, três Swabs e três exames particulares, sendo cinco pacientes do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades entre 1 e 55 anos.
A essencialidade do trabalho dos educadores físicos e o funcionamento das academias de ginástica diante do agravamento da Covid-19 em Pernambuco, foram assunto de uma reunião que ocorreu remotamente nesta quarta-feira (10) no Tribunal de Contas do Estado.
O encontro teve a participação do presidente do Tribunal de Contas, Dirceu Rodolfo, de auditores da área de saúde, do presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF-PE), Lúcio Beltrão e da profissional de educação física e instrutora de karatê, Wang Wha-Li de Melo. O deputado federal, Felipe Carreras, também se juntou ao grupo para debater a questão.
Pelo TCE participaram ainda a coordenadora de Controle Externo, Adriana Arantes; o chefe da procuradoria jurídica, Aquiles Bezerra; o diretor de Controle Municipal, Eduardo Alcântara; a diretora de Controle Estadual, Ana Luísa Furtado; a chefe da Gerência de Auditorias de Saúde, Roberta Branco; o chefe da Gerência Regional Metropolitana Sul, Elmar Pessoa; além do auditor da área de saúde e médico Paulo Hibernon e dos assessores da presidência Evangelina Pessoa Guerra e Aldemar Silva dos Santos.
O assunto veio à tona em função da atual situação da pandemia no Estado, com a adoção de medidas restritivas mais severas por parte do Governo Estadual, depois que a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a quase 97%.
“A prática regular de exercícios físicos, com a intensidade adequada, promove um condicionamento salutar para atravessarmos uma situação extrema como a pandemia. São atividades que liberam endorfina, aumentam a imunidade e combatem a depressão”, enfatizou o presidente Dirceu Rodolfo.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que adultos façam exercícios de 75 a 300 minutos semanais quando não houver contraindicação, mas essa atividade precisa ser feita com orientação e dosimetria, por isso o profissional de educação física é fundamental”, completou.
O deputado Felipe Carreras, que assumirá a presidência da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados este ano, parabenizou a iniciativa do TCE na promoção do debate. “É necessário enfatizar a essencialidade da prática de exercícios físicos, que deve ser tratada como política pública de saúde preventiva”, disse o parlamentar.
“O governo brasileiro possui um grande débito nessa área, pois o tema sempre foi discutido de forma acessória. O sistema público não deve tratar apenas quem está doente, também deve investir em saúde preventiva”, concluiu Carreras.
SITUAÇÃO – Lúcio Beltrão, presidente do CREF, enfatizou que vivemos não só uma crise de saúde, mas uma pandemia da falta de atividade física, o que contribui para o desenvolvimento de comorbidades (obesidade, cardiopatias, sedentarismo, diabetes e hipertensão arterial) que agravam ainda mais o quadro de pacientes contaminados.
Ele também apresentou estudos realizados no Reino Unido e na Noruega apontando que as chances de contaminação nas academias de ginástica são poucas, e que os benefícios à saúde superam os riscos.
Um dos levantamentos, feito pela Universidade de Oslo, não encontrou associação entre a ida a academias e a transmissão de Covid-19 se obedecidos os protocolos preventivos. O estudo incluiu 3.764 clientes de academias, com idades entre 18 e 64 anos, divididos em dois grupos.
O primeiro visitou os centros esportivos em funcionamento na capital norueguesa, e o outro, não. Os participantes foram submetidos à testagem de covid-19 após duas semanas do experimento e, ao final, não encontraram casos relacionados à passagem pelo estabelecimento.
“Devem ser considerados, ainda, os muitos benefícios do exercício regular para manter o condicionamento e a imunidade do indivíduo, principalmente durante um período de isolamento social, com grandes efeitos na saúde mental das pessoas”, acrescentou Lúcio Beltrão.
A auditora do TCE, Roberta Branco, chefe da Gerência de Auditorias de Saúde, pontuou que, muito embora o Decreto Federal nº 10.344/2020 inclua as academias de ginástica e de artes marciais na relação de atividades essenciais para funcionamento durante a pandemia, o Governo de Pernambuco excluiu estes estabelecimentos por acreditar que são importantes agentes de contaminação do vírus.
POSICIONAMENTOS – Na opinião do procurador Aquiles Bezerra, uma boa prática seria o funcionamento das academias com horário expandido. “No entanto, a decisão deve vir acompanhada de uma maior fiscalização das autoridades e órgãos sanitários competentes e da conscientização da população para que cumpram, de forma responsável, os protocolos necessários à prevenção da doença”, destacou.
Paulo Hibernon reiterou o posicionamento, mas chamou a atenção para o fato de que a redução do horário de funcionamento das atividades, essenciais ou não, como parte das medidas restritivas adotadas pelo governo do Estado podem incentivar a aglomeração de pessoas e levar a um aumento da proliferação do novo coronavírus, principalmente no caso das academias de ginástica e artes marciais.
Ao final, o presidente Dirceu Rodolfo agradeceu a participação de todos e se comprometeu a aprofundar a discussão no Tribunal para tentar sensibilizar autoridades governamentais e provocar os órgãos públicos competentes para que o caso seja mais bem avaliado.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça de Itapissuma, recomendou ao prefeito José Bezerra Tenório Filho que revogue imediatamente o Decreto Municipal nº 014/2021, que reconheceu atividades religiosas como essenciais e “a serem mantidas em tempos de crises”, em contrariedade ao Decreto Estadual nº 50.346/21.
O decreto permite apenas atividades de preparação, gravação e transmissão de missas, cultos e demais celebrações religiosas pela internet ou por outros meios de comunicação.
O decreto estadual proíbe, até o dia 17 de março, o exercício de atividades econômicas e sociais não essenciais.
A proibição vale de segunda a sexta-feira, das 20h até as 5h do dia seguinte, e aos sábados e domingos, em qualquer horário. Em todos os casos, as restrições às atividades econômicas e sociais não se aplicam aos estabelecimentos e serviços descritos no rol do Anexo Único do Decreto nº 50.346/21 (serviços públicos, farmácias, postos de gasolina, serviços funerários, clínicas).
