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Coluna do Domingão

Publicado em Notícias por em 3 de novembro de 2024

O lado B do debate sobre a atitude da professora em Tabira

A notícia de maior repercussãio do blog, indiscutivelmente, foi a da professora Joseane Barbosa, flagrada colocando uma criança de forma brusca na banca escolar em um vídeo feito pela mãe da menor.  “Já tem um tempo que minha filha vem demonstrando pavor da escola e relatando que a Diretora tranca ela no quartinho”, relatou.

A mãe deixou a filha na escola e fingiu que estava indo embora, quando flagrou a forma brusca como a profissional coloca a criança na carteira escolar. Confrontada e mesmo informada da gravação, a diretora ainda nega a agressão. O mais grave, a criança é portadora de Transtorno do Espectro Autista, TEA. O caso é apurado por Ministério Público e Conselho Tutelar de Tabira. A professora foi temporariamente afastada.

Só na conta do blog no Instagram, foram mais de 180 mil reproduções, com quase mil horas de visualização e mais de 1.200 comentários, a maioria, obviamente, condenando a professora. Isso sem contar dezenas de outros blog, redes sociais e portais que reproduziram a matéria.E não havia outra reação para o caso. O vídeo em si mostra um erro crasso de conduta, apurável e condenável. É fato.

Entretanto, cabe o registro, não foram poucos os professores que, também condenando a atitude, chamaram a atenção para as condições de trabalho a que são submetidos profissionas da educação. Registre-se, o reconhecimento econômico melhorou muito depois da implantação do piso nacional do magistério, e entra no bojo da valorização a uma carreira que não era devidamente respeitada e ainda carece de mais apoio. Mas, como anda o acompanhamento e suporte aos profissionais da educação?

Pelo que o blog apurou, a professora está reclusa e se sentindo mal com o episódio. E recebendo apoio de outros profissionais, diante da demonização social de sua atitude. “Quem vive numa sala de aula conhece bem essa situação. Que escola tem hoje uma psicóloga, uma psicopedagoga, uma assistente social, que está na lei? O professor hoje é advogado, psicólogo, babá, é tudo”, diz uma gestora escolar com reservas ao blog.

“Essa situação levantou a bandeira de que nós professores, necessitamos de apoio e tratamento, também”, complementa. A professora alvo dos questionamentos tem dois vínculos, um com mais de 30 anos. É tida como alfabetizadora de mão cheia. Mas o erro, inquestionável, gera juízo sobre toda sua história.

Professores de fato precisam ter suporte psicológico. A saúde mental dos profissionais não pode continuar sendo um assunto ignorado. Mesmo que haja melhoria nos indicativos salariais, muitos acumulam vínculos e ainda assim, tem dificuldade para buscar apoio psicológico, terapêutico ou psiquiátrico. E falta muitas vezes esse espaço de diálogo, de conversa, de acompanhamento nas escolas tanto para o profissional quanto para a comunidade escolar como um todo.

O jornalismo contemporâneo, na busca do engajamento, dos cliques e curtidas tem também seu nível de contribuição em um episódio como esse. É fato e não há problema na reflexão do mea culpa. Por outro lado, um fato dessa natureza seria notícia em qualquer lugar do mundo.

De toda forma, virando o disco, a exposição também tem puxado esse debate sobre a condição mental e adoecimento dos profissionais. Gestores querem o atingir de metas para aparecer na foto no Palácio comemorando os índices, mas o que estão fazendo para garantir boas condições físicas, trabalhistas, multiprofissionais e, principalmente, mentais para os profissionais?

Fechando a questão, temos uma difícil tarefa pela frente, humanamente complexa, de dissociar o ato flagrado no meio da semana, sem defesa sob todos os aspectos, da condição humana da profissional, que também precisa de um olhar sensível. Quando como sociedade a gente avançar nesse debate, cenas lamentáveis como as que vimos correndo o estado, poderão não mais se repetirem. O ambiente escolar precisa e deve ser plenamente acolhedor e saudável, para alunos, mas também para os seus profissionais. É essa harmonia que constrói uma educação de qualidade, pra valer.

Em tempo

O blog tentou ouvir a professora, mas interlocutores informaram que, como o caso corre em segredo de justiça e, dado seu abalo emocional com a situação, ela ainda não teria disposição em se manifestar.

