André Luis
André Luis's Latest Posts
SJE: prefeitura diz que R$ 40 mil foram bloqueados por processo de 2014
“Ao tirar o extrato de uma das contas da Prefeitura, me surpreendi, mais de 39 mil reais bloqueados”, disse Augusto Santa Cruz, Secretário de Finanças do Município.
Segundo ele em nota, o dinheiro fará falta à municipalidade. Ele acusa a gestão anterior, do petista Romério Guimarães de ser responsável pelo passivo.
Segundo Santa Cruz, o valor exato de R$ 39.452,56 (trinta e nove mil, quatrocentos e cinquenta e dois reais e cinquenta e seis centavos), foi bloqueado em função do processo de nº TJPE PA 08/2014, que é referente a uma dívida de precatórios do ano de 2014, não honrada pela gestão passada.
Foragido, ex-prefeito de Sanharó é preso no Mato Grosso do Sul

Ex-prefeito de Sanharó estava foragido da Justiça desde novembro de 2016
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Contra ele existem 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça e que ultrapassam 75 anos de prisão
Da Rádio Jornal
A Polícia Federal prendeu na cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito da cidade de Sanharó Rannieri Aquino de Freitas, que estava foragido da Justiça. Ao todo, existem contra ele 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça e que ultrapassam 75 anos de prisão. Rannieri é acusado de dezenas de ações penais pelos delitos de falsificação de documento público, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, corrupção passiva, fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança, corrupção ativa, falsificação de papeis públicos e dispensa irregular de licitação e ainda é suspeito de um homicídio.
Estudante de medicina
De acordo com a investigação, o ex-prefeito cursava medicina na cidade de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia em que residia. Durante abordagem ele apresentou documento falso contendo a própria foto, mas com nome de outra pessoa. Então, recebeu voz de prisão por uso de documento falsificado. Ele foi encaminhado ao caminhado ao Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira. e ficará à disposição da Justiça de Pernambuco.
Paulo Câmara vai visitar Lula na prisão em Curitiba

Paulo Câmara (PSB) vai visitar Lula (PT) na carceragem da Polícia Federal
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Em busca do apoio do PT pela reeleição, Paulo Câmara vai visitar Lula na carceragem da Polícia Federal
Por Paulo Veras / JC Online
O governador Paulo Câmara (PSB) vai mesmo visitar o ex-presidente Lula (PT) na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. Os governadores do Nordeste visitarão o ex-presidente nesta terça-feira (10), às 15h. Oficialmente, o Palácio do Campo das Princesas ainda não confirma a agenda.
Paulo busca o apoio do PT para consolidar seu projeto pela reeleição. Pesquisas mostram que Lula tem um recall eleitoral forte em Pernambuco, principalmente no interior.
Paulo criticou prisão
Em nota divulgada após a decretação da prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, Paulo Câmara saiu em defesa de Lula e disse que a manutenção da liberdade do ex-presidente não era uma ameaça à sociedade que justificasse o encarceramento. O socialista também registrou que Lula continuava contando com o seu respeito e solidariedade.
Mais cedo, no mesmo dia, Paulo Câmara havia dito que continuaria as conversas políticas com o PT, independentemente da questão judicial, porque ela nunca foi um ponto de discussão. Questionado se, mesmo preso, Lula agregaria valor eleitoral ao projeto pela reeleição, o governador disse que “todo pernambucano tem respeito e gratidão com Lula”. Ele também citou pesquisas que mostravam o reconhecimento dos pernambucanos pelo que o petista fez no Estado. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também emitiu nota de solidariedade a Lula.
Embora as manifestações tenham sido descritas como meramente formais pela ala do PT que defende a candidatura própria, o gesto de aproximação foi reconhecido pela sigla. “Eu acho que é importante o posicionamento do governador e do prefeito. O que está acontecendo com Lula não é só algo que mexe com o PT, mas com o País, a democracia e os direitos do povo. Não foram só eles. Mas eles são lideranças importantes em Pernambuco. PSOL, PCdoB e PDT também se solidarizaram e estiveram conosco”, afirmou o presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro.
O PSB esperava contar com o apoio de Lula para consolidar a reeleição de Paulo pelo grande apelo que o petista ainda tem no eleitorado pernambucano, principalmente no interior. Para isso, chegou a sinalizar que abriria espaço para o PT na chapa majoritária e nomearia representantes da sigla para cargos no primeiro escalão do governo. As negociações com o PT nacional, porém, ainda não foram suficientes para rifar as pré-candidaturas próprias da sigla ao governo. Uma candidatura do PT favorece o plano da oposição de levar a disputa ao segundo turno.
PF apura conduta de delegado que postou no Facebook que ‘é hora’ de prender Temer, Alckmin e Aécio
Após repercussão, delegado fez nova postagem, dizendo que ‘é opinião exclusivamente pessoal como cidadão’ e ‘indignado’ com corrupção.
Do G1

Posto do delegado da PF Milton Fornazari Junior em sua conta no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook/Milton Fornazari Junior)
A Polícia Federal apura a conduta de um de seus delegados que escreveu um post em sua página Facebook de que “é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiam dos mesmos esquema ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio, etc)”.
A postagem ocorreu na noite de sábado (7), quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava sendo conduzido em um avião de São Paulo para Curitiba, onde permanece preso cumprindo pena por lavagem de dinheiro e corrupção.
Segundo a PF, “medidas administrativo-disciplinares” serão tomadas em relação ao caso. A PF não especificou quais punições o delegado está sujeito.
Milton Fornazari Jr. coordenou, entre 2015 e 2016, a delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da superintendência da PF em São Paulo e, após a polêmica, fez novo post no Facebook, no domingo (8), afirmando que o comentário foi externado como “opinião exclusivamente pessoal como cidadão em relação à minha indignação com a corrupção na política brasileira em geral”.
Fornazari participou de investigações iniciais de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo doleiros que deram força à criação da força-tarefa da Lava Jato, que investigou escândalos de corrupção e desvio de recursos públicos na Petrobras. Ele atua também na área de cooperação jurídica internacional.
No post no sábado, o delegado dizia:
“Lula preso. Objetivamente, ele recebeu bens, valores, favores e doações p seu partido indevidamente, por empresas q se beneficiaram da corrupção em seu governo. Por isso merece a prisão. Agora é a hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio, etc). Se isso acontecer, teremos realmente evoluído muito como civilização, se não acontecer e só Lula ficar preso infelizmente tudo isso poderá entrar para a história como perseguição política”.
A PF diz que o delegado não fala pela instituição e que “jamais se manifesta por meio de perfis pessoais de seus servidores”.
Após a repercussão do caso, o delegado fez um novo post na rede social Facebook, fechado para amigos, e enviada por ele ao G1 com sua manifestação.
O segundo post do delegado diz:
“Amigos, ontem externei minha opinião exclusivamente pessoal como cidadã em relação à minha indignação com a corrupção na política brasileira em geral. Citei o caso transitado em julgado em segunda instância do ex-presidente Lula e os de outros políticos notoriamente investigados em Brasília, nas instâncias superiores, como os motivos da minha indignação pessoal. Vamos todos manter a serenidade e sigamos em frente. Abraços”.
O G1 pediu a posição do PSDB nacional e estadual, a respeito das citações ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e a Aécio Neves, e também à Presidência da República, pela citação ao nome do presidente Michel Temer. Até a publicação desta reportagem, nenhum deles havia se manifestado.

Delegado fez novo post, afirmando que externou ‘opinião pessoal’ e de ‘indignação (Foto: Arquivo Pessoal/G1)
Veja a nota da PF
“1) O delegado de Polícia Federal Milton Fornazari Jr. não é responsável pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo, tendo exercido a chefia da delegacia de 26/10/2015 a 02/11/2016;
2) O mencionado servidor não faz parte do corpo diretivo da PF em São Paulo e tampouco é porta voz desta instituição;
3) A PF jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores;
4) As declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição, razão pela qual serão tomadas as medidas administrativo-disciplinares em relação ao caso concreto;
5) A PF reitera seu compromisso, como polícia republicana, de trabalhar de forma isenta, discreta e apartidária, nos estritos limites da lei.”
Termina prazo para Lula se apresentar à Polícia Federal em Curitiba
Terminou às 17h de hoje (6) o prazo estipulado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal no Paraná, para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresentar à Polícia Federal em Curitiba.
Com a ordem de prisão, expedida ontem (5), Lula está no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) desde às 19h dessa quinta-feira. O ex-presidente reuniu-se com lideranças do partido e seus advogados. Do lado de fora, militantes fazem uma vigília em apoio a Lula.
Em Curitiba, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula informou que estava negociando com a defesa do ex-presidente para que ele se apresentasse. De acordo com o delegado, não está descartada o prosseguimento da negociação mesmo após o fim do prazo estabelecido pela Justiça.
O delegado disse que a intenção é evitar confrontos, já que o ex-presidente está no sindicato cercado por apoiadores. Igor de Paula acrescentou que é remota a chance de a Polícia Federal entrar no sindicato para prender o ex-presidente.
STJ
Antes das 17h, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer negou habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente para anular o decreto de prisão assinado pelo juiz federal Sérgio Moro.
Na decisão na qual decretou a prisão, Moro explicou que Lula não ficará em uma cela “em atenção à dignidade cargo que ocupou”. De acordo com o juiz, o ex-presidente deve ficar separado dos demais presos para “preservar sua integridade física e moral”.
A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça. Na quarta-feira (4), a defesa do ex-presidente tentou reverter o entendimento, mas, por 6 votos a 5, a Corte negou um habeas corpus preventivo para evitar a prisão.
Dilma Rousseff transfere domicílio eleitoral de Porto Alegre para Belo Horizonte

Ex-presidente Dilma Rousseff (PT) transfere domicílio eleitoral de Porto Alegre para Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas/G1)
Militantes protestaram no TRE-MG contra o mandado de prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Do G1
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) transferiu seu título eleitoral de Porto Alegre para Belo Horizonte, nesta sexta-feira (6). A petista estava, às 15h20, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), no bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul da capital mineira, onde também fez seu cadastramento biométrico.
De acordo com o TRE-MG, este é o último dia para quem pretende se candidatar a algum cargo nas eleições deste ano alterar o domicílio eleitoral.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), acompanhou Dilma ao tribunal. A secretária de Estado da Educação, Macaé Evaristo (PT), e Nilma Lino, que foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do governo Dilma, também estiveram na militância que aguardava a chegada da ex-presidente, assim como deputados e vereadores de Belo Horizonte.
Na chegada, a ex-presidente foi recebida com gritos de “Dilma guerreira da pátria brasileira” e “olê olê olê olá, Dilma, Dilma”. A petista disse que estava mudando seu título eleitoral para Belo Horizonte para acompanhar a mãe, Dilma Jane Rousseff, que está com 94 anos e tem precisado de cuidados especiais.
Ao ser questionada se será ou não candidata ao Senado, ela disse à imprensa que vai participar da campanha para as eleições mesmo se não concorrer. “Campanha eu vou fazer candidata ao Senado ou não. Porque eu acho que o Brasil precisa de se reencontrar consigo mesmo. Se nós tivermos eleições diretas, eu participarei da campanha”, completou.
Sobre o mandado de prisão contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), expedido pelo juiz federal Sérgio Moro, Dilma disse que ainda espera fazer campanha por Lula pela Presidência da República. “Espero que o Lula seja candidato em 2018 e vou lutar para ele seja candidato”, afirmou.
O presidente do TRE-MG, desembargador Edgard Penna Amorim, não recebeu a ex-presidente porque estava acompanhando o velório do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Herbert Carneiro, que morreu na madrugada desta sexta-feira (6), vítima de um câncer.
Na porta do tribunal, militantes e vários políticos acompanharam a transferência de domicílio eleitoral de Dilma. O grupo aproveitou para protestar contra o mandado de prisão contra Lula. Os militantes gritavam “Volta querida” e “fora Temer” e “Lula livre” momentos antes da chegada da ex-presidente.
Um carro que passava pelo local atirou uma bomba garrafão contra as pessoas que faziam o protesto. Policiais militares foram atrás do carro envolvido na ação. Ninguém ficou ferido.
Henrique Meirelles deixa a Fazenda para ser candidato a Presidência
Ministro de Michel Temer se filiou ao MDB nesta semana, mas evitou falar sobre quem seria a cabeça da chapa do partido na disputa pelo Planalto
Da Agência Brasil
Henrique Meirelles decidiu deixar, nesta sexta-feira (6), o cargo de ministro da Fazenda para entrar de vez na corrida eleitoral pela Presidência da República. Quem vai substituí-lo na pasta será o atual secretário-executivo Eduardo Guardia.
Para anunciar a sua decisão, Henrique Meirelles convocou uma entrevista coletiva na tarde desta sexta. Antes mesmo do anúncio oficial, fontes internas ao Ministério da Fazenda e à legenda já revelavam a jornalistas qual seria a notícia a ser divulgada.
Tal decisão ocorre a um dia do prazo final para quem têm cargo público se afastar de suas funções para se candidatar.
M de Meirelles e M de MDB
Desde o ano passado, Meirelles já fala na possibilidade de concorrer às eleições deste ano. Em um vídeo de propaganda lançado no fim do ano passado pelo PSD, Meirelles ocupou cerca de 9 dos 10 minutos totais da peça.
Porém, nessa semana, foi ao MDB que ele se filiou, abandonando o PSD. No ato da filiação, foi apresentado um cartaz em que aparece ao lado do presidente Michel Temer à frente da bandeira do Brasil, com os dizeres “Nossa união nos fortalece”. Também foi tocado o jingle: “M de Michel, M de Meirelles, M de MDB”.
“Tenho um projeto de candidatura a presidente”, admitiu Meirelles a jornalistas na ocasião, sem especificar nada, nem mesmo quem iria encabeçar uma chapa com ele.
“Agora, entrando no partido, vamos discutir os próximos passos e, evidentemente, qual é a melhor composição partidária visando a evitar que o Brasil volte a ter políticas populistas e políticas que levaram o Brasil à maior recessão da história”, completou.
Demais exonerações
Hoje (6), foram publicadas no Diário Oficial da União as exonerações de seis ministros que concorrerão ao pleito. O da Fazenda não está entre eles. Foram exonerados os ministros da Educação, Mendonça Filho; do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; do Esporte, Leonardo Picciani; de Minas e Energia, Fernando Bezerra; do Meio Ambiente, Sarney Filho; e, do Turismo, Marx Beltrão.
Na manhã de hoje, Henrique Meirelles reuniu-se com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. No final da tarde, viaja com a comitiva presidencial para Salvador, compromisso que foi acrescentado à agenda no início da manhã.
PF vê risco de segurança para prisão de Lula em sindicato

O ex-presidente Lula cumprimenta militantes no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo – Marlene Bergamo/Folhapress
Delegados temem confronto na sede da entidade dos metalúrgicos onde está ex-presidente
Da Folha de São Paulo
A Polícia Federal descarta, por ora, o envio de agentes ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), para prender o ex-presidente Lula.
A avaliação dos delegados é de que uma ação desse tipo poderia acabar em confronto e colocar em risco a vida de pessoas.
O petista disse à Folha que não vai se apresentar em Curitiba nesta sexta (6) e que não sairá da entidade, que fica no ABC paulista. O juiz Sergio Moro deu o prazo de até 17h para o ex-presidente se entregar e começar a cumprir sua pena.
De acordo com apuração da reportagem, a cúpula da polícia tem defendido internamente que é preciso de “tranquilidade” e “juízo” para a situação.
Nas palavras de um integrante da PF, a tendência é procurar uma “saída amigável” no campo da diplomacia.
Delegados afirmam que se Lula de fato não se apresentar, haverá uma avaliação constante para definir o melhor momento de realizar a prisão.
Por precaução, foram colocadas de prontidão equipes do GPI (Grupo de Pronta Intervenção). O COT (Comando de Operações Táticas), sediado em Brasília, também está de sobreaviso.
O ex-presidente aguarda resultado de um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa, dessa vez ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Articulação de Esquerda, corrente minoritária petista, divulgou na madrugada um documento em que propõe a formação de barreira humana para impedir a prisão do ex-presidente.
Segundo fontes do meio jurídico consultadas pela Folha, Lula pode se apresentar à PF em São Paulo sem ser penalizado. Nesta situação, o procedimento é comum: os agentes serão obrigados a cumprir o mandado de prisão normalmente.
O presidente estadual do PT, Luiz Marinho, disse nesta sexta-feira (6) que Lula fará um pronunciamento às 16h, uma hora antes do prazo fixado pelo juiz Sergio Moro para que ele se entregue.
Apagão no Norte e Nordeste foi causado por falha humana, diz ONS

Apagão deixou mais de 70 milhões de pessoas sem energia e deixou 98% das linhas de transmissão do Nordeste sem funcionar Foto: Fred Figueiroa/ DP
Ajuste de proteção indevido somado com um problema adicional na Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso foi responsável por potencializar problema no Nordeste
Da Agência Brasil
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta sexta-feira (6) que o apagão que atingiu 70 milhões de pessoas no Norte e Nordeste, em 21 de março, foi causado por uma falha humana. Segundo a primeira versão da nota técnica elaborada pelo órgão, havia um ajuste de proteção indevido no disjuntor da Subestação Xingu, no Pará.
Segundo o diretor-geral, Luiz Eduardo Barata, a empresa Belo Monte Transmissão de Energia (BMTE) não informou ao ONS que havia estabelecido o limite de segurança no disjuntor. Como desconhecia o ajuste, o operador determinou a passagem de uma carga superior ao limite, e o sistema interrompeu a circulação de corrente entre os dois lados da subestação, causando um excesso de geração de energia elétrica de um lado e falta do outro.
“A falha é humana, porque alguém programou o ajuste, e esse ajuste foi um ajuste indevido”, explicou Barata. Quando o disjuntor interrompeu o fluxo entre os dois lados da subestação, toda a energia que chegava da Usina de Belo Monte, e que deveria seguir para o Nordeste, permaneceu na Região Norte, causando uma geração acima da necessária. O Nordeste, que nesta época do ano recebe a energia de Belo Monte para compensar a menor geração eólica, ficou com menos geração do que carga.
O problema desequilibrou o sistema e gerou o desligamento em cascata, que apagou 98% das linhas de transmissão do Nordeste e 86% do Norte. Das 480 linhas de transmissão nas duas regiões, 458 saíram do sistema.
A abertura do disjuntor se deu às 15h48, e em questão de segundos os sistemas de energia elétrica do Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste se separaram.
A recomposição do sistema começou na Região Norte por volta de dez minutos depois do incidente, e foi concluído às 17h50. Na Região Nordeste, a recomposição teve início às 16h16 e só foi concluída às 21h25.
Um problema adicional fez o blecaute tomar dimensão maior na região Nordeste: duas unidades na Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, na Bahia, foram desligadas por descoordenação no sistema de proteção.
O desligamento ocorreu depois que a frequência do sistema já havia sido normalizada no Nordeste, derrubando-a novamente, o que ativou a proteção de usinas térmicas na região e também as desligou.
O relatório foi encaminhado aos agentes envolvidos, incluindo a empresa Belo Monte, e, dentro de 15 dias, no máximo, a versão final será apresentada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É a agência reguladora que vai responsabilizar e definir possíveis punições aos envolvidos.
Segundo o ONS, o problema que originou o blecaute já foi solucionado. A Subestação de Xingu passou a ter dois disjuntores desde o fim de semana posterior ao apagão, e eles funcionam com um sistema de alarmes, em vez de desligarem em caso de possibilidade de sobrecarga.
Marco Aurélio sobre Lula não se entregar: “Não podemos incendiar o País”

O ministro Marco Aurélio conversou com jornalistas no quadro Passando a Limpo, do Super Manhã
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio disse que decisão judicial deve ser cumprida
Da Rádio Jornal
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio, em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (6), falou sobre a condenação do ex-presidente Lula, nessa quinta-feira (5), e do pedido de prisão para esta sexta feito pelo juiz Sérgio Moro. “Não podemos fazer qualquer prognóstico. Se (a decisão) não for derrubada, será cumprida”. “Vamos esperar que as instituições funcionem, o momento é de temperança, de tranquilidade, nós não podemos simplesmente incendiar o País. Evidentemente, decisão judicial deve ser cumprida”, comentou sobre a possibilidade de Lula não se entregar.
O ministro disse que é preciso aguardar para ver o que surgirá até às 17h, quando Lula deve se entregar, uma vez que “o protocolo do judiciário está sempre aberto ao cidadão”, seja ele o presidente ou qualquer outra pessoa. Marco Aurélio preferiu não se posicionar sobre a suposta celeridade do juiz Sérgio Moro em solicitar a prisão do petista.
Liminar
Ele ainda comentou acerca da liminar do Partido Ecológico Nacional (PEN), que pediu liberdade de condenados cuja possibilidade ainda seja recorrer a cortes superiores. Ele vai levar pedido para julgamento na próxima quarta-feira (11). “Se há requerimento ele tem que ser apreciado. O cidadão e o partido tem direito à jurisdição. Eu não posso pegar o requerimento e engavetar. Meu dever é dar sequência.”