Dessa forma, a promotora de Justiça de Itapissuma, Katarina Kirley de Brito Gouveia, ressaltou na recomendação que tal decreto municipal configura indevida redução do patamar de cuidado estabelecido em atos normativos nacionais ou estadual.
Somado a isso, após realizar uma pesquisa no Portal da Transparência de Itapissuma, a promotora também verificou que o Decreto nº 014/2021 não foi disponibilizado na área destinada à publicação de legislação e decretos do website.
Assim, além da imediata revogação da normativa, o MPPE recomendou ao gestor de Itapissuma que publique todos os decretos editados no Portal da Transparência.
O MPPE fixou um prazo de 2 dias para que o prefeito informe o acatamento ou não das medidas da recomendação, que foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta quinta-feira (11).
A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) orienta aos prefeitos e prefeitas que analisem as Leis 14.124 e 14.125, publicadas ontem, quarta-feira (10), em edição extra do Diário Oficial da União, que tratam do estabelecimento do regime jurídico relacionado à aquisição de vacinas e insumos contra a covid-19, bem como da resolução RDC n° 476, publicada nesta quinta-feira (11/03) pela Anvisa, que regulamenta os procedimentos para importação e distribuição de vacinas por Estados e Municípios.
A referida legislação centraliza o papel de coordenação, por parte da União, do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e praticamente inviabiliza a compra de vacinas pelos outros entes federativos, tendo em vista as diversas exigências impostas pela Anvisa aos laboratórios para importação das doses, dentre elas a de que o prefeito e secretário de saúde assinem uma declaração que ateste e comprove o descumprimento do PNI por parte do governo federal.
No entanto, segundo a Lei nº 14.124, no artigo 13 parágrafo 1º, o próprio Ministério da Saúde será o responsável por atualizar o respectivo Plano sempre que necessário.
A regulamentação também deixa claro que toda e qualquer aquisição de vacinas, por ente público ou iniciativa privada, que porventura se viabilize, deverá ser incorporada ao PNI.
Os prefeitos e prefeitas, assim como a sociedade em geral, exigem celeridade e urgência na aquisição e distribuição de vacinas, pelo Ministério da Saúde, para que possamos vencer o vírus, proteger a vida e retomar as atividades econômicas.
Já no setor da clínica médica, do total de 10 leitos, 6 pacientes estão internos. Isso significa que o sistema púbico de saúde em Serra Talhada pode entrar em colapso já nos próximos dias, posto que o HEC atende não só Serra Talhada, mas dezenas de outras cidades e o número de pessoas infectadas não para de crescer no município e na região.
Esta semana, o médico sanitarista e ex-secretário de Saúde de Serra Talhada, Luiz Aureliano, disse que prevê um cenário caótico em Serra Talhada e demais municípios do interior ao afirmar que muita gente vai morrer em filas à espera de oxigênio no Sertão de Pernambuco devido à falta de estrutura de leitos e profissionais no interior.
O município conta agora com 3.073 casos positivos, 2.860 recuperados, 180 ativos e 33 óbitos.
A Prefeitura de Afogados da Ingazeira informa que nesta quinta-feira (11) foram registrados 23 casos novos para a Covid-19.
São 9 pacientes do sexo masculino, com idades entre 6 meses e 44 anos e 14 pacientes do sexo feminino, com idades entre 15 e 79 anos.
Entre as mulheres: uma agricultora, duas autônomas, uma professora (Rede Pública), duas vendedoras, três donas de casa, uma psicóloga, uma aposentada, uma estudante (Rede pública) e duas auxiliares (1 de escritório e 1 de serviços gerais).
Já entre os homens: um comerciante, um professor (rede pública), três agricultores, um conferente, um caixa, um menor e um profissional da segurança.
Hoje, 2 pacientes (1 mulher com 34 anos e 1 homem com 8 anos) entram como novos casos em investigação; e 54 pacientes apresentaram resultados negativos.
25 pacientes apresentaram cura após avaliação clínica e Epidemiológica. O município atingiu a marca de 2.860 pessoas (92,95%) recuperadas para covid-19. Atualmente, 180 casos estão ativos em nossa cidade.
Óbito – paciente do sexo masculino, 79 anos, aposentado, hipertenso, foi a óbito hoje no HREC em decorrência de complicações da Covid-19.
Afogados atingiu a marca de 12.516 pessoas testadas para Covid-19, o que representa 33,59% da nossa população.
Afogados conta agora com 3.073 casos positivos, 2.860 recuperados, 180 ativos e 33 óbitos.
Itapetim iniciou nesta quinta-feira (11), a vacinação de idosos de 80 anos contra a Covid-19. Os idosos devem aguardar em suas residências que as equipes estarão passando para fazer a imunização.
Na quarta-feira (10), Itapetim recebeu mais um lote com 190 doses de vacina do Butantan (Coronavac).
Das 190 doses recebidas, 60 são destinadas aos idosos de 80 anos já garantindo a segunda dose, e 30 vão para os profissionais de saúde da Rede Pública do município, também com a segunda dose garantida, atingindo a imunização em 100% dos profissionais.
A Prefeitura de Arcoverde, através da Secretaria de Agricultura, inaugurou, nesta quinta-feira (11), o Posto Veterinário Municipal.
A unidade irá atender animais que seus donos não tenham condições de pagar atendimento veterinário e animais em estado de abandono.
No espaço, que fica na Rua Secundino Lúcio, n° 131, no bairro do São Cristóvão, próximo à AESA, está sendo disponibilizada por meio de agendamento a realização de consultas, exames clínicos e cirurgias de castração, de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 14h.
“Com esta iniciativa, que também integra ações como castrações de cães e gatos e outras medidas que estão sendo adotadas desde o início do ano, a Prefeitura de Arcoverde evidencia uma maior responsabilidade com este segmento a partir de agora, em consonância com associações dedicadas aos cuidados dos animais no município”, ressalta o prefeito em exercício, Wevertton Siqueira (Siqueirinha).