“Sem vez pra traidor”

O Secretário Paulo Jucá, de São José do Egito, teve um encontro com correligionários e deu o seu recado sobre o resultado do último pleito, quando apoiou George Borja. “Aqui é só força e união! A turma é fiel, leal e cada vez maior. Traidor não tem vez por aqui! Juntos seguimos firmes pelo que acreditamos”, cutucou.

Destinatário

O recado deve ter sido endereçado para nomes como Augusto Valadares, Hugo Rabelo,  Ana Maria, João de Maria, Rômulo Júnior, Júnior Siqueira, Vicente de Vevei, dentre outros.

Bastidores pegam fogo

Enquanto isso, os bastidores da eleição da Mesa Diretora da Câmara na cidade estão bastante movimentados. A última notícia tem relação com o interesse de Albérico  Tiago (Podemos), primo de Fredson Brito, de se cacifar para a presidência da Câmara. O problema é que alguns tem invocado a fala de Fredson sobre a participação da família direta ou indiretamente na gestão. Para alguns, se Fredson trabalhar a eleição do primo, já quebraria a palavra. Quem defende Albérico diz que o legislativo é independente e não haveria problema.  Se unido, grupo tem grandes chances porque conta com pelo menos dois votos de eleitos na base de George Borja.

“Diálogo”, prega Zé Marcos

O vice-prefeito eleito de São José do Egito, Zé Marcos, também do Podemos, ante os comentários de insatisfação de correligionários pela movimentação prega harmonia e participação entre os poderes Executivo e Legislativo. “Para alcançar a harmonia, é fundamental o diálogo e a consistência; essa é uma lição que absorvi ao longo da minha trajetória. O período de imposição e autoritarismo ficou para trás; agora é hora de convergir, por meio da colaboração, preservar a união.” disse. Fredson volta de viagem ao exterior para descascar o abacaxi.

Silêncio sepulcral

O prefeito Sandrinho Palmeira ainda não deu sinais públicos sobre a formatação de seu governo 2.0. Nos bastidores, também há poucas informações e muitas especulações sobre que nomes irão figurar no primeiro e segundo escalões na nova gestão. Nas entrevistas de pré-campanha e nos embates do processo, Sandrinho reconhecia a necessidade de oxigenar alguns quadros, buscou deixar claro que a caneta é dele, mas também que o povo não aprovou apenas o seu nome, mas ao conjunto do governo.

Festa dos Eleitos

Romero Morais foi sabido ao articular a Festa dos Eleitos, dia 16 de dezembro próximo. Convidou o jornalista Magno Martins para participar do evento. Com isso, é grande o número de nomes da região interessados em participar do encontro, que ainda terá este blogueiro e a jornalista Juliana Lima. Será na casa de eventos Kabbana Recepções. Haverá participação de prefeitos e vereadores eleitos na região, lideranças políticas do Sertão de Pernambuco e Paraíba. Deputados que atuam na região também estarão presentes.

Única chance

A fala de Carlos Evandro colocando Márcio Oliveira como prefeiturável em 2028, merece um “tem muito pirão pela frente”. Claro, Márcio é um nome inatacável, mas suas virtudes, a fidelidade e mansidão políticas plenas, pra política às vezes se manifestam como defeitos. Um exemplo, Márcio poderia ser o nome de Luciano Duque em 2020, mas não conseguiu aglutinar nem somar, sendo obrigado a ocupar a vice da atual prefeita Márcia Conrado. Agora, sem mandato, pra conquistar terreno, precisa ganhar da gestora uma secretaria com protagonismo para ganhar terreno. E agregar agressividade política à sua condução. Caso contrário, não decola.

O prefeito

Depois de Zeca Cavalcanti e Weverton Siqueira, o Siqueirinha, colocarem preocupação com a herança administrativa que deverão receber em Arcoverde, quinta-feira o convidado do LW Cast é o prefeito Wellington Maciel. O gestor fala se o bicho desenhado é tão feio assim ou se, para ele, é estratégia de quem está chegando. Também avalia o que deu errado em uma gestão que prometia ser diferente das tradicionais mas não conseguiu decolar.

Frase da semana:  “Vote para acabar com a era Trump”.

Do New York Times em seu editorial, afirmando que o ex-presidente “mente sem limites” e é uma ameaça à democracia. Nos Estados Unidos, jornais costumam publicar textos de apoio a democratas e republicanos.

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