Vídeo satiriza sistema político do país
Por André Luis
Um vídeo que tem rodado nas redes sociais nos últimos dias, a qual não se sabe a autoria, demonstra de forma clara, simples e porque não dizer didática, como é o funcionamento do sistema político no Brasil.
No vídeo um suposto agricultor é questionado por sua suposta filha, sobre o que é política. No que o “pai” atencioso se dispõe a explicar, dizendo a sua “filha” para que ela imagine que as galinhas que estão espalhadas no terreiro da propriedade rural, sejam os eleitores e inicia o que seria um discurso político: “venham! Vamos conversar sobre política, sobre honestidade, transparência, trabalho justo e fiel”.
O “agricultor” repete o discurso e nada acontece, então ele se vira para a “filha” e diz: “viu, não veio ninguém”. Então ele pega um pote com milho e diz para a “filha” imaginar que aquilo seja a Prefeitura e que o conteúdo do pote são cargos públicos e comissionados e começa a jogar o milho para as galinhas, que saem em disparada e se amontoam disputando o alimento. Assista:
O vídeo de um pouco mais de um minuto e meio, é um tapa na cara do eleitor brasileiro que adere a política do “pão e circo” em detrimento de políticas públicas transformadoras para a coletividade. O retrato do que acontece na grande maioria dos municípios brasileiros.
O eleitor brasileiro vota mal, e como consequência disso sofre hoje uma das maiores crises políticas da história do país. Onde se tem um congresso repleto de políticos que legislam em causa própria ou de interesses de minorias e gargalham na cara do povo com seus conchavos e articulações duvidosas.
Quando o eleitor de forma displicente deposita seu voto em um vereador pelo simples fato de ser seu amigo, ou dele ser amigo de um parente, ou por que os pais pediram para votar em fulano porquê ele já ajudou muito a família e diversas de outras justificativas, injustificáveis, ele [o eleitor] alimenta esse sistema de desigualdades e enquanto esse tipo de voto perdurar, nunca seremos uma nação livre do maior mal que nos aflige que é a corrupção, a maior responsável por todas as mazelas que atingem em cheio os mais carentes do país.
O Brasil precisa mudar, mas essa mudança tem que vir de baixo, do povo, que precisa urgentemente mudar a sua forma de pensar, discutir e vivenciar a política.
STF nega recurso de Lula contra prisão após julgamento em 2ª instância
Do UOL
Por um placar de 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou na madrugada desta quinta-feira (5) o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra sua prisão na Operação Lava Jato.
Com a derrota no Supremo, Lula poderá ser preso depois de esgotados os recursos ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). A defesa do petista tem até a próxima segunda-feira (9) para decidir se apresenta recurso ao tribunal de Porto Alegre.
Por volta de 0h, a defesa de Lula ainda tentou um último recurso, mas não obteve sucesso. O advogado José Roberto Batochio, que representa o ex-presidente, tentou evitar que a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, votasse e desempatasse o julgamento do habeas corpus contra a prisão do petista. O placar estava em 5 a 5. Empates em habeas corpus beneficiam o paciente –no caso, Lula. O pleito foi submetido à votação pela própria Cármen e rejeitado por unanimidade. “Quando é matéria constitucional, o presidente vota”, explicou.
Em voto curto, Cármen disse que continuava com o mesmo entendimento que marcou o seu voto desde 2009, quando o STF mudou o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância pela primeira vez.
Na ocasião, a Corte passou a adotar a orientação de que um condenado só poderia ser preso após o esgotamento de todos os recursos. Ela foi voto vencido.
“Esta é uma matéria realmente muito sensível”, comentou a ministra, que em 2016 integrou o grupo vencedor. Cármen começou a votar depois da 0h desta quinta.
O recurso ao STF pedia que Lula não fosse preso após o fim do julgamento no TRF, tribunal de segunda instância, e que ele pudesse recorrer em liberdade contra a condenação a 12 anos e 1 mês de prisão pelo TRF-4 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).
Lula afirma que não há provas contra ele e que nunca foi beneficiado pela construtora OAS por meio do apartamento.
No STF, apesar de dois ministros terem mudado de posição sobre a possibilidade de prisão na segunda instância, o placar se manteve inalterado em comparação aos julgamentos no qual o STF fixou, em 2016, a possibilidade de início de cumprimento da pena nessa fase do processo.
Votaram contra o pedido da defesa de Lula:
- Edson Fachin, relator do processo
- Alexandre de Moraes
- Luís Roberto Barroso
- Rosa Weber
- Luiz Fux
- Cármen Lúcia, presidente do STF.
Votaram a favor do pedido da defesa de Lula:
- Gilmar Mendes
- Dias Toffoli
- Celso de Mello
- Marco Aurélio Mello
- Ricardo Lewandowski
Gilmar e Toffoli defenderam que Lula só poderia ser preso após ter seus recursos julgados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Lewandowski, Marco Aurélio e Celso votaram para que o petista só pudesse ser preso após o trânsito em julgado do processo, ou seja, até que não fosse mais possível apresentar recursos judiciais.
Considerada decisiva no julgamento de hoje, Rosa Weber votou contra a prisão em segunda instância em 2016, mas foi voto vencido e passou a adotar a posição da maioria do STF ao decidir sobre pedidos de liberdade, com o argumento de que deveria seguir o entendimento que prevaleceu no Supremo.
Na sessão de hoje a ministra voltou a utilizar o argumento da importância de seguir as decisões anteriores do tribunal para justificar o voto contra sua convicção pessoal.
“Tendo integrado a corrente minoritária neste plenário quanto ao tema de fundo, passei a adotar nesta Suprema Corte a orientação hoje prevalecente de modo a atender não só o dever de equidade, ou seja, tratar casos semelhantes de forma semelhante, mas, como sempre enfatizo, o princípio da colegialidade”, disse a ministra.
O outro ministro que mudou de posição sobre o tema foi Gilmar Mendes, que em 2016 foi favorável à prisão na segunda instância. Mendes justificou a mudança de posição citando casos em que réus que já estavam presos foram absolvidos ao recorrer aos tribunais superiores. “Como nós conseguimos nos olhar no espelho, nós que defendemos os direitos humanos”, perguntou.
“Por essa razão, prisões automáticas em segundo grau que depois se mostraram indevidas, me fizeram repensar aquela conclusão que se chegou [no processo julgado em 2016]”, disse Gilmar.
No centro do debate sobre a prisão na segunda instância está a interpretação do conceito de trânsito em julgado do processo e a definição sobre a partir de qual momento um investigado pode ser considerado culpado, o chamado princípio da presunção de inocência.
A Constituição Federal afirma que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
De forma similar, o Código de Processo Penal diz que, exceto por flagrante ou prisão provisória, ninguém poderá ser preso a não ser “em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado”.
Executar prisão após 2ª instância é desprezar a Constituição
Fux, ao votar, afirmou que o direito de presunção de inocência, previsto na Constituição Federal, não impede o cumprimento da pena após condenação em segunda instância. “O direito que decorre da Constituição é o direito de não ser condenado sem prova de sua culpa”, disse.
Contrário à prisão após a segunda instância, o ministro Marco Aurélio afirmou que o texto da Constituição Federal não deixa margem à dúvida. “Não abre esse preceito campo a controvérsias semânticas”, disse. “Não posso ver na cláusula um sentido ambíguo”, afirmou o ministro.
Ricardo Lewandowski afirmou que as decisões do TRF-4 e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra Lula trataram a prisão após a segunda instância como uma imposição automática e não apresentaram argumentos para fundamentar a necessidade da prisão além da condenação pelo tribunal.
“Na verdade, determinaram a prisão automática do paciente [Lula], e não existe em qualquer país do mundo a prisão automática”, afirmou Lewandowski.
O ministro Luís Roberto Barroso defendeu que o STF mantivesse o mesmo entendimento de decisões anteriores sobre a prisão em segunda instância.
“Não é então o legado político do ex-presidente que está aqui em discussão. O que vai se decidir é se se aplica a ele ou não a jurisprudência que este tribunal fixou e que em tese deve se aplicar a todas as pessoas”, disse o ministro.
Barroso também defendeu que o fim da prisão na segunda instância poderia funcionar como um incentivo à corrupção, já que poderia frear a busca pelas delações premiadas.
“Sem a possibilidade de prisão em segundo grau, acabam os incentivos para a delação premiada”, disse. “Acabar com esse estímulo à delação premiada é dar um incentivo à corrupção”, afirmou Barroso.
Reação em Brasília
Horas antes do final do julgamento no STF, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, já estava vazia. Manifestantes contrários ao ex-presidente Lula comemorraam com gritos, abraços e fogos de artifício assim que a ministra Rosa Weber votou de maneira contrária ao habeas corpus da defesa do petista. O trio elétrico do grupo tocou o hino nacional.
Já integrantes de partidos favoráveis a Lula, ao saberem do voto de Rosa, reforçaram aos presentes para estes não se sentirem derrotados nem “arregarem”. Um aproveitou a oportunidade para defender o MST e dizer que não haverá prédio público “que não será ocupado” até conseguirem terras. “De agora em diante é porrada, luta, guerra”, falou Alexandre Conceição, dirigente do MST, embora antes tenha falado que prega a paz.
Presidente Temer sanciona flexibilização da transmissão da Voz do Brasil
Lei passa a valer a partir da sua publicação no Diário Oficial da União
O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira (4), no Palácio do Planalto, o projeto que flexibiliza o horário de veiculação do programa A Voz do Brasil. A cerimônia realizada na manhã de hoje contou com a presença de centenas de radiodifusores de todo o país, além do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, entre outros ministros. A lei passará a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nesta quinta-feira (5). O tudoradio.com levantou que alternativa cada rádio poderá tomar em relação ao horário transmissão, escolha que deverá levar em conta o formato da rádio e ao perfil da região de cobertura.
O presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, falou do momento histórico vivido pela radiodifusão no Brasil. “Este é um momento histórico que a radiodifusão comemora como uma grande conquista. A flexibilização traz benefícios para todos: a rádio poderá adequar a sua transmissão de acordo com a programação e o cidadão brasileiro poderá ouvir a Voz do Brasil em diferentes horários”, afirma o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo.
O ministro Gilberto Kassab disse que mais um momento especial do governo do presidente Michel Temer. “O Brasil tem percebido avanços importantes na economia, estrutura, a área social. E não tem sido diferente no MCTIC. Esse é um legado a deixar para o país. Milhões de brasileiros que terão outras alternativas além da Voz do Brasil. Não tinha nenhum sentido e quem estava sendo penalizado era o mais humilde, que não tem acesso a outras alternativas. Foi uma decisão difícil, principalmente no Congresso Nacional. Os governos anteriores não tiveram o mesmo gesto, já que o projeto tramita desde 2003. Não tem nenhum sentido uma lei engessada que obriga a transmissão da Voz do Brasil às 19h. Além disso, tem a migração AM-FM em pleno andamento e a desburocratização da radiodifusão”, frisou Kassab.
O presidente Michel Temer ressaltou que a flexibilização da transmissão da Voz do Brasil é motivo de comemoração. “O setor de radiodifusão tem motivos para comemorar. A lei que acabamos de sancionar atende a antigo pleito das emissoras, além de criar opções para os ouvintes. As rádios, também, passam a ter maior liberdade para definir sua programação. Todos saem ganhando”, ressaltou.
Ele também falou sobre a modernização no setor. “Estamos trazendo o Brasil para o século 21. Nós tivemos coragem de, em menos de dois anos, enfrentar temas que eram reclamados há muito tempo. Hoje, nós modernizamos o sistema de informação e damos liberdade para que as rádios possam prosperar”, comentou.
Após 15 anos de tramitação no Congresso Nacional e intenso trabalho da ABERT e demais associações estaduais de radiodifusão junto aos parlamentares da Câmara e do Senado, os deputados aprovaram, em votação simbólica, no dia 13 de março, o projeto de lei que permite a transmissão pelas emissoras comerciais do noticiário de 60 minutos, sem cortes, entre 19h e 22h, no horário que for melhor para cada rádio.
As emissoras que optarem por flexibilizar o horário ficam obrigadas a veicular, diariamente, às 19h, inserção informativa sobre o horário de transmissão da Voz do Brasil. Ficará a cargo do Poder Executivo determinar ainda maior flexibilização ou até a dispensa de transmissão da Voz do Brasil em situações excepcionais.
Atualmente, todas as emissoras de rádio são obrigadas a interromper sua programação a partir das 19h para transmitir o noticiário, que tem duração de uma hora. As emissoras poderão iniciar a flexibilização do horário de transmissão da Voz do Brasil assim que a lei for publicada no Diário Oficial da União.
Opinião: Qual o valor da educação no Brasil?
Uma pesquisa realizada pelo comunicador Anchieta Santos, na manhã desta quarta-feira (4), durante o programa Rádio Vivo da Rádio Pajeú, coloca em cheque, o valor da educação no país.
O comunicador quis saber o que era mais importante para os ouvintes: se a educação ou o futebol. A maioria esmagadora dos ouvintes que participaram apontaram a educação como sendo mais importante. Até aí tudo bem, maravilha! Mas ao perguntar às mesmas pessoas se sabiam o nome do ministro da Educação, ou do secretário (a) de educação de sua cidade, apenas um ouvinte soube responder.
Em contrapartida, o comunicador resolveu perguntar se os ouvintes sabiam o nome do técnico da Seleção Brasileira de Futebol. Resultado: todos os participantes souberam responder.
A pesquisa demonstra nitidamente que apesar de considerarem a educação como prioridade, há pouco ou nenhum interesse efetivo das pessoas com o assunto. Isso pode ser facilmente observado durante os mandatos de cargos eletivos pelo país afora. Gestores que prezam pela educação no país, e deixam de lado questões mais tangíveis como obras por exemplo, dificilmente tem boa avaliação pelos eleitores e não conseguem se reeleger.
Lembro-me do caso do agora senador da república, Cristovam Buarque quando governou Brasília de 1995 a 1998, o mesmo pautou sua candidatura na defesa da educação, quando passou a comandar o executivo brasiliense cumpriu com as promessas de campanha priorizando a educação, sendo inclusive o criador da Bolsa-Escola, que foi implantada pela primeira vez em seu governo no Distrito Federal. Resultado: teve o governo mal avaliado e não conseguiu se reeleger.
A verdade é que as pessoas só tratam a educação como prioridade da boca pra fora. Todo gestor, seja de cidades interioranas, como de grandes metrópoles e do país como um todo como é o caso do presidente da república, sabem muito bem que o que se converte em votos e boas avaliações por parte dos eleitores são obras, quanto maiores melhor. Justamente um dos principais artifícios usados por políticos corruptos para desviar dinheiro público.
Uma nação forte, rica e desenvolvida só se consegue através de uma educação de qualidade, da valorização dos professores, seres tão importantes para a formação de outros profissionais, que são constantemente maltratados. Hoje em dia é comum notícias de agressões a estes profissionais.
De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em 21 de dezembro de 2017, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 11,8 milhões de analfabetos, o que representa um contingente de 7,2% da população de 15 anos ou mais de idade, a chamada taxa de analfabetismo.
A pesquisa realizada por Anchieta Santos durante o Rádio Vivo nesta manhã, traz à tona uma preocupação que nos leva a uma reflexão: será mesmo a educação considerada como prioridade para a maioria dos brasileiros? Indicadores mostram que não.
*André Luis é jornalista, estudante de marketing, coordena o radiopajeu.com.br e é redator/editor no blog do Nill Júnior.
Marun acusa Janot de pressionar Dodge a usar PGR para tirar Temer das eleições
Para Marun, Janot tenta transformar a PGR em um ”partido político”
JC Online com Estadão Conteúdo
As prisões de amigos de Temer no âmbito da Operação Skala – que apura possível favorecimento para algumas empresas que atuam no Porto de Santos com a publicação do Decreto dos Portos – não foram bem digeridas por membros do Planalto. Neste domingo (1º), o ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun, fez duras críticas ao ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot. Em publicação no Facebook, Marun acusa o ex-PGR de transformar a instituição em ‘partido político’ e de pressionar a atual procuradora, Raquel Dodge, a denunciar o presidente para impedi-lo de concorrer nas eleições de outubro.
“Janot quer continuar seu trabalho de fazer da PGR um partido político, um instrumento para tirar o presidente da República das eleições. Isto é inadmissível no Estado de Direito”, disparou o ministro.
O texto ainda lembra a conversa que Janot teve com um dos advogados de Joesley Batista, em setembro do ano passado, num bar em Brasília. O então procurador geral da República foi flagrado atrás de grades de cerveja e usando óculos escuros. “(Janot) Deveria explicar por que mandou gravar ilegalmente o presidente, por que mentiu sobre a data do início das tratativas da delação dos Batista, por que lhes concedeu este inédito e milionário perdão eterno e por que protegeu a exaustão Marcelo Müller. E, principalmente, o que fazia escondido atrás de caixas de cerveja, disfarçado atrás de óculos escuros, confabulando com a defesa de Joesley Batista”, disparou.
Liberação dos amigos
pós a revogação das prisões temporárias dos alvos da Operação Skala, que investiga esquema criminoso na MP dos Portos, todos os amigos do presidente Temer foram liberados da sede da PF em São Paulo. Entre os detidos estavam José Yunes, ex-assessor e amigo de Temer, Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura, o coronel João Batista Lima Filho, também amigo de Temer, e Antônio Celso Greccco, dono da empresa portuária Rodrimar, que teria sido beneficiada pelo decreto.
As prisões temporárias foram expedidas na última quinta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso – ele mesmo revogou as prisões, a pedido da Procuradora Geral da República, Raques Dodgle. A justificativa é de que as detenções já haviam cumprido seu papel, que era de tomar os depoimentos e recolher possíveis provas.
As prisões foram pedidas, segundo Dodge, por conta da suspensão da possibilidade de pedir condução coercitiva. A suspensão foi determinada pelo ministro Gilmar Mendes.
“Nome no papel”
A Polícia Federal apreendeu, na sede da Rodrimar, folhas de papel com citação ao presidente Michel Temer (MDB) e à empresa Argeplan, controlada pelo coronel da PM José Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista. A Rodrimar foi alvo de buscas da Operação Skala, deflagrada nessa quinta-feira (29) por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo. O dono da empresa, Antonio Celso Grecco, foi preso.
Skala investiga supostos benefícios à empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos do inquérito.
A equipe SP-13, da PF, chefiada pelo delegado Fábio Seiji Tamura, cumpriu o mandado número 15 do ministro Barroso. Os agentes vasculharam quatro andares da sede da Rodrimar, localizada à Rua General Câmara, 129/141, Centro de Santos. Os agentes percorreram o 3º andar, o 4º, o 5º e o 8º.
Em nota, hospital de Tabira reafirma número de atendimentos
Em razão da repercussão na imprensa quanto ao propagado 80 (oitenta) atendimentos feitos pelo médico ortopedista Dr. Fernando Jucá no Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto, necessários alguns esclarecimentos para que os cidadãos tenham a notícia do que ocorre.
A Direção Geral confirma através do Boletim Diário de Produção Ambulatorial o atendimento realizado nesse sábado, dia 31 de março de 2018, na unidade hospitalar. Para assegurar ao paciente a não exposição de circunstâncias de sua vida pessoal, não é permitido a divulgação dos nomes, mas a referida produção encontra-se à disposição do Poder Legislativo, Judiciário e Ministério Público, além dos órgãos superiores integrantes da Rede de Saúde.
O Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto e o médico ortopedista Dr. Fernando Jucá estão á inteira disposição para quaisquer esclarecimentos.
Direção Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto
Desembargadora que postou fake news sobre Marielle causa polêmica desde 1986, quando foi presa

Mensagem (nada) subliminar: “Você está muito sensata. Acho bom consultar um psicopata”. Foto: reprodução Facebook
Do Congresso em Foco
Em 1986, a internet ainda engatinhava nos países com tecnologia mais desenvolvida. No Brasil ela ainda nem havia chegado, ao menos para uso comercial. Mas, caso a grande rede mundial de computadores já estivesse ativa naquele ano, a juíza Marilia Castro Neves, assunto nacional nos últimos dias, certamente teria virado meme e motivo de discussão nas redes sociais.
Flagrada espalhando mentiras no Facebook sobre a vereadora Marielle Franco – o que lhe rendeu uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) –, vereadora do Psol executada em 14 de março, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) tem causado polêmica no Rio de Janeiro há pelos menos 32 anos, quando foi presa por um capitão do 6º Batalhão de Polícia Militar.
O caso foi noticiado numa época em que o jornalismo impresso era a grande fonte de informações do país – memes, gifs (vídeos de poucos segundos) e virais ainda sequer haviam sido imaginados. Segundo matéria publicada pelo Jornal do Brasil em 27 de dezembro de 1986, com direito a chamada de capa (foto abaixo), Marilia, então promotora de Justiça, foi detida por ter estacionado seu carro irregularmente, segundo seu acusador, enquanto esteve em um salão de beleza.
Advertida pelo capitão Orlando Raffi Grieco, rejeitou a orientação do PM para acompanhá-la à 19 º DP (Tijuca), recebeu voz de prisão e foi algemada. Na delegacia, o delegado de plantão, Milton Hauat, desfez o trabalho da autoridade policial. Além de determinar a retirada imediata das algemas, determinou a prisão de Orlando “em flagrante delito”.
Em outra reportagem, publicada no dia seguinte (28 de dezembro de 1986, um domingo), o JB informou que o capitão havia sido indiciado depois de preso. Naquela semana havia nascido sua filha Gabriela, relata o jornal, e o militar se queixava da injustiça da situação, alegava que apenas cumpriu sua função. Ainda segundo Orlando, Marilia se negou tanto a retirar seu carro da vaga indevidamente ocupada quanto recusou apresentar a habilitação de motorista e a própria identidade.
“Além de ser arrogante e debochada, ela se prevaleceu de sua condição para desacatar e desrespeitar a autoridade. Ela resistiu e fui obrigado a algemá-la. Faria isso com qualquer pessoa, independente de ser promotora ou juíza. Insisti apenas para que me mostrasse a carteira de habilitação e tentei explicar que o carro dela estava estacionado em área de segurança bancária. Estava praticamente em frente ao banco”, declarou o PM, acrescentando que não sabia que Marilia era promotora. Ele disse ainda ter torcido o pé na ação.
Carteira vermelha
O policial continua o relato e admite ter feito uso da força para deter a então promotora. “Eu usei de violência, mas foi necessário. Ela jogou-se no chão, me chutou e ainda tentou me bater com um guarda-chuva. Não tive outra alternativa senão algemá-la”, arrematou Orlando, lembrando também que, durante a confusão, Marilia disse ter um “documento melhor [do que a habilitação]” e sacou a “carteira vermelha do Ministério Público”.
O jornal registrou também o posicionamento de Marilia, que estava “reclamando de dores nos braços, ainda com pequenos hematomas e marcas de algemas”. Para ela, o que houve foi uma típica ocorrência de violência contra a mulher. “Em nenhum momento me vali da autoridade de promotora de Justiça. Fiquei estarrecida com a atitude do capitão porque, no máximo, o que ele poderia fazer era multar ou rebocar o meu carro – assim mesmo se estivesse estacionado em área proibida, mas não estava. Se eu fosse homem, ele não teria o mesmo comportamento: foi uma exibição de autoridade”, defendeu-se Marilia na época.
A então promotora passa a descrever seu estado de espírito durante a prisão. “Me senti indefesa, vítima de um criminoso. E tive medo de que ele não me levasse para a delegacia. São coisas que passam na cabeça da gente como um relâmpago. Mas, durante o trajeto do salão à delegacia, fiquei completamente muda, sem dizer uma só palavra”, declarou Marilia, que antes do entrevero com Orlando discutiu com um sargento e lhe mandou baixar o tom de voz, segundo a reportagem.
Leia detalhes da matéria
Em outra reportagem, esta de 9 de janeiro de 1987, o JB informa que o policial militar foi denunciado pelo promotor Afrânio Silva Jardim, da 24ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, por abuso de autoridade e lesões corporais – segundo o relato do jornal, Marilia foi “jogada” na viatura da PM pelo capitão, que a prendeu “usando de violência”. “O promotor alega que a prisão foi ilegal e o militar constrangeu a promotora a vexame. Afrânio Jardim […] diz que ‘a brutalidade do acusado foi tamanha que a ofendida restou lesionada’”, diz trecho da reportagem do JB, que divide o texto com o intertítulo “Abuso”. Orlando Grieco só viria a ser absolvido cerca de dois anos depois do episódio.
“De acordo com a denúncia, no dia 26 [de dezembro de 1986] o acusado, ‘com evidente abuso do poder que o cargo de capitão da Polícia Militar lhe outorga, valendo-se de seu vigor físico e tomado de incontida ira, arrebatou da cadeira de sua manicure a promotora Marilia de Castro Neves Vieira, dando-lhe ilegal e inusitada voz e prisão, agarrando-a rigidamente pelo braço, torcendo-o para as costas da vítima, com o intuito de conduzi-la até a 19ª DP”, continua a reportagem, lembrando que Marilia resistiu à prisão.
Ainda segundo a matéria de 1987, o capitão arrastou “brutalmente” a então promotora pelo chão do salão de beleza, quando derrubou móveis do estabelecimento comercial. “O promotor acrescenta que Orlando Grieco, ‘não satisfeito com tais atos de selvageria praticados contra uma franzina mulher, com indisfarçável objetivo de desmoralizar e humilhar a dra. Marilia Vieira, algemou-a com os braços para trás, como se faz com bandidos perigosos’”, conclui a reportagem.
Dois lados da história
A reportagem do Congresso em Foco procurou a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) com o objetivo de ouvir o ex-capitão Orlando Grieco, mas não conseguiu contato com o policial. Também não foi possível localizá-lo por meio de redes sociais ou mecanismos virtuais de pesquisa. A corporação se limitou a dizer que Orlando está fora de atividade. “O policial Orlando Raffi Grieco está reformado, não encontra-se ativo”, disse a PM-RJ em e-mail encaminhado ao site.
A reportagem também entrou em contato com o gabinete da desembargadora no TJ-RJ, por telefone e e-mail, para que ela se posicionasse sobre as acusações que tem recebido e sua situação no CNJ, além de comentar outras questões apuradas pelo site. Depois de alguns dias sem resposta, a assessoria entrou em contato por e-mail para pedir a divisão dos assuntos em perguntas. Mais três dias se passaram sem que fossem enviadas as respostas da desembargadora.
Na era digital
O episódio reportado acima, tivesse ocorrido 32 anos depois, certamente teria rendido vídeos gravados por celular e distribuídos pelas redes sociais, tornando-se virais de internet. Aliás, é na grande rede que a desembargadora pode ter protagonizado a confusão definitiva em sua carreira, com possibilidade até de punição no CNJ, em que é alvo de representação do Psol.
É em plataformas como Facebook que Marilia revela como pensa – um pensamento de extrema direita, como ela mesma e colegas de magistratura atestam. Por ocasião da execução de Marielle Franco, a desembargadora voltou a cair na tentação – como tem feito recorrentemente nos últimos meses – de escrever ou compartilhar as chamadas fake news, notícias falsas que, no universo sem lei da internet, ganha ares de verdade e acaba enganando muita gente.
Na postagem que lhe rendeu a representação no CNJ, Marilia classifica a ex-vereadora Marielle Franco como “cadáver comum” e a acusa de engajamento com bandidos. Além disso, Marilia acusa a vereadora, que era filiada do Psol, de ter sido eleita pelo Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país, e depois ter descumprido “‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores” – uma fake news (notícia falsa) que ganhou as redes sociais após a execução da vereadora. Como reação a estas mentiras, um site foi criado para repôr a verdade e rebater cada uma delas.
Cada afirmação a seguir é comprovadamente falsa: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava. […] A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora, mas temos a certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, escreveu a desembargadora, recorrendo à gíria que conota queixa sem importância.
Paredão
Parte do histórico de impropérios virtuais de Marilia foi tornada pública neste último fim de semana, quando passou a ser conhecido o conteúdo de um grupo fechado de juízes, também no Facebook, que a desembargadora coordena. Com quase 3 mil integrantes e intitulado “Magistratura Free”, o fórum digital logo avisa aos interessados. “Se não é juiz, não peça sua inscrição, pois não será aceita. Favor não insistir. Grato”, diz a apresentação do grupo.
Depois que as fake news sobre Marielle foram postadas por Marilia, cresceu o interesse da imprensa pelo perfil da desembargadora. Afinal, não é de se esperar que um representante do Judiciário ganhe notoriedade pelas polêmicas sem relação com a magistratura. Assim, descobriu-se que, no grupo exclusivo, Marilia também expunha posicionamentos considerados homofóbicos e fazia ataques a quem lhe aprouvesse.
A desembargadora parece ter como alvos preferenciais os parlamentares do Psol. O deputado Jean Wyllys (RJ), por exemplo, recebeu o seguinte comentário de Marilia. “Eu, particularmente, sou a favor de um ‘paredão’ profilático para determinados entes… O Jean Willis [sic], por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão…”, escreveu a juíza. Seria apenas mais um caso de simpatia por violência não fosse o diálogo que se seguiu ao post.
“Concordo, nesse caso teria que ser via TSE [Tribunal Superior Eleitoral], pra evitar os Temer da vida…”, escreve um interlocutor, acrescentando conteúdo preconceituoso. “Quanto ao paredão, de costas, ele amaria.” Diante da ressonância, Marilia continuou: “Tenho dúvidas… O projétil é fininho…”, acrescentou, adicionando uma figura (emoji) em gargalhada (veja ao lado).
“Quem discrimina é criminoso”
Mas foi na referência à primeira professora do Brasil portadora de Síndrome de Down que Marilia revoltou a internet. Na postagem em questão, ela põe em dúvida a capacidade de pessoas com tal necessidade especial para ensinar alguém.
“Voltando para casa e, porque vivemos em uma democracia, no rádio a única opção é A Voz do Brasil… Well, eis que senão quando ouço que o Brasil é o primeiro em alguma coisa!!! Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de Síndrome de Down!!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social… Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem???? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”, registrou Marilia (veja imagem abaixo).
A postagem recebeu como resposta uma carta escrita à mão (veja abaixo) pela professora, Débora Araújo Seabra, 36 anos, há 13 dando aulas em um colégio particular em Natal (RN). Para Débora, que se adiantou em dizer que não quer “bater boca” com Marilia, “quem discrimina é criminoso”. “[…] Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma, ajudem a quem precisa mais. […] O que eu acho mais importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo pra acabar com o preconceito, porque é crime”, escreveu Débora em 19 de março último.
No mesmo dia a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) também divulgou uma carta de repúdio à postagem de Marilia. “A FBASD considera que a mensagem carregada de preconceito, ofende, definitivamente, os ditames impostos aos juízes por seu Código de Ética. Textos dessa natureza claramente denigrem a magistratura e, assim, devem ser rigorosamente apurados pelos órgãos competentes”, protestou a entidade.
Vergonha alheia
A postura da desembargadora tem envergonhado colegas de toga, embora seja raro que um deles venha a público reprovar a conduta dela ou ao menos comentar o assunto. Mas um deles, sob condição de anonimato, relatou ao Congresso em Foco o constrangimento e a vergonha que, internamente, Marilia tem provocado na categoria. Membro da diretoria de uma das dezenas de associações de magistrados, o juiz diz que Marilia não tem equilíbrio para a judicatura.
