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Internauta Repórter denúncia sábado sem plantonistas em Afogados

Publicado em Notícias por em 26 de agosto de 2017

Eu, Maysa Gomes, 23 anos, moradora, nascida e criada em Afogados da Ingazeira, não posso deixar de me indignar.

Neste sábado, dia 26, meu avô de 64 anos, José Gomes de Queiroz, sofreu um acidente de moto, provocado por outro por imprudência. Com fratura exposta, foi levado ao Hospital Regional Emília Câmara. Mas  não teve atendimento por falta de médico no plantão. Um absurdo.

Levado para a Casa de Saúde, também encontramos a unidade sem médicos. Um médico local que alegava não estar de plantão foi para encaminhá-lo, mas nos tratou com toda ignorância possível, relatando que não era o dia do plantão dele e que por isso não iria nem olhar o paciente.

Sinto-me humilhada em uma sociedade que valoriza tanto a classe médica que na verdade em sua maioria são pessoas mesquinhas que só sabem o valor do seus salários, não tocam no paciente, não investigam, só sabem passar medicação e mandar embora.

Que profissionais são esses? Que país é esse? Meu avô, com muita dor foi novamente para o HREC logo após as 18h. Foi levado a Caruaru às 19h10, muitas horas depois do acidente.  Sem considerar uma fratura exposta, tendo passado pelos dois  hospitais, com risco extremo de infecções e outras complicações. Há 4 anos perdi a minha avó por falta de médicos, por falta de humanidade… Não podemos viver assim!

Quantas vezes médicos chegam no plantão e quando percebem que estão sozinhos, dão meia volta e vão embora. Quantas gestantes tem filhos fora por falta de profissionais. É uma vergonha, repugnante! Fica minha revolta.

Maysa Gomes – Internauta Repórter

Comentário(s) (1)

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  1. Alberto Goes disse:

    É uma vergonha uma cidade do porte de Afogados da Ingazeira Hospital estar entregue às baratas no item saúde. Além da falta de comprometimento de alