UPE monta posto de coleta para ajudar municípios atingidos por cheia
Por Nill Júnior
A Universidade de Pernambuco – UPE – se solidariza com os moradores dos municípios atingidos pelas enchentes que acometeram o Estado de Pernambuco, em especial o município de Palmares, onde a instituição possui um campus universitário.
Desta forma, a UPE criou uma comissão para discutir e decidir a mobilização da Universidade para prestar assistência às vítimas atingidas e na reconstrução dos municípios castigados pelas fortes chuvas, em articulação com as ações do governo e das prefeituras.
Dentre as ações, a UPE está arrecadando alimentos não perecíveis prontos para consumo (biscoito, bolachas, pão, leite em caixa, achocolatado, sucos, etc.), agasalhos, lençóis, colchões, água potável e material de higiene pessoal e limpeza para as vítimas da Mata Sul atingidas pelas enchentes nesse fim de semana.
A partir desta segunda-feira (29/05), a Reitoria da UPE servirá como posto de coleta das doações, das 8h às 17h. A Reitoria fica na Av. Agamenon Magalhães, s/n – Santo Amaro.
O advogado Sepúlveda Pertence, que compõe a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira (6) que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotou posição “punitivista” e perdeu a chance de “evoluir” ao negar a concessão de habeas corpus preventivo para evitar a prisão do petista. A declaração foi dada minutos após o […]
O advogado Sepúlveda Pertence, que compõe a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira (6) que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotou posição “punitivista” e perdeu a chance de “evoluir” ao negar a concessão de habeas corpus preventivo para evitar a prisão do petista.
A declaração foi dada minutos após o STJ negar o pedido da defesa de Lula para evitar que o petista seja preso depois de esgotados os recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que em janeiro condenou Lula a 12 anos e 1 mês de prisão.
“Foi um resultado unânime no qual o tribunal preferiu manter-se na posição punitivista em grande voga no país e perdeu a oportunidade de evoluir e voltar a dar à garantia constitucional da presunção de inocência o seu devido valor”, afirmou após o término do julgamento.
Questionado por jornalistas sobre os próximos passos a serem seguidos, o advogado afirmou que ainda vai discutir com a equipe de defesa para definir a estratégia do ex-presidente.
Pertence disse esperar que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, coloque em pauta “o mais rápido possível” o julgamento sobre a possibilidade de prisão de condenados após a decisão de segunda instância. A mesma posição foi defendida pelo PT, partido de Lula, que divulgou nota logo após o julgamento.
“A situação hoje no Supremo não pode permanecer com essa divisão em que a concessão ou não de habeas corpus depende do sorteio do relator”, disse, enfatizando que o STF precisa julgar a questão para acabar com essa “dramática divisão”.
A afirmação do advogado se refere ao julgamento feito pelo STF em outubro de 2016, no qual o plenário decidiu, em votação apertada de seis votos a cinco, manter a possibilidade de prisão após uma condenação por colegiado de segunda instância.
“Espero que o Supremo Tribunal venha a alterar os seus precedentes mais recentes”, afirmou Pertence.
Chegaram ontem (16), na base aérea do Recife, os dois médicos cubanos que irão atuar em Afogados da Ingazeira. Na verdade um casal, o médico chama-se Liolders Rodriguez Correa; e a médica, Yisley Guevara Espinosa. Eles já se encontram em Afogados, e deverão ser apresentados ao restante da equipe na próxima segunda-feira. Segundo o Secretário […]
Chegaram ontem (16), na base aérea do Recife, os dois médicos cubanos que irão atuar em Afogados da Ingazeira. Na verdade um casal, o médico chama-se Liolders Rodriguez Correa; e a médica, Yisley Guevara Espinosa. Eles já se encontram em Afogados, e deverão ser apresentados ao restante da equipe na próxima segunda-feira.
Segundo o Secretário de Saúde de Afogados, Artur Amorim, até o final de dezembro chegarão ao município mais três médicos cubanos, inseridos no ProgramaMais Médicos, do Governo Federal. Eles irão substituir as cinco médicas cubanas que cumpriram o seu período de atividade no Brasil e retornaram para Cuba, no início de Novembro.