“No exercício da atividade e em suas expressões, principalmente nas redes sociais, ela demonstra muita exacerbação. Ela extrapola todos os limites do bom senso. É uma pessoa que não demonstra equilíbrio para o exercício da função”, declarou o magistrado, acrescentando que Marilia é alvo de queixas por seu comportamento na própria turma que compõe no TJ-RJ, e que sua postura tem causado mal-estar mesmo antes das descobertas das postagens no Facebook.
Para o juiz, o que se comenta nos bastidores da magistratura nacional é que Marilia não sofrerá sequer advertência ou censura por parte do CNJ, “que seriam penas cabíveis imediatamente”, muito menos punição mais severa no CNJ. “Mas não é essa a minha impressão. Acredito que, devido às inúmeras declarações e episódios envolvendo a desembargadora, pelo conjunto da obra, existe a possibilidade de [o CNJ] afastá-la [das funções], colocá-la em indisponibilidade por pelo menos dois anos. Vai depender muito da postura da relatoria, da linha de defesa”, ponderou.
Destacando que a desembargadora se envolve em polêmicas “desde a época de promotora”, o magistrado diz ainda que, para além da mera opinião, algumas postagens de Marilia configuram crime. No entanto, lembra a fonte, em alguns desses casos é preciso que suas “vítimas” provoquem a Justiça, formalmente, para que providências sejam tomadas na forma da lei. A postura da desembargadora, admite, causa-lhe mais do que vergonha.
“Há muito tempo eu já tenho esse sentimento, e eu lhe garanto que esse sentimento é comungado por 95% da magistratura séria, responsável, equilibrada. Ela só tem eco, ressonância em uma ínfima parcela [da categoria] e em hipótese alguma representa o pensamento médio da magistratura brasileira. Está completamente dissociada, divorciada da magistratura do século 21. Alguns colegas dizem que ela está com o prazo de validade vencido. Isso é algo muito forte para se falar, e não se deve dizer, mas é realmente uma pessoa fora de seu tempo. Não demonstra ter, além de equilíbrio, imparcialidade, capacidade, ponderação para exercer a tão importante função de julgar o semelhante”, conclui.
Além do magistrado, outras fontes relataram ao Congresso em Foco episódios da vida de Marilia mais adequados à imprensa sensacionalista. Em cada narrativa, o testemunho de que a desembargadora agiu de maneira incompatível com o exercício da magistratura.
Manual “de esquerda”
Ao polemizar nas redes sociais, a desembargadora poderia ter pensando que, em um momento de acirramento de ânimos do país e às vésperas das eleições presidenciais, seus escritos poderiam se voltar contra si. Para evitar as consequências que agora enfrenta, bastava que Marilia desse atenção para o Manual da AMB para os magistrados – O uso das redes sociais, elaborado em 2016 pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade com mais de 14 mil juízes filiados em todo o Brasil.
No trecho sobre “dicas de uso”, a entidade pede que os membros da magistratura evitem “manifestar-se sobre questões de natureza político-partidária nas redes sociais”. “Essas plataformas, hoje, são verdadeiras praças públicas e esse tipo de manifestação sendo feita por magistrado pode ser utilizada contra ele, futuramente. Por isso, não é recomendável. A dica vale não apenas para os juízes com atuação eleitoral, mas para todos os magistrados”, aconselha a entidade.
Mas Marilia resolveu ignorar o conteúdo do documento. Ela se opôs à publicação do manual e, na época, dizia que o juiz gaúcho João Ricardo dos Santos Costa, que presidiu a AMB entre 2013 e 2016 e capitaneou a produção do material, era “de esquerda”.
Marilia está contente com a nova gestão da AMB, pois é aliada do novo presidente, o juiz paulistano Jayme Martins de Oliveira Neto, identificado como um magistrado com perfil político-ideológico “de direita”, alinhado ao seu pensamento. Marília foi cabo eleitoral de Jayme e, durante a campanha da chapa vencedora para o comando da AMB, reforçou as críticas ao manual de uso das redes sociais. A entidade até agora não se manifestou sobre as publicações de Marilia e o fato de ela divulgar mentiras pela internet.
Silêncio
Acusada de corporativismo, a classe dos magistrados tem evitado se posicionar a respeito da conduta da procuradora. A exceção foi a Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (Amepe), que emitiu nota oficial para repudiar veementemente o comportamento da desembargadora (veja a íntegra abaixo).
“Manifestações isoladas e discriminatórias de quem quer que seja sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco ou sobre o trabalho da primeira professora com síndrome de Down do País, Débora Seabra, não representam a magistratura e não podem macular a imagem dos integrantes do Poder Judiciário”, criticou a Amepe.
Máfia dos ingressos
Marilia indicada para o TJ-RJ em 2006, por meio do chamado “quinto constitucional”, reserva que garante a membros do Ministério Público e advogados parcela das vagas em tribunais de Justiça. A responsável por sua nomeação como desembargadora foi a então governadora do Rio Rosinha Garotinho (PR), que chegou a ser presa com seu marido, Anthony Garotinho, em novembro de 2017. Ambos são investigados por associação em organização criminosa.
Foi em 2014 que a desembargadora tomou uma de suas decisões mais polêmicas. Em setembro daquele ano, deu ordem para tirar da prisão o inglês Raymond Whelan, diretor da empresa Match e apontado como o chefe da chamada “máfia dos ingressos” na Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil.
Na ocasião, Marilia argumentou que Raymond não oferecia riscos às investigações, uma vez que documentos e outros objetos pessoais estavam em poder da polícia, “não havendo necessidade da manutenção da medida restritiva”. Em liberdade, o inglês voltou a ter prisão preventiva decretada, mas deixou o Copacabana Palace, hotel badalado do Rio, antes da chegada da polícia.
A indicação para o posto de desembargadora foi patrocinada à época por seu ex-marido, o ex-procurador-geral do Rio de Janeiro Marfan Martins Vieira. Marfan chefiou o Ministério Público do estado durante o governo Sérgio Cabral (MDB), preso e condenado processos cujas penas, somadas, ultrapassam cem anos de prisão. Sempre que pode, o ex-procurador-geral se queixa de “cerceamento de investigação”, por parte da Justiça, para explicar por que não conseguiu denunciar esquema de mais de R$ 220 milhões em propina atribuídos a Cabral pela Operação Lava Jato. No governo de Rosinha Garotinho, Marfan chefiou o MP-RJ por dois mandatos (2005-2008), e usou sua influência para garantir a nomeação da ex-esposa.
Membro da 20ª Câmara Cível do TJ-RJ, Marilia teve direito a auxílio-alimentação de R$ 1.825 mil, a auxílio-moradia de R$ 4.377 mil e a “abono de permanência” de R$ 4.265 mil, de acordo com dados atualizados do CNJ para fevereiro de 2018. A soma dos benefícios, adicionada à remuneração líquida de R$ 38.531,87 mil percebida no mês passado, rendeu-lhe mais de R$ 56 mil, o que supera em muito o teto constitucional de R$ 33,7 mil.
Leia a nota da Amepe:
NOTA PÚBLICA
A Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE) vem a público repudiar veementemente opiniões de teor preconceituoso não condizentes com o pensamento dos magistrados pernambucanos, comprometidos em garantir o bem estar social e os direitos dos cidadãos. Manifestações isoladas e discriminatórias de quem quer que seja sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco ou sobre o trabalho da primeira professora com síndrome de Down do País, Débora Seabra, não representam a magistratura e não podem macular a imagem dos integrantes do Poder Judiciário, sobretudo porque o direito à livre opinião nunca poderá se sobrepor à verdade dos fatos ainda em apuração e ao respeito pela dignidade da pessoa humana.
Recife, 20 de março de 2018
Diretoria da AMEPE
PGR pede suspensão de liminar que permite que Demóstenes concorra nas eleições

Ex-senador Demóstenes Torres (Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil
Da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da liminar que suspendeu a inelegibilidade do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado em 2012. A procuradora-geral, Raquel Dodge, sustenta que a reclamação do político contra ato do presidente do Senado Federal não poderia ter sido acatada pelo STF por não ser o instrumento cabível.
Na manifestação, Raquel Dodge explica que a PGR ainda não foi intimada da liminar, mas diz que é necessário agir imediatamente, “em nome da segurança jurídica que exige o pleito eleitoral de 2018 e em defesa da ordem jurídica”.
O pedido foi feito em recurso enviado ontem (31) ao ministro Dias Tofolli. Na terça-feira (27), Toffoli concedeu uma liminar (decisão provisória) em que permite ao ex-senador Demóstenes Torres concorrer ao Senado nas eleições deste ano.
Histórico
Demóstenes foi cassado em outubro de 2012 pelo plenário do Senado, sob a acusação de ter se colocado a serviço da organização criminosa supostamente comandada pelo empresário Carlos Cachoeira, conforme apontavam as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Com base na decisão do Senado Federal, ele está inelegível até 2027.
Em abril do ano passado, entretanto, a Segunda Turma do STF, da qual Toffoli faz parte, concedeu um habeas corpus a Demóstenes e anulou escutas telefônicas que foram utilizadas para embasar o processo de cassação do parlamentar. Na ocasião, foi determinada também a reintegração do ex-senador ao Ministério Público de Goiás, no qual ingressou em 1987.
Com a decisão do habeas corpus, o ex-senador pediu neste ano que fosse restituído seu mandato, bem como que fosse afastada sua inelegibilidade. O relator, Dias Toffoli, não considerou plausível a volta dele ao cargo, mas diante da proximidade das eleições, deferiu o pedido para que ele concorra no pleito, antes que o mérito da questão seja julgado pela Segunda Turma.
Argumentos
Para Raquel Dodge, a pretensão de Demóstenes não poderia ser apresentada em forma de reclamação, uma vez que não há descumprimento por parte do Senado de nenhuma decisão do STF. A via correta seria um mandado de segurança, cuja apreciação caberia ao plenário da Corte e não à turma.
Outro aspecto questionado no recurso foi o fato de o ministro Dias Tofolli ter sido o escolhido para apreciar o pedido. “A pretensão do reclamante é apenas fruto de sua vontade sem qualquer amparo legal. O fundamento legal para não admitir esta prevenção é o mesmo que definiu o não cabimento da reclamação: a decisão judicial posterior ao ato reclamado não gera prevenção”, diz.
A procuradora-geral acrescenta que a decisão do Senado Federal pela cassação do então parlamentar tem caráter político e que a suspensão dessa medida, pela via judicial, afronta a separação dos poderes e a Lei Complementar nº 64/90, que estabeleceu hipóteses de inelegibilidade.
Serra: revelado prazo de reforma da Sérgio Magalhães e novo local da Festa de Setembro
Com a garantia de que a reforma da praça Sérgio Magalhães, no coração de Serra Talhada, vai iniciar já em maio desse ano, o prefeito Luciano Duque revelou que o polo cultural da Festa de Setembro 2018 deverá ser deslocado para outro lugar.
O anúncio veio a público, em primeira mão, nesse sábado (31), durante o programa Farol de Notícias, na rádio Vilabela FM.
De acordo com o gestor, o novo local do tradicional polo do Centro da cidade poderá funcionar próximo onde era o antigo Fórum.
“Possivelmente a festa vai migrar para ficar ali próximo do antigo fórum, a gente vai montar toda a infraestrutura lá e ficar pertinho, logo ao lado da Igreja”, revelou Duque, justificando que é por uma boa causa:
“Na Festa de Setembro 2018 a praça Sérgio Magalhães vai estar interditada. A ordem de serviço das praças Sérgio Magalhães e Barão do Pajeú vai ser dada já em maio. Mas por enquanto, a pedido da Igreja (Católica) e da comissão de festas (da prefeitura), a gente vai iniciar a obra de reforma Sérgio Magalhães, e quando concluir a gente vai fazer a Barão do Pajeú”.
Flávio Rocha agendará nova visita ao Recife, agora como candidato a presidente
Já filiado ao PRB para disputar a Presidência da República, o empresário Flávio Rocha (dono das Lojas Riachuelo) está agendando uma nova visita a Pernambuco para apresentar aos empresários locais as suas propostas de governo.
Aqui ele será recepcionado pelo deputado Sílvio Costa Filho, que é o presidente do partido em Pernambuco.
Flávio Rocha está viajando pelo país com o Movimento “Brasil 200”, defendendo uma política liberal na economia e uma política conservadora nos costumes.
Ele já foi deputado federal por dois mandatos pelo Rio Grande do Norte (1986 e 1990) e é o autor do projeto (que jamais será votado no Congresso) instituindo o imposto único.
Movimento Oncologia Já planeja passos até credenciamento
Informativo
O Movimento Oncologia Já vem através deste agradecer pelo brilhante apoio popular no Fórum de Debates ocorrido na última segunda feira, na Câmara dos Vereadores, o povo provou mais uma vez que juntos somos mais fortes!!!
Aproveitamos para informar que a luta continua e para seguirmos até o nosso objetivo temos alguns passos a serem dados, um deles é a Audiência Pública na ALEPE (Assembleia Legislativa de Pernambuco) em Recife e se necessário iremos até Brasília, nosso limite é o céu!!!
Porém, temos que cumprir algumas pendências locais, já fizemos os devidos requerimentos a Secretaria Municipal de Saúde e a Clínica São Francisco, estamos aguardando os documentos solicitamos através de ofícios, documentos estes imprescindíveis para o prosseguimento da nossa caminhada.
Portanto, com essas solicitações acima cumpridas, documentação em mãos. Convocaremos todos para seguirmos JUNTOS até o efetivo credenciamento da Clínica de Oncologia em Serra Talhada.
Atenciosamente,
Movimento Oncologia Já
Conheça as contradições entre o que diz Michel Temer e o dono da Rodrimar
Depoimento é parte da operação Skala
Temer é suspeito de beneficiar empresa
Do Poder 360
O depoimento do dono da Rodrimar, Antônio Celso Grecco (íntegra), contradiz o que o presidente Michel Temer disse em resposta a perguntas da Polícia Federal. Grecco foi 1 dos investigados presos na operação Skala, deflagrada pela Polícia Federal na última 5ª feira (29.mar.2018).
Ao contrário do que afirmou Temer em resposta a questionamentos da Polícia Federal, o empresário disse que conversou com o presidente sobre demandas da sua empresa no setor portuário.
A operação Skala investiga as suspeitas de que Temer tenha recebido vantagens indevidas em troca de favorecer empresas do setor portuário.
O Poder360 aponta pelo menos 3 pontos do depoimento do dono da Rodrimar que vão contra a versão defendida por Temer.
Conversa sobre concessões
Versão de Temer
“Estive com ele [Antônio Celso Grecco], rapidamente, em duas ou 3 oportunidades, sendo que jamais tratei de concessões para o setor portuário.”
Depoimento de Grecco
“O declarante [Antônio Grecco] esteve uma vez em Brasília, acompanhado por pessoas da Eldorado, e tratou diretamente com a vice-presidência [ocupada por Temer, à época], sendo que o declarante foi apresentar o projeto de adensamento para a construção de terminal de celulose.”
Processo de adensamento
Versão de Temer
“Encontrei-me com o Sr. Antônio Celso Grecco em uma festa de aniversário de um amigo comum. Nenhum pedido me foi formulado por ele, nem nesta e nem em ocasião nenhuma”.
Depoimento de Grecco
“O declarante tinha como projeto realizar o processo de adensamento com a área vendida para a JBS, junto a órgãos públicos, mas jamais disse para Joesley ou Saud que iria conseguir isso com o presidente Temer, que a resposta do presidente foi simplesmente ‘vou ver o que posso fazer’, mas até a presente data nada foi feito em relação ao adensamento.”
Rodrimar e o Decreto dos Portos
Versão de Temer
“As empresas do Grupo Rodrimar não foram beneficiadas com a edição do decreto nº 9.048/2017, conforme demonstram os documentos do Ministério dos Transportes constantes dos autos de investigação e complementados pelo que está sendo oferecido em anexo.”
Depoimento de Grecco
“Em relação à questão se as empresas do Grupo Rodrimar foram beneficiadas, direta ou indiretamente, pelo referido decreto, [Grecco] esclarece que já explicou sobre este questionamento que no entendimento da empresa os 2 contratos não se adequam e o contrato menor se adequa, mas o governo diz que não, conforme a imprensa.”
Brasília terá série de protestos em semana decisiva para Lula

Manifestantes contra Lula também realizaram ato em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 22. Foto: Kleyton Amorim 22.mar.2018/UOL
UOL
Na semana que pode ser decisiva para o futuro jurídico e político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Brasília recebe uma série de manifestações: contra e a favor do petista, e até um protesto de ruralistas, sem vínculo com o caso.
Na próxima quarta-feira (4), o STF (Supremo Tribunal Federal) julga o recurso de Lula para que ele possa recorrer em liberdade e não seja preso pela condenação em segunda instância na Operação Lava Jato, no processo do tríplex no Guarujá (SP).
Se for derrotado, Lula poderá ser preso e verá reduzidas as chances de conseguir manter a candidatura à Presidência da República. Se obtiver sucesso, o ex-presidente poderá seguir recorrendo da condenação, o que levará a conclusão do processo para as últimas instâncias do Judiciário.
Livre, Lula também terá maior facilidade para se engajar na campanha eleitoral. Mas, para conseguir ser candidato, precisará travar uma nova batalha jurídica, dessa vez na Justiça Eleitoral, contra seu enquadramento na Lei da Ficha Limpa.
Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente cumpre os requisitos para ser considerado um candidato ficha suja e ficar proibido de disputar eleições.
Juízes e promotores
Na segunda-feira (2), juízes e membros do Ministério Público de todo o país devem entregar aos ministros do STF um abaixo-assinado com argumentos a favor da manutenção pelo Supremo da prisão após condenação em segunda instância.
Uma mudança nesse entendimento no julgamento da quarta-feira iria beneficiar o ex-presidente Lula.
No documento, é afirmado que a regra não se aplica apenas ao caso do ex-presidente, e que uma mudança na decisão do STF implicaria na “liberação de inúmeros condenados, seja por crimes de corrupção, seja por delitos violentos, tais como estupro, roubo, homicídio etc.”, afirma o abaixo-assinado.
Vem Pra Rua e MBL
Os protestes dos grupos Vem Pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre) estão previstos para a terça-feira (3), véspera do julgamento no STF. Os atos foram divulgados nas redes sociais com a frase de convocação “ou você vai, ou ele volta”.
Além de Brasília, há manifestações convocadas para diversas cidades e capitais do país. Em São Paulo, as manifestações ocorrerão na região da avenida Paulista. Na capital federal, O Vem Pra Rua se concentrará em frente ao Congresso Nacional, e o MBL, próximo ao STF. Grupos já haviam protestado no último dia 22, quando o STF adiou a decisão sobre Lula.
O Vem Pra Rua defende que o STF mantenha o entendimento sobre cumprimento da pena após condenação em segunda instância e diz que revisar a decisão da corte sobre o tema poderia prejudicar o combate à corrupção.
“O povo brasileiro quer o fim da impunidade e a manutenção das prisões após condenação em segunda instância, uma das ferramentas encontradas pela Operação Lava Jato para combater a impunidade dos saques de R$ 6 bilhões feitos por corruptos nos caixas da Petrobras, uma empresa que pertence ao Brasil”, afirmou o Vem Pra Rua, em resposta por e-mail sobre os motivos da manifestação.
PT e movimentos de esquerda
O PT e grupos que apoiam Lula devem realizar atos na quarta-feira (4) do julgamento, na praça dos Três Poderes, onde está situado o STF. Foi convocada uma “vigília” em frente ao tribunal.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal se prepara para receber cerca de 10 mil pessoas na manifestação a favor do ex-presidente, segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”.
O UOL procurou a secretaria na sexta-feira (29), mas não obteve retorno.
Na manifestação contra o ex-presidente, na véspera, são esperadas 15 mil pessoas.
Ato ruralista
Sem ter relação com o julgamento de Lula pelo STF, entidades de produtores rurais também esperam colocar cerca de 10 mil pessoas na Esplanada dos Ministério na quarta-feira (4).
O ato, previsto para o gramado acima do Congresso Nacional, será contra a decisão do STF do ano passado que permitiu o cálculo da cobrança de um imposto previdenciário sobre a receita do produtor. A categoria reclama do pagamento retroativo das dívidas relativas ao que não foi recolhido ao Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural).
O presidente da Andaterra (Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra), Sérgio Pitt, afirma que o protesto já estava marcado antes de ser conhecida a data do julgamento de Lula pelo STF.
“Nossa turma é o povo que vem pra fazer reivindicação, mas são pessoas da paz, da família”, diz Pitt.
Os produtores devem sair em passeata às 13h, em direção ao Congresso Nacional.
A sessão do STF que vai julgar o recurso da defesa de Lula está prevista para as 14h.
Temer dará posse a ministros da Saúde e dos Transportes na próxima segunda
Ambos serão empossados na cerimônia marcada para as 10h30, no Palácio do Planalto. As informações foram divulgadas neste sábado (31) pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Agência Brasil
Como parte da reforma ministerial, o presidente Michel Temer definiu que Gilberto Occhi, atual presidente da Caixa Econômica Federal, vai assumir o comando do Ministério da Saúde. A posse ocorrerá na manhã de segunda-feira (2). Valter Casimiro Silveira foi confirmado como novo titular do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, e o atual vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, passará a comandar o banco.
Ambos serão empossados na cerimônia marcada para as 10h30, no Palácio do Planalto. As informações foram divulgadas neste sábado (31) pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Atualmente, Casimiro é diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Vários ministros do governo Temer anunciaram que vão deixar o comando das pastas na próxima semana para se candidatar nas eleições de outubro. Entre eles o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.
Eleições
Todos os ministros que quiserem disputar as eleições deste ano têm até o dia 7 de abril para deixarem seus cargos, na chamada desincompatibilização.
Ainda devem deixar o governo o ministro do Turismo, Marx Beltrão, e da Educação, Mendonça Filho. Também exista a expectativa sobre a saída do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; da Integração Nacional, Helder Barbalho; e do Esporte, Leonardo Picciani.
Joaquim Barbosa irá se filiar ao PSB e pode concorrer à presidência
IG/Último Segundo
Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, enfim decidiu: ele irá se filiar ao PSB e tentará convencer o partido a apoiá-lo na disputa pela presidência da República nas eleições deste ano.
Barbosa e dirigentes da legenda estavam em contato há meses, mas havia resistência tanto por parte do ex-ministro em se filiar quanto de quadros internos do PSB que não queriam apostar em uma candidatura própria.
Todos os que querem concorrer nas eleições de outubro precisam, até o dia 7 de abril, estar filiados a algum partido político. É provavelmente nesta data que Barbosa, que adiou sua decisão para o momento final, deve oficializar sua entrada no PSB.
De acordo com o jornal O Globo, a legenda já considera internamente que o ex-juiz do STF será o nome do PSB para disputar o Planalto.
PSB desembarca
Apoiador do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e tendo votado junto do governo Temer em alguns momentos cruciais, como na PEC do teto dos gastos e na reforma trabalhista, o partido resolveu se distanciar das legendas de direita e centro e voltar às suas origens esquerdistas tendo em vista as eleições de outubro.
Em sua convenção nacional realizada no início do mês, o diretório do PSB deu o passo final em sua estratégia de se descolar do governo.
Sem apontar nomes, o partido deixou em aberto três possibilidades: ou terá candidato próprio à presidência; ou, no caso de não atrair um nome de peso, não apoiará ninguém; ou, ainda, poderá se aliar a algum candidato que seja contrário às privatizações e às reformas liberais de Temer.
Trocando em miúdos, isso significa que a pretensão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de contar com o apoio – e o palanque, os minutos de TV e a estrutura partidária – do PSB será frustrada.
Antes da decisão de Joaquim Barbosa de se filiar ao partido, comentava-se que o PSB poderia apoiar Lula nas eleições. Tendo em conta que o ex-presidente petista provavelmente será impedido de concorrer pela justiça eleitoral, o partido abriu a possibilidade de apoiar Ciro Gomes (PDT) no pleito.
Com a filiação de Barbosa, contudo, o mais provável é que o PSB parta mesmo para uma candidatura própria.
Professores do Colégio Militar do Recife também reivindicam repasse de verbas do Fundeb
A cobrança pública ocorre logo depois que o governo do Estado fechou um acordo com o restante dos professores da rede pública, com acatamento de pedidos de aumento de salários. Veja os termos abaixo.
Por Ênio Guimarães
Presidente APM-CPMPE
Em 2006, ano em que constitucionalmente foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, um estabelecimento de ensino público foi o primeiro lugar no Estado de Pernambuco na Prova Brasil.
Em 2008, foi reconhecido como um dos 50 estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino em Pernambuco que somaram 50 pontos ou mais em cima da média nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Em 2009, ficou entre as 10 melhores instituições públicas de Pernambuco.
Em 2017, estudantes foram condecorados com 19 medalhas (seja de bronze, de prata ou de ouro) em Olimpíadas Pernambucanas de Matemática e de Física (OPEMAT e OPEF) e Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e, nesta última, com acréscimo de 22 menções honrosas a estudantes de Recife e de Petrolina.
Ainda em 2017, ficou em 1º lugar no Sistema de avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE), no conjunto das escolas públicas do Recife.
Neste ano de 2018, mais sucesso em aprovação em Vestibulares, com ingresso de “feras” em instituições de ensino superior públicas e privadas do País, inclusive no curso de maior concorrência nacional? Medicina.
Parabéns ao Colégio da Polícia Militar de Pernambuco, que tem unidades de ensino em Recife e Petrolina. Uma instituição que pertence ao Sistema Público Estadual e que possui profissionais do magistério reconhecidos com solenes votos de aplausos, concedidos pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, por ocasião da iniciativa recente e pioneira de criar a primeira Associação dos Profissionais do Magistério do Colégio da Polícia Militar de Pernambuco – APM-CPMPE.
Não obstante trajetória tão exitosa, profissionais do magistério público do CPM-PE só receberam repasses do Fundeb, pela primeira vez, em outubro de 2017.
Inexplicavelmente, neste ano de 2018, os profissionais referidos não estão incluídos no recebimento do repasse de verbas do Fundo.
Por quê? Essa é uma resposta a ser dada pelo Governo do Estado.
De preferência, com o envio urgente de Emenda à Lei que já contempla demais integrantes de categorias congêneres no Estado de Pernambuco, garantindo, conforme prevê legislação pertinente, que o percentual mínimo de 6,81% do Fundeb, repassado pelo Governo Federal ao Governo de Pernambuco, também chegue aos contracheques dos profissionais do magistério público do CPM-PE.
Luciana Santos defende que PT de Pernambuco apoie Paulo Câmara, já no primeiro turno
A presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos, defendeu, em Bezerros, agreste do Estado, a unificação dos partidos de esquerda em defesa da reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).
A comunista disse acreditar numa identidade mais programática, objetivando um núcleo político mais forte para poder derrotar o “palanque de Temer” em referência ao grupo de oposição liderado pelos partidos PSDB, DEM e PTB.
Luciana citou que o principal líder da antiga União por Pernambuco, o ex-governador Jarbas Vasconcelos, apoiava a reeleição do governador.
“Seja Armando Monteiro Neto ou Fernando Bezerra Coelho será uma disputa muito dura, muito acirrada”, analisa.
“Tal conjuntura não permitiria a fragmentação do campo político em defesa da postulação da pré-candidatura de Marília Arraes do PT”.
Luciana disse que as lideranças mais experientes do PT, como João Paulo e Humberto Costa, já defendem a aliança no 1° turno e que essa aliança ganhou força após as recíprocas visitas da família Campos ao ex-presidente Lula. “Interesses nacionais, como a aliança em Minas Gerais, onde o PT quer o apoio do PSB com reciprocidade em Pernambuco, também fazem parte dessa estratégia”.
Luciana disse que sua candidatura ao Senado na chapa de Paulo Câmara está na mesa e que sua visita à cidade deve-se a articulação para o lançamento de um nome local a deputado estadual ainda a ser definido no diretório. Estão na mesa de apostas os nomes do ex-vice- prefeito Carlinhos e do presidente do PC do B municipal, João Carlos, além de outro nomes.
A entrevista foi concedida à TV Imprensa de Bezerros (que reúne blogs da cidade) tendo como mediadores Erickson Claudino e Flávio Melo.
Prefeitura de Tabira diz que profissional de saúde atendeu 80 em único plantão. Há controvérsias
Em Tabira, a polêmica da vez vem de um post sobre o atendimento de um ortopedista no plantão desse sábado no Hospital Dr. Luiz José da Silva Neto.
Segundo nota, foram 80 pacientes atendidos neste sábado.
Adversários e observadores de plantão fizeram as contas: um plantão de 24 horas possui exatos 1440 minutos. Divididos por 80 pacientes, veremos que cada paciente teve 18 minutos de atendimento. Como estamos falando de ambulatório, a conta indica que, com certeza, cada atendimento durou metade ou menos que a metade disso.
Isso levando em consideração que profissional não parou para ir ao banheiro, tomar café da manhã, almoçar, jantar ou tirar sequer um cochilo.
Como a nota foi publicada no próprio sábado, presume-se que o plantão foi de 12 horas. Aí seriam no máximo 9 minutos por paciente, que podem ter sido 5, se ele almoça, toma café, vai ao banheiro…
Em resumo: ou tem conta errada, ou vale um “tá cá mulesta”…
Ministro Dias Toffoli concede prisão domiciliar a Paulo Maluf

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) ao sair do IML, em Brasília; imagem é de dezembro de 2017. Foto: Adriano Machado/Reuters
Do Blog da Andréia Sadi
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quarta-feira (28) prisão domiciliar ao deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP).
Maluf está preso desde dezembro no Complexo Penitenciário da Papuda e, nesta quarta (28), foi internado em um hospital em Brasília.
A defesa do parlamentar alega saúde frágil e apresentou um pedido de liberdade ou prisão domiciliar ao STF.
Ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf foi condenado pelo STF em maio do ano passado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro.
Em dezembro, o ministro Edson Fachin determinou o cumprimento da pena, levando Maluf à prisão.
Após a decisão de Toffoli, os advogados de Maluf Ricardo Tosto e Jorge Nemr divulgaram nota na qual avaliaram que o ministro “mostrou a sensibilidade dos magistrados humanistas”, ressaltando que o estado de saúde do deputado “é grave, inclusive sem garantia de que tenha de volta as condições necessárias para se locomover como antes”.
Decisão de Toffoli
No despacho, o ministro destacou que documentos apresentados pela defesa de Maluf demonstram que o deputado, que hoje tem 86 anos, “passa por graves problemas relacionados à sua saúde no cárcere, em face de inúmeras e graves patologias que o afligem”.
“Aliás, a notícia divulgada na manhã desta quarta-feira, em respeitados veículos de comunicação da imprensa brasileira, de que ele foi internado as pressas em hospital no fim da noite passada, por complicações no seu estado de saúde, corroboram os argumentos trazidos à colação pela defesa, bem como reforçam, pelo menos neste juízo de cognição sumária, a demonstração satisfatória, considerando os documentos que instruem este feito, da situação extraordinária autorizadora da sua prisão domiciliar humanitária”, escreveu o ministro.