A unidade conta com médico veterinário concursado em sua equipe e possui infraestrutura adequada para os atendimentos disponíveis.
Atuação vai reduzir o tempo de transferência de pacientes com a Covid-19
Mais rapidez e segurança no transporte de pacientes com suspeita de síndromes respiratórias, a partir de hoje (11), com a operação Trânsito Seguro, do Detran-PE. Para agilizar o atendimento de urgência, o órgão passa a disponibilizar batedores que fazem a escolta e abertura do trânsito para as ambulâncias do Samu Recife.
A ação, pioneira no país, é realizada em parceria com a Prefeitura do Recife, e vai priorizar os horários de pico no trânsito da Capital.
A atuação conta com quatro batedores treinados especificamente para auxiliar na circulação das ambulâncias, escoltar os veículos, e traçar as rotas mais rápidas para o transporte de pacientes com a Covid-19.
A operação Trânsito Seguro inclui ainda instrução a condutores sobre as penalidades para quem não permitir a passagem de veículos de emergência, como também a forma correta de permitir tal passagem de maneira segura, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A equipe fica sediada na sede do Samu Recife, localizada no bairro da Boa Vista.
O condutor que não cumprir o que determina o CTB pode sofrer multa, decorrente de infração gravíssima, no valor de R$ 293,47. Além disso, recebe sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A penalidade consta no artigo 189 do CTB, e pode ser aplicada caso o motorista deixe de dar passagem às ambulâncias, veículos de socorro de incêndio e salvamento, viaturas policiais, de fiscalização de trânsito e dos precedidos de batedores em serviço de urgência e devidamente identificados. Além de respeito ao CTB, liberar a circulação de veículos de emergência é uma demonstração de cidadania.
Para o diretor-presidente do Detran-PE, Roberto Fonteles, a iniciativa vem contribuir com as medidas do Governo de Pernambuco, que tem desenvolvido esforços para enfrentar a situação de pandemia no estado.
“Depois de realizar ações de bloqueios sanitários, apoio com ‘drive Thru’ para exames e vacinação, o Detran-PE parte para facilitar o atendimento de urgência, visando à melhoria dos serviços de assistência à Covid-19”, destaca Fonteles.
Já o coordenador geral do Samu, Leonardo Gomes, considera fundamental o apoio do Detran-PE, pois vai “diminuir o tempo de resposta das ambulâncias e a chegada dos pacientes nas unidades hospitalares”.
O Prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares (PSB), repassou R$ 325 mil reais para os pagamentos dos aposentados do mês de fevereiro.
Os valores foram retirados da conta do município para cobrir as despesas do Fundo de Previdência Municipal, tendo em vista que o Presidente da Câmara Municipal, João de Maria, nega-se a colocar o projeto de lei que irá beneficiar os aposentados, segundo nota.
O Projeto de Lei 001/2021 – que cria o Instituto de Previdência do município foi recebido na Casa Legislativa no dia 7 de janeiro e pautado para o dia 25 do mesmo mês.
“Só esse ano já transferimos quase R$ 1 milhão para o Fundo de Previdência, valor esse que poderia estar sendo investido na saúde, educação e obras municipais. Porém, o presidente da Câmara, por picunha política e de forma arbitrária, engavetou o projeto de lei e com isso vem prejudicando os cofres públicos”, afirmou o prefeito Evandro.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou, na quarta-feira (10), que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”. A fala foi proferida no mesmo dia em que o país perdeu 2.349 vidas para a Covid-19, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia. A declaração de Pazuello também é o contrário do que dizem secretários de Saúde, prefeitos e governadores ao redor do país.
Na semana passada, o jornal “Valor Econômico” noticiou que pessoas no entorno do ministro previam que o Brasil teria 3 mil mortes diárias pela Covid em março.
Ainda na quarta-feira (10), Pazuello afirmou, também, que o Brasil receberia, neste mês, de 22 a 25 milhões de doses de vacinas, “podendo chegar a 38 milhões”. A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de doses. A redução é a quinta feita nas previsões de doses a serem entregues no mês de março.
Até agora, o Brasil aplicou 9 milhões de doses de vacina – o equivalente a 11,7% da população em grupos prioritários. Só 3,1 milhões de pessoas receberam ambas as doses de algum imunizante.
O deputado Doriel Barros realiza, na tarde de hoje, uma reunião virtual com o tema: “Segurança no campo: um recorte de gênero”. A atividade pretende fazer uma escuta de agricultoras familiares, assalariadas rurais, pescadoras, quilombolas e indígenas sobre os desafios vivenciados por essas mulheres no que diz respeito ao acesso às políticas públicas de segurança.
“Vamos também acolher as proposições dessas trabalhadoras e transformá-las em ações legislativas, a exemplo de Projetos de Lei e indicações. Se a violência contra a mulher na cidade já é invisibilizada, imagine no campo. Precisamos reverter essa situação”, comenta o parlamentar.
A reunião foi articulada para a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher com o objetivo de contribuir para o aprofundamento das pautas apresentadas por representantes de movimentos e organizações sociais que atuam em defesa dos direitos da mulher.
“Precisamos fortalecer no estado a rede de combate à violência, já que temos um Governo Federal que não se preocupa com a vida dessas companheiras. Só para se ter uma ideia, de acordo com a Rede de Observatório da Segurança, cerca de 5 mulheres foram assassinadas ou vítimas de violência por dia em 2020. Enquanto isso, a ministra Damares fez o menor investimento dos últimos 10 anos em ações de proteção à mulher”, pontua Doriel Barros.
Editora-chefe do Portal Drauzio Varella, a jornalista de saúde e cientista social concedeu entrevista ao programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú.
Por André Luis
Na quarta-feira (10), o programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú, conversou com Mariana Varella, editora-chefe do Portal Drauzio Varella. Jornalista de saúde, cientista social e aluna de pós-graduação da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Ela falou sobre as dificuldades de se implementar um lockdown no Brasil – ao contrário do que muitos pensam, o país nunca conseguiu implantar essa ação de forma verdadeira -, sobre a corrida para tentar tirar o atraso na aquisição de vacinas, os prejuízos causados pela onda de desinformação, pela politização da pandemia e das vacinas.
Também falou sobre as expectativas para os próximos dias diante do cenário pandêmico que o país se encontra e sobre a apatia tanto da população, como das autoridades frente a falta de ações coordenadas do Governo Federal.
O tuíte
“Relutei muito em fazer este alerta, porque não quero soar leviana e nem sei se avisar adianta. Mas dada a situação atual, estou disposta a correr o risco. Então aviso: A situação do país é extremamente grave. Evitem, se possível, aglomerações. Usem máscara sempre. Teremos semanas terríveis”. O alerta foi feito no Twitter de Mariana na tarde do dia 26 de fevereiro, chamando a atenção da produção do programa A Tarde é Sua.
Fiz esse tuíte num momento de desespero mesmo. Porque agente aqui trabalhando observando os dados, temos visto que a situação no país todo tem se agravado muito rapidamente nos últimos dias e que teremos dias muito difíceis mesmo. Acredito que a gente vive o pior momento da pandemia desde o seu início”, explicou Mariana.
Dificuldades na implantação de um lockdown no país
“São vários os motivos. Primeiro, essas medidas de lockdown são difíceis de serem executadas. Elas implicam perdas financeiras e econômicas, então fazer isso sem o apoio de autoridades do governo é muito difícil para a população. As pessoas precisam ganhar dinheiro, precisam sobreviver e sem o apoio do governo é muito difícil conseguir fazer isso. As medidas de lockdown nos países onde foram implementadas, foram seguidas de outras medidas, não isoladamente, como, por exemplo: auxílios financeiros, isenção de impostos para setores econômicos, para diversos setores para estimular as pessoas a ficarem em casa. Não dá pra dizer só fica em casa, sem fornecer condições para que as pessoas possam ficar, sem fornecer condições pra que, por exemplo, as crianças tenham aula online, sem fornecer condições pro setor do comércio, para eles poderem fechar, além disso, o Governo Federal nunca apoiou essa ideia do isolamento, isso ficou a cargo dos prefeitos e governadores. Então cada estado, cada município, agiu conforme conseguiu, de acordo com as suas condições. Obviamente, os estados com mais dinheiro conseguiram adotar algumas medidas restritivas mais eficazes, mas não houve um projeto, uma coordenação nacional para facilitar isso”.
“A gente sabe que em momentos em que o vírus está circulando muito, o isolamento social é a única medida. Temos o exemplo aqui em São Paulo, em Araraquara, que decretou lockdown e conseguiu em 15 dias diminuir bastante o número de casos, mas foi um lockdown pesado mesmo, porque eles tiveram um aumento de casos muito grande e muito rapidamente e agora estão colhendo os frutos disso. Então sabemos que nesse momento a gente não tem outra saída a não ser investir agora em medidas de distanciamento e vacinar. Vacinar o máximo possível de pessoas com maior rapidez possível também”.
Falta vontade política, colaboração da população, ou os dois?
“A gente sabe que medidas de restrição de circulação tem impacto em outras áreas na educação, na economia… então precisamos pensar, por isso que insistimos muito na necessidade de medidas coordenadas, se tivesse o Ministério da Saúde e o Governo Federal, juntos organizando com governadores e prefeitos, medidas pra facilitar o acesso para que a população pudesse aderir…, mas tem também obviamente o fator da população, que precisa colaborar e não sei se as pessoas entendem a gravidade ou pelo menos todas as pessoas entendem a gravidade dessa doença que a gente está vivendo. Essa doença causa quadros muito graves em algumas pessoas que requerem internações hospitalares muito longas, com pessoas que vão para a UTI e tem um risco de morte muito alto, principalmente por sistemas colapsados. Então realmente é muito grave o que a gente está vivendo e precisamos que a população coopere no que for preciso. Evitando aglomerações, usando máscara sempre, dando preferência para atividades ao livre…”
Modelo de lockdown
“O Brasil tem várias características muito pessoais. É um país muito grande, com muita desigualdade, com diferenças regionais imensas, então é difícil citarmos exemplos de países… europeus, por exemplo, que são muito menores que a gente, com menos desigualdades, com mais recursos e com autoridades mais implicadas em se basear pela ciência e pelo que funciona de fato. O que a gente viu é que alguns países adotaram essas medidas de restrição muito pontualmente, quer dizer, quando a coisa aperta, quando a situação sai de controle ou um pouco antes disso acontecer. Adotam-se estas restrições para tentar evitar mesmo. Ninguém gosta de lockdown, ninguém acredita que temos que passar a vida agora dentro de casa, não é isso, mas é que em momento, sem vacina, em que a situação está como está, com os hospitais todos colapsados, não temos outra alternativa.”
“Na Europa muitos países adotaram lockdown’s com sucesso, Reino Unido foi um, Israel também é um exemplo muito bem-sucedido de lockdown com vacinação, eles adotaram lockdown’s muito rígidos e também estão se emprenhando em vacinar a população com muita rapidez. Outros países também adotaram lockdown: França, Espanha, Italia… em momentos específicos, quando a pandemia começou a sair fora de controle, talvez isso a gente já sabia no início da pandemia, que um lockdown só, não daria certo porque a pandemia tem uma dinâmica também, ha momentos de piora, de melhora, conforme as pessoas vão relaxando nos cuidados ela tende a piorar. Então é esperado que se adote alguns lockdow’s durante a pandemia, sempre que piorar, segurar um pouco para tentar aliviar o movimento nos hospitais e diminuir a circulação do vírus.”