“Esses médicos irão nos ajudar a qualificar ainda mais a nossa rede de atenção básica, que hoje atende 100% do território Afogadense. Os médicos que chegaram ontem irão atender nas unidades básicas do Borges e do São Francisco,” destacou Artur Amorim. Afogados foi um dos primeiros municípios do Brasil a aderir ao “Mais médicos”, programa defendido pelo Prefeito José Patriota desde o início do seu lançamento.
O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) cumpriu agenda ao lado da pré-candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra, no Cabo de Santo Agostinho no último sábado (18). Em entrevista à Rádio Ponte FM, Armando explicou o apoio que está dando ao projeto desde o primeiro momento. O ex-senador filiou-se ao PSDB no mesmo dia em que […]
O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) cumpriu agenda ao lado da pré-candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra, no Cabo de Santo Agostinho no último sábado (18). Em entrevista à Rádio Ponte FM, Armando explicou o apoio que está dando ao projeto desde o primeiro momento.
O ex-senador filiou-se ao PSDB no mesmo dia em que Raquel assumiu a presidência estadual da legenda, em março do ano passado. De lá para cá, tem percorrido todas as regiões de Pernambuco ao lado da pré-candidata ao governo para debater o Estado e falar sobre a proposta de mudança que Raquel representa.
Na rádio Ponte FM, Armando afirmou:
“A gente tá na política para transformar a vida das pessoas. E eu entendo também que Pernambuco tá vivendo um momento muito interessante, que é o de nós podermos garantir que uma nova geração de políticos possa se apresentar a Pernambuco. E eu identifiquei em Raquel Lyra o perfil que Pernambuco reclama. É uma mulher que já provou que tem condições de exercer as funções que exerceu. Ela se desempenhou bem em todas elas. Ela fez as entregas, quando foi desafiada a fazer. Ela alia uma boa tradição política, mas sobretudo ela tem personalidade própria. Raquel caminha com as suas próprias pernas. Raquel não é um sobrenome, ela é alguém que construiu a sua própria trajetória. Então, se Pernambuco precisa mudar, e se nós temos a oportunidade de inaugurar um novo tempo político em Pernambuco, com alguém que já provou que tem condições de exercer essa liderança, é essa a aposta que nós temos de fazer”.
As mulheres tiveram grande destaque, alcançando cerca de 4.474 novos postos de trabalho Pernambuco encerrou o mês de abril de 2025 com saldo positivo de 7.501 novos postos de trabalho com carteira assinada. Os dados foram divulgados pelo Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número contribui para o saldo acumulado de […]
As mulheres tiveram grande destaque, alcançando cerca de 4.474 novos postos de trabalho
Pernambuco encerrou o mês de abril de 2025 com saldo positivo de 7.501 novos postos de trabalho com carteira assinada. Os dados foram divulgados pelo Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número contribui para o saldo acumulado de 120.918 empregos formais gerados desde o início da atual gestão estadual, reafirmando o compromisso do Governo de Pernambuco com o desenvolvimento econômico e a geração de oportunidades.
“Pernambuco volta a crescer e demonstra que vive um novo momento na geração de emprego e renda. São 7,5 mil novas vagas criadas que são resultado de políticas voltadas para a empregabilidade, a exemplo do Bora Empreender e do Qualifica PE, além de liberação de créditos para microempreendedores por meio de fomento. Além disso, nosso governo tem trabalhado fortemente para que novas empresas se instalem aqui, investimentos aconteçam para gerar ainda mais oportunidades para a nossa gente”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Entre os setores que mais contribuíram para o resultado de abril, o destaque ficou com Serviços, responsável por 7.661 novas vagas, seguido por Comércio (1.731) e Construção Civil (1.640). Dentro do setor de Serviços, é importante destacar, ainda, o desempenho da categoria classificada como “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, que foi responsável por 5.379 novos postos de trabalho formal.
