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Você viu? “Bobo da corte”, “Moleque”: os afagos entre Major Olímpio e Carlos Bolsonaro

Publicado em Notícias por em 14 de outubro de 2019

O Globo

No fim de uma semana marcada pela crise entre o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL, um dos filhos do presidente trocou ofensas neste domingo com o senador mais votado da legenda. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro, e o senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido no Senado, tiveram um embate em uma rede social no fim da tarde deste domingo.

A discussão começou após Carlos chamar Olimpio de “bobo da corte”, ao reproduzir uma fala em que o senador criticou a atuação dos filhos do presidente da República. Em uma das respostas mais ásperas, Olimpio chamou o vereador carioca de “moleque”.

O desentendimento entre Carlos e Olimpio tem suas origens na crítica feita pelo presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira, ao deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), presidente do PSL. Olimpio se disse “perplexo” com as declarações de Bolsonaro, e Carlos usou seu perfil no Twitter , naquele dia, para se dizer “estarrecido” com a postura de Olimpio.

Neste domingo, Carlos voltou à carga contra o senador ao reproduzir uma declaração de Olimpio , na sexta-feira, quando disse que “filhos com mania de príncipes desgastam Bolsonaro”.

“No hospital, após a facada, o tal Major Olímpio chorou em frente a meu pai, que me determinou foco primordial na eleição do tal. Assim o fiz e hoje, este senhor diz absurdos sobre o trabalho que exerço de forma esgotante. És um bobo da corte!”, escreveu Carlos.

Advogados de Bolsonaro devem recorrer ao TSE para abrir ‘caixa preta’ do PSL: Os advogados que representam o presidente Jair Bolsonaro na guerra contra a cúpula do PSL devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o partido não abra suas contas.

Com isso, Bolsonaro decide aumentar a artilharia contra o grupo político comandado por Luciano Bivar, presidente da legenda. A desfiliação de Bolsonaro segue no radar.

Na sexta-feira (11), o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, que advoga para Bolsonaro, solicitou formalmente acesso a dados financeiros do PSL nos últimos cinco anos, mas o fez sem passar pelo tribunal. “Se as respostas não vierem em cinco dias, vamos ao TSE”, disse um aliado do presidente da República sob condição de anonimato.

O objetivo é saber como Bivar está manejando as contas da legenda e se há alguma irregularidade ali. Bolsonaro usa a expressão “caixa preta” para se referir à cúpula do PSL. A estratégia da ala que o apoia é forçar uma auditoria no partido.

Um desembarque de Bolsonaro e seu grupo gera muitas dúvidas. Deputados federais temem perder seus mandatos caso deixem o PSL, seguindo o presidente. A regra da perda de mandato vale somente para cargos proporcionais, como deputados federais e estaduais, por exemplo. Não se aplica, portanto, ao de presidente da República.

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