Movimentação de prefeitos em busca de vacinas
“A gente sabe vacinar. O Brasil sempre vacinou muito bem. Nós temos um dos melhores planos de vacinação do mundo que é o Plano Nacional de Imunizações (PNI). Conseguimos vacinar de graça, um número enorme de pessoas todos os anos. Nenhum país do mundo vacina tanta gente como nós de graça e de maneira tão efetiva. Então assim, a gente sabe vacinar, teoricamente não precisaria inventar nada, diferentemente de outros países que não tem a experiência em vacinação que temos. Temos estrutura para isso, o que precisamos é de vacinas e realmente o Governo Federal deixou passar essa oportunidade de adquirir vacinas no ano passado, poderíamos ter mais vacinas agora, infelizmente não temos. Estamos correndo atrás do prejuízo agora, tentando firmar novos acordos que provavelmente se derem certo, essas vacinas só vão chegar provavelmente no segundo semestre. É uma pena ver o PNI desmantelado desse jeito. Queríamos ver o governo adquirindo as vacinas pra gente vacinar. Assim fica todo mundo tentando se virar, os prefeitos estão tentando adquirir as vacinas por causa disso, da ausência de vacinas vindo do Governo Federal, isso talvez gere uma pressão no Governo Federal para que adquira as vacinas, parece que isso está acontecendo. As negociações agora em andamento o governo finalmente resolveu adquirir vacinas da Pfizer e de outras farmacêuticas também, mas a gente torce para que isso aconteça rapidamente, porque uma vez que esses acordos estejam fechados, ainda vai demorar um bom tempo para as vacinas chegarem aqui e a não temos esse tempo sabe.”
Aquisição de vacinas por empresas
“No momento nenhuma farmacêutica esta fechando com setor privado em nenhum pais do mundo. Nem os Estados Unidos, que não tem o Sistema Único de Saúde. Todo mundo está vacinando através dos governos. As farmacêuticas estão fechando acordos apenas com os governos nesse momento, no mundo todo, então essa participação do setor privado, eu não vejo nem como ela poderia ser feita. Primeiro, porque muitas das vacinas não tem sequer autorização definitiva – a gente viu que a Pfizer conseguiu pela Anvisa agora no Brasil, mas as outras vacinas têm autorização apenas emergencial, tanto a da Aztrazeneca como a Coronavac do Butantan, então elas não podem ser comercializadas ainda.”
“O setor privado poderia, talvez, conseguir da Pfizer, só que a Pfizer não está negociando com o setor privado ainda. Eu acho ótimo que o setor privado se interesse por essa questão e pressione o Governo Federal para adquirir vacina, penso que esse é o principal papel que o setor privado tem agora, mas adquirir vacinas… primeiro que não é possível neste momento e segundo que as vacinas são produtos em escassez. Não seria nem justo que quem tivesse mais dinheiro adquirisse ou como se pensou em fazer, empresas pegarem uma parte dessa vacina e doarem o resto pro SUS. A gente tem que insistir na vacinação gratuita coordenada nacionalmente que é o que a gente sabe fazer no Brasil.”
Desinformação
“Acredito que temos vivido períodos aí de muito desinformação, as redes sociais têm dois lados. Elas facilitam a circulação de informação correta, mas também facilitam a circulação de informação errada, que nem é informação é desinformação mesmo e agora com a pandemia foi terreno fértil para isso. Temos um vírus novo, que surgiu no ano passado, do qual a ciência não conhecia, não sabíamos nada desse vírus, então havia muitas dúvidas ainda. A ciência apesar de estar indo muito rápido, leva um tempo pra juntar informações fazer análises, pra juntar evidência com estudos, então ela é um terreno fértil.”
“Um vírus novo com potencial devastador atingindo países na Ásia, que a gente nem sabia direito, não tinha acesso também das informações de lá, e isso gerou uma quantidade de desinformação absurda e temos que combater. A minha preocupação acontece quando autoridades e pessoas que teoricamente deveriam se preocupar com veiculação de informações corretas passam a disseminar estas desinformações, isso gera mais confusão, deixa as pessoas perdidas sem saber em quem acreditar, gera um clima de desconfiança na ciência que é a única que pode dar as respostas pra gente neste momento. Então é péssimo o cenário que estamos vivendo e vimos agora na pandemia uma enorme quantidade de desinformação.”
Politização da pandemia e das vacinas
“Estamos tendo uma ideia do que está acontecendo agora. Estamos com mais de 1,5 mil mortes diárias, hoje provavelmente vamos bater 2 mil mortes. Então eu penso que o resultado está aí. Esse descontrole tão prolongado da pandemia. Está todo mundo cansado, muita gente perdeu parentes, alguns mais de uma vez. Então eu acredito que esse esgotamento, essa crise econômica que está sendo consequência do descontrole da pandemia, porque a crise econômica não vem por conta do lockdown, mas sim, pelo descontrole da pandemia. Acho um equivoco quando eu vejo empresários… eu entendo que fechar traz um impacto econômico imediato, mas o descontrole da pandemia, por tanto tempo tem um impacto econômico muito maior, já existem estudos mostrando isso. Então eu acho que o resultado de tudo isso está aí, mortes, os hospitais lotados, todo mundo exausto, crise econômica, crise na educação, que nós provavelmente teremos anos aí de repercussão disso no Brasil. O resultado a gente já está vendo e vai piorar nos próximos dias eu não tenho menor dúvida.”
Expectativas para os próximos dias
“Eu nunca torci tanto para estar errada na vida. Mas por tudo que eu tenho acompanhado, analisado os dados, conversado com especialistas de diversas áreas, epidemiologistas, infectologistas… a gente deve ter dias muito difíceis. O vírus esta se disseminando com uma rapidez extraordinária. Estamos correndo contra o tempo, os hospitais tanto da rede pública como da privada, do país inteiro, estão lotados. Obviamente ha diferenças regionais, então alguns estados estão piores que outros, mas no país inteiro não tem nenhuma região hoje que podemos olhar com tranquilidade. Então eu espero dias muito, muito difíceis. Eu acho que março como já disseram vários especialistas vai ser o pior mês da história do Brasil, eu não tenho dúvida disso e torcemos para que isso não invada abril, que isso não continue por muito tempo, porque serão dias muito difíceis. Semanas muito difíceis e talvez até meses. Então pedimos pra população redobrar os cuidados individuais já que no nível federal essas recomendações não têm vindo e a gente nem espera que venha mais sabe.”
Passou da hora da gente se levantar da mesa?
“Eu acredito que já passou da hora. Temos que levantar da mesa. Eu não entendo muito essa apatia que temos vivido. Estamos nos acostumando com 1,5 mil mortes diárias, isso sem contar com a subnotificação, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave que não entram como Covid, quer dizer, a gente está vendo o Brasil enterrar mais de 250 mil pessoas em um ano e não faz nada! Estamos assistindo a isso. Eu acredito que já passou da hora das autoridades, dos deputados, quem pode realmente decidir, quem pode tomar decisões… eu não tenho a menor dúvida. É claro que para as pessoas é muito difícil. Muitas vezes eu vejo falando: ‘o que eu posso fazer?’ É realmente muito difícil pensarmos nisso individualmente. Mas temos que tomar ações coletivas, pressionar as autoridades para tomar ações coletivas e individualmente a gente se proteger porque estamos mais ou menos por contra própria agora.”
Mensagem final
“Não é hora de baixar a guarda! Eu peço que as pessoas se lembrem do começo da pandemia, todos os cuidados que nos tomávamos. Agora estamos numa situação muito pior do que aquela. Então precisamos redobrar os cuidados. Usar máscara, manter a higiene das mãos, evitar aglomerações, dá preferencia por atividades ao ar livre, não baixar a guarda de jeito nenhum.”
Afogados da Ingazeira confirmou quase 40 casos em 24 horas.
Por André Luis
Após os últimos boletins divulgados pelas secretarias de saúde dos municípios do Sertão do Pajeú, nesta quarta-feira (10), a região totaliza 19.949 casos confirmados de Covid-19. Foram mais 86 novos casos nas últimas 24 horas.
Portanto, os números de casos de cada município ficam assim: Serra Talhada, 7.171; Afogados da Ingazeira, 3.050; Tabira 1.898, São José do Egito, 1.488; Carnaíba, 1.052; Flores, 735; Santa Terezinha, 673; Triunfo, 661; Itapetim, 607; Iguaracy, 462; Calumbi, 372; Brejinho, 364; Solidão, 339; Quixaba, 311; Santa Cruz da Baixa Verde, 303; Tuparetama, 297 e Ingazeira, 166 casos confirmados.
Óbitos – A região conta agora com 337 óbitos por Covid-19. Todas as dezessete cidades da região registraram mortes. São elas: Serra Talhada (104); Afogados da Ingazeira (32); Flores (26); São José do Egito (25); Carnaíba (22); Triunfo (22); Tabira (20); Santa Terezinha (19); Tuparetama (17); Iguaracy (13); Itapetim (12); Quixaba (10); Brejinho (5); Santa Cruz da Baixa Verde (4); Calumbi (3); Solidão (2) e Ingazeira (1).
Recuperados – A região tem agora no total 19.149 pacientes recuperados da Covid-19. O que corresponde a 95,98% dos casos confirmados. Ontem foram 42 novas curas clínicas.
A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Afogados da Ingazeira através do PNI divulgou, nesta quarta-feira (10), os números da vacinação contra a Covid-19 no município.
O boletim específico com os dados da vacinação em Afogados da Ingazeira cita que 434 pessoas já receberam às duas doses no nosso município. Nesta quarta-feira começou a vacinação da população entre 75 e 79 anos, priorizando, de acordo com as doses recebidas, os de maior idade.
Eis os números – Trabalhadores da Saúde: primeira dose 612; 2ª dose 372; total 984; idosos Institucionalizados: 1ª dose 64; 2ª dose 62; total 126; idosos de 75 a 79 anos: 1ª dose 67; idosos de 80 a 84 anos: 1ª dose, 498; idosos com 85 anos e mais: 1ª 445.
Doses aplicadas – 1ª dose, 1. 686; 2ª dose 434; total 2.120.
A tubulação da segunda etapa da Adutora do Pajeú no canal de captação em Sertânia, no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, de onde a água do velho Chico vem até Afogados da Ingazeira apresenta estouramento bem na frente da Fábrica INVESA.
Segundo moradores da área em denúncia ao programa Rádio Vivo, da Rádio Pajeú FM, o desperdício de água já se aproxima de 12 meses sem intervenção da Compesa, responsável pela operação do sistema.
Durante evento no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (10), Bolsonaro até usou máscara
Durante cerimônia para sancionar a lei que facilita a compra de vacinas contra a Covid-19, nesta quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o seu discurso sobre o imunizante. Além da mudança de tom, o chefe do Executivo, que questiona a eficácia do uso da máscara no combate ao coronavírus, e seus ministros apareceram de máscaras no salão do Palácio do Planalto. As informações são da Folha de Pernambuco.
Até para discursar, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, permaneceram usando o equipamento de proteção. Normalmente, Bolsonaro e seus ministros não utilizam máscaras em eventos.
A mudança pública ocorreu após o ex-presidente Lula (PT) fazer críticas ao governo federal sobre a condução da crise sanitária e ainda mandar os brasileiros não fazerem nada que o presidente manda.
Ainda pela manhã, Bolsonaro chegou a afirmar aos seus apoiadores que comprou a vacina em agosto do ano passado, quando assinou Medida Provisória (MP) que abriu crédito para 100 milhões de doses do imunizante da AstraZenaca e alegou que não é negacionista e nem contra as vacinas.
Análise
Para o cientista político Alex Ribeiro, a mudança do discurso do presidente Bolsonaro se dá estrategicamente devido uma ameça política. “Com a elegibilidade do ex-presidente Lula a oposição preenche um vácuo na corrida eleitoral de 2022. Pelo menos, teoricamente. Isso se dar por alguns fatores como, a falta de lideranças no País para confrontar Bolsonaro, seja no campo da esquerda ou no centro; e pela figura de Lula ser mais representativa do que o PT, ou seja, o anti-petismo hoje é maior que o anti-lulismo”, destacou.
Já na avaliação do cientista político Antônio Lucena, a equipe do presidente percebeu que o discurso da vacina “garante voto” e agora o governo está correndo atrás do prejuízo.
“Aquele discurso de negação de vacina passou a ser um discurso de afirmação a vacina. Então esse processo colocou, digamos assim, uma pressão maior em cima do próprio governo federal”, explicou.
O país registrou 2.349 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas.
É o maior número desde o começo da pandemia. O país totalizou nesta quarta-feira (10) 270.917 óbitos.
Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.645, também um recorde. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 43%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira.
Também já são 49 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 13 dias acima de 1,1 mil, e pelo décimo primeiro dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram 12 recordes seguidos de 27 de fevereiro até aqui.
No Debate das Dez da Rádio Pajeú desta quarta-feira (10), o assessor de comunicação da Prefeitura de Afogados da Ingazeira, jornalista Rodrigo Lima, o diretor clínico do Hospital Regional Emília Câmara, Jair Flávio Jaime, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel e o pesquisador da Fiocruz, doutor Marcelo Paiva, falaram sobre a preocupação com a nova variante do novo coronavírus que tem feito com que o país viva seu pior momento na pandemia com novo caos na saúde, aumento de casos e levando o país a bater seguidos recordes de mortes por conta da Covid-19.
O médico Jair Flávio destacou que a situação é sim, preocupante. Para ele, o aumento no número de casos e o sobrecarregamento do sistema de saúde, são provas dessa preocupação constante.
“Eu acho válida a preocupação. Eu não sou dos alarmistas e nem tão pouco dos negacionistas. Estamos vendo em dados concretos que a gente tem um aumento muito massivo, muito exponencial. Quanto mais exposto estamos, maior chances de contrair, maior chance do agravamento”, destacou o médico.
Que ainda informou que a ocupação de UTIs no Hospital Regional Emília Câmara está em 80% em uma e 70% na outra. Ao todo o HREC tem 20 leitos de UTI.
O jornalista Rodrigo Lima, afirmou que o momento que estamos vivendo é muito preocupante por duas razões.
“Primeiro porque as pessoas que estão na linha frente estão cansadas, estão exaustas, adoecidas, inclusive mentalmente. Não é fácil, sobre tudo quem está nas UTIs dos hospitais vendo pessoas morrerem, tendo que escolher quem vive e quem morre”, destacou.
Segundo Rodrigo, outro ponto preocupante é a falta de centralização de comando.
“Diferente de outros países, onde você tem uma centralização de comando, como na Nova Zelândia, que hoje é exemplo pro mundo. Aqui no Brasil, desde o início, o Governo Federal não tem tomado as medidas necessárias. Foi preciso governadores e prefeitos entrarem no STF pra ter um pouco de autonomia para agir. Aí, o que acontece, você tem cada estado, cada município tomando suas decisões. Não temos unificação das decisões. A falta de unidade no comando do combate a pandemia foi decisiva pro Brasil ser hoje motivo de preocupação mundial”, afirmou o jornalista.
O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, responsável por um vídeo no último domingo (7), onde relatava a transferência de pacientes de seu município para Serra Talhada, por falta de leitos, informou que o quadro no município continua muito grave. “Surgiram algumas vagas de UTI, mas por conta de óbitos. Tivemos cinco óbitos nos últimos três dias”, informou Raimundo.
Ainda segundo ele: “o quadro é terrível. Ontem foram abertos mais dez leitos de UTI. O município teve a sinalização da Secretaria Estadual de Saúde para a abertura de mais 20 leitos. Viabilizando isso nos próximos dias teremos 60 leitos de UTI”.
Pimentel lembrou ainda que além dos pacientes de Araripina, o município também recebe pacientes da região do Araripe e alguns casos de outras regiões.
“Não adianta abrir cem, duzentos leitos de UTI se não houver a compreensão, a compaixão, a empatia das pessoas diante de tanto sofrimento, de tanta dor, de tantas mortes como gente vem vivenciando nesse enfrentamento dessa pandemia”, alertou.
O doutor Marcelo Paiva, pesquisador da Fiocruz, afirmou que as evidências cientificas confirmam que as variantes do vírus tem aumentado ao longo do tempo e que a variante do Amazonas, isolado em Manaus é preocupante, mas que as outras também são.
“A proporção que a gente tem a pandemia correndo ao longo de um ano esse tipo de variações são esperadas nos vírus, então o que temos hoje de cenário epidemiológico observando o número de casos, os leitos de UTI sendo ocupados quase em sua integralidade no estado, é muito provável que haja uma participação muito maior dessas variantes em comparação ao cenário que a gente observava há um ano”, afirmou.
Ele defende medidas restritivas mais duras para tentar conter o avanço da pandemia e chamou a atenção para países que tem avançado bem na vacinação, mas ainda assim mantêm medidas restritivas.
“Sabemos que mesmo nesses locais onde a gente já vê que os indicadores epidemiológicos demostram uma queda significativa, as campanhas de vacinação estão ocorrendo nestes locais junto com processos de lockdown. É necessário entender que a vacina só vai ser eficiente a ponto de vermos os indicadores caindo, quando a gente diminuir a mobilidade da população”, alertou.
O pesquisador informou que as evidências apontam que a linhagem do P1 (variante do Amazonas), é capaz de burlar alguns anticorpos dos indivíduos. “As pessoas que antes achavam que estavam protegidas porque de repente tinham desenvolvido a Covid e evoluíram para a cura, hoje precisam ficar bastante preocupadas porque já se tem evidência que essa P1 é capaz de burlar alguns anticorpos fazendo com que essas pessoas se reinfectem”, destacou.
A boa notícia apresentada pelo doutor Marcelo é que até agora, a indicação é de que as vacinas usadas no Brasil, como a Aztrazeneca/ Fiocruz e a Coronavac/Butantan, aparentemente continuam tendo eficácia contra as variantes que tem surgido.
“Pelo cenário que estamos observando é que mesmo que tenhamos uma parte significativa da população vacinada, precisaremos ficar de olho nessas variantes, então a proporção que nós tenhamos uma parcela da população vacinada é possível que o número de variantes caiam e a gente não observe mais esse cenário que estamos observando agora. Mas é possível também entender que o vírus vai sofrer estas alterações e será preciso modificar estas vacinas e muito provavelmente colocá-las no nosso calendário vacinal”, informou Marcelo.
Doutor Marcelo aproveitou para lembrar ser necessário pensar na vacinação, não como um bem individual, mas sim para toda a coletividade. “Porque é a partir de um individuo que o problema começa. Enquanto a gente não vacinar todo mundo, sempre teremos a chance de ter esses casos, mesmo que remotamente em alguns lugares.
“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (10), dois dias depois de o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter anulado as condenações do petista na Lava Jato por entender que a 13ª Vara de Curitiba não tinha competência para analisar os casos.
“Antes de eu ir [para a prisão], nós tínhamos escrito um livro, e eu fui a pessoa, dei a palavra final no título do livro, que é ‘A verdade vencerá’. Eu tinha tanta confiança e tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil, que eu tinha certeza que esse dia chegaria, e ele chegou”, afirmou Lula no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Durante o discurso de uma hora e 23 minutos de duração, o ex-presidente também relacionou seu caso ao sofrimento da população mais pobre durante a pandemia de Covid-19:
“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho. Sinceramente, eu não tenho. Porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando neste país é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim”.
Nesta segunda-feira (8), Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente pela Justiça Federal no Paraná relacionadas à Operação Lava Jato. Com a decisão, Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.
O ministro do STF aceitou o argumento da defesa do ex-presidente de que essas denúncias não estariam diretamente ligadas a desvios na Petrobras e determinou o envio dos processos à Justiça Federal do Distrito Federal.
Lula agradeceu a Fachin e disse que a decisão do ministro reconheceu que nunca houve crime cometido contra ele ou envolvimento dele com a Petrobras. No entanto, a decisão do ministro foi apenas processual: ele avaliou quem tinha competência para analisar o tipo de denúncia proposta. Fachin não analisou se Lula é culpado ou inocente.
“O processo vai continuar, tudo bem, eu já fui absolvido de todos os processos fora de Curitiba, mas nós vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam me culpar. Deus de barro não dura muito tempo.”
Na decisão de segunda, o ministro Edson Fachin extinguiu 14 processos que questionavam se o então juiz Sergio Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula. A Segunda Turma do Supremo voltou a analisar essa questão nesta terça-feira (9), mas ainda não concluiu.
O ex-presidente Lula chamou a força-tarefa da Lava Jato de “quadrilha” e disse que ela tinha uma obsessão por condená-lo porque queria criar um partido político. O petista afirmou que a operação “desapareceu” da sua vida.
“Hoje, eu tenho certeza que ele [Moro] deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri. Eu tenho certeza que o Dallagnol deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri, porque eles sabem que eles [Moro e Dallagnol] cometeram um erro, e eu sabia que eu não tinha cometido um erro”, afirmou o ex-presidente.
Evento foi transmitido nesta quarta pela manhã diretamente do YouTube da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco
O IV Encontro Municipal do Turismo, que aconteceu nesta quarta-feira (10), contou com uma excelente adesão dos gestores dos municípios do Litoral ao Sertão do Estado. O encontro neste ano ocorreu de forma virtual em decorrência da pandemia do Covid-19 e é uma ação de estruturação da Setur-PE e Empetur.
“Ficamos felizes com a adesão dos gestores municipais ao nosso evento virtual. Participação ativa com muita interação e esclarecimentos. Nosso desejo era um encontro presencial, mas o momento requer distanciamento e cuidado. Agradeço a participação de todos e juntos vamos planejar e construir ações em prol do turismo de Pernambuco”, comenta o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.
Na pauta foram abordados temas como: cenário do turismo em Pernambuco, as ações realizadas pela Setur e a Empetur, além das metas e desafios que os municípios precisam para figurarem no Mapa do Turismo do Brasil.
O webinário tem o objetivo de marcar o início das ações de capacitação com os prefeitos, secretários e diretores de Turismo dos municípios pernambucanos que iniciaram uma nova gestão em 2021. O encontro segue disponível no YouTube da Secretaria de Turismo de Pernambuco e os gestores que desejarem tirar dúvidas podem entrar em contato por meio do e-mail: [email protected].
O IV Encontro Municipal do Turismo contou com o apoio da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e da Associação das Secretarias de Turismo de Pernambuco (Astur). A live está disponível no canal da Setur no Youtube.
Campanha alerta mulheres para conscientizar e prevenir o Câncer do Colo de Útero
As Secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania e de Saúde do município de Sertânia promoveram uma ação do “Março Lilás”, por meio do Programa Mãe Coruja Pernambucana.
A campanha visa conscientizar as mulheres da importância da prevenção ao câncer de colo de útero. A ação foi realizada na manhã desta quarta-feira (10.03) na Unidade Básica de Saúde da Família – UBSF do bairro Treze de Maio, na sede.
A doença é conhecida também como câncer cervical e é causada pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos). A Campanha acontece anualmente no Brasil todo e destaca a importância dos exames preventivos e da vacina contra o HPV. De acordo com a secretária de Saúde do município, estar consciente é o primeiro passo.
“As unidades de saúde do nosso município estão abertas de 7h às 12h e de 14h às 17h. As mulheres podem procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa. A doença pode ser detectada facilmente nos exames preventivos. Por isso, ressaltamos a importância da realização periódica do citológico”, disse Mariana Araújo.
O ‘Canto Mãe Coruja’ atua no município com a colaboração da Prefeitura através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, que viabilizou um espaço para o funcionamento do programa.
“O acesso à saúde integral, humanizado e de qualidade, sendo um direito que pertence a todas as mulheres. Dessa forma, a perspectiva do cuidado integral deve respeitar as singularidades desse público. Assim como suas histórias de vida e situação social e econômica”, disse o secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania – Paulo Henrique Ferreira.
De acordo com a enfermeira Agda Layse da UBSF da Treze de Maio, a ação representa sempre um avanço, já que promove informação e conscientização.
“Ficamos felizes em contribuir incentivando as mulheres no cuidado com a sua saúde. É preciso despertar nelas o autocuidado, para que tenham conhecimento sobre o seu próprio corpo, em busca de melhorar a qualidade da saúde e bem-estar”, contou.