“Os dados confirmam que as políticas do Governo do Estado para o fortalecimento da economia e incentivo à empregabilidade estão gerando resultados concretos. A Sedepe segue investindo em ações que conectem os trabalhadores às oportunidades, como os programas de qualificação, que já têm lançamento de novos cronogramas previsto para o mês de julho”, afirma o secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, Manuca.
Com o resultado de abril, Pernambuco é o terceiro maior gerador de empregos no ranking do Nordeste, atrás apenas da Bahia (14.353) e do Ceará (9.221). Mais uma vez, as mulheres foram protagonistas. Somente em abril, 4.474 vagas foram ocupadas por trabalhadoras, representando cerca de 60% do total gerado no mês. O número reforça a tendência de maior inclusão feminina no mercado formal.
O salário médio de admissão no estado, no mês de abril, foi de R$ 1.943,88, mantendo estabilidade em relação aos meses anteriores e refletindo o perfil das vagas criadas, predominantemente em setores com remuneração intermediária.
O Eduardo Campos que eu conheci A semana está sendo marcada por homenagens a Eduardo Campos. Ontem, se vivo, completaria 59 anos. E terça, dia 13, serão dez anos do trágico acidente que tirou sua vida em Santos, em plena disputa à presidência da República, quando o jato Lergacy que o levava se chocou contra […]
A semana está sendo marcada por homenagens a Eduardo Campos. Ontem, se vivo, completaria 59 anos.
E terça, dia 13, serão dez anos do trágico acidente que tirou sua vida em Santos, em plena disputa à presidência da República, quando o jato Lergacy que o levava se chocou contra um imóvel, vitimando ele, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, o jornalista Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o Percol, os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins, mais o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra e o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o Pedrinho.
Muitos serão os relatos a partir das memórias, do legado e das projeções sobre o que teria ocorrido com o ex-governador de Pernambuco se aquela campanha presidencial tivesse seguido seu curso, com Campos estando a dois meses do pleito com cerca de 10% das intenções de voto.
Particularmente, tenho também minhas memórias com Eduardo, fruto da atuação precoce no jornalismo, que me deu a condição de entrevistar seu avô, Miguel Arraes, e posteriormente ter alguns encontros com ele, principalmente depois de sua segunda eleição como Deputado Federal, em 1998, quando teve 173.657 votos, a maior votação no estado àquela época. Eduardo tinha uma característica rara na política: era completo. Fosse no discurso, na atividade parlamentar, como Ministro, Secretário, governador, entregava-se como poucos. Tal intensidade também fez dele um excelente orador e um dos mais inteligentes entrevistados que alguém poderia ter ao lado. Daí porque entrevistar Eduardo exigia preparo e jogo de cintura, principalmente quando a ideia era confrontá-lo.
Como Eduardo sabia da força do rádio, era comum para ele solicitar a seus assessores que articulassem entrevistas nos veículos de maior penetração. Também buscava acompanhar detalhadamente qual era a percepção da população em cada lugar que chegava, principalmente a partir das demandas que chegavam ao veículo, na época em que nem se falava em redes sociais. Em toda a sua trajetória, por conta dessa característica, o principal interlocutor era Evaldo Costa, seu Secretário de Comunicação no tempo em que esteve governador, depois de também desempenhar a função com Miguel Arraes.
Tenho uma história que costumo contar para definir a personalidade de Eduardo, principalmente quando contrariado. Quando lançou o programa Governo nos Municípios, de escuta popular, buscou anunciar a novidade primeiro no rádio. Recebi de Evaldo a cantada para entrevistá-lo logo cedo na Rádio Pajeú. Claro, aceitei de pronto. Ocorre que na data, havia alguns calos estaduais que não podiam fugir da pauta. Eram pelo menos três. Feitas as perguntas iniciais sobre o ineditismo do programa, comecei a levar as demandas críticas da população. Não teria sentido se não o fizesse, dado meu papel de ponte para as demandas da sociedade.
A cada pergunta, percebia o tom de voz de Eduardo mudando. Lembro que a última pergunta foi sobre a ausência de um Delegado em Carnaíba, em semana de um crime de repercussão. As portas estavam fechadas e o Delegado, fora do ofício. Outra memória daquela história é de que a exposição deve ter custado tamanho aborrecimento ao Delegado que ele me ligou dizendo que instauraria um procedimento contra mim por calúnia. Até hoje espero. Voltando a Eduardo, ele respondeu à questão notoriamente contrariado. Agradeci sua participação e ouvi um sonoro e forte “obrigado”, com o som do telefone desligando em seguida.
Depois fui saber com Evaldo, a irritação de Eduardo não era pelo fato de que eu o questionei sobre os temas, mas sim, por não ter ciência daqueles problemas por sua equipe, sendo surpreendido por um jornalista ao vivo. Alguns dias depois, encontrei Evaldo Costa na sede da Secretaria, onde também funcionou a vice-governadoria, no famoso Edifício Frei Caneca, na Cruz Cabugá. Disse a Evaldo que percebi o tom de Eduardo na entrevista, mas que era impossível não abordar aquelas questões espinhosas. “Evaldo, desculpe aí, mas não dava pra não tratar desses assuntos. Percebi Eduardo contrariado no final”. Com a franqueza de quem levara por conta disso um baita esporro do chefe por não municiá-lo de informações que antevessem as cobranças, Costa respondeu: “se preocupe não amigo, só tenha certeza que doeu mais em mim do que em você…”
Esse era o Eduardo gestor, intransigente com o erro que lhe custasse exposição pública, mas ao mesmo tempo, insatisfeito quando a máquina pública não respondia ao desejo da sociedade. Na mesma conversa, aliás, soube do próprio Evaldo que Eduardo tinha um respeito e percepção do meu papel na região. Porque em muitos momentos, era ele que sugeria a Evaldo a quem queria falar pela repercussão que aquele diálogo geraria na opinião pública. “Marque com Nill” – disse ter ouvido Evaldo, em transcrição literal da época. Ter Eduardo no estúdio da Rádio Pajeú, como na primeira foto desse post, de 10 de março de 2009, era garantia de um debate de alto nível, de audiência imcomparável, mas principalmente de apontamento das questões que eram demandadas na região, além do personagem que sempre esteve no centro do debate da política nacional.
De história que mostra o que prevaleceu na nossa relação, os últimos dois encontros, no Carnaval do Recife de 2014. Na abertura do carnaval, Eduardo estava cercado de um batalhão de jornalistas. Quando me viu, único sertanejo cobrindo para um veículo sertanejo, gritou: “Nill, até você aqui rapaz?!” Quando se aproximou para gravar uma mensagem, foi puxado por Elba Ramalho, fez uma curva e foi falar com ela. Rapidamente se virou, voltou pra mim e disse: “Desculpe amigo, vamos falar para a Pajeú…” Sempre percebia como os outros jornalistas da capital olhavam, como se perguntassem: “quem é esse pra quem Eduardo dá tanta atenção?”.
Neste dia curiosamente perdi a sonora por descuido no meu aparelho celular. Parece coisa de jornalista adolescente, mas aconteceu. Achei Eduardo na abertura do Galo da Madrugada, dia 1 de março daquele ano. É daquela data a foto de Eduardo cercado de aliados, tirada do meu celular.
“Governador, cometi um crime jornalístico. Perdí aquela sonora”, disse. “Não acredito! E o que foi que eu disse?” – perguntou. Eu disse que ele tinha me dado um furo, anunciando que iria entregar obras em Afogados e quais obras seriam. “Então vamo lá de novo…” – brincou com a costumeira atenção, para em seguida dizer pacientemente tudo de novo enquanto políticos e uma tiua de jornalistas de todo o Brasil o esperavam.
Esse foi o Eduardo que ficou em mim e guardo na memória. No dia seguinte à sua morte, Saulo Gomes o homenageou na Rádio Pajeú e trouxe um trecho de uma bela mensagem que diz que os bons são aqueles que, quando conhecemos, nos fazem pessoas melhores, que deixam algo em nós. Eduardo com seu exemplo de atenção, família, respeito e amor ao Pajeú me fez melhor também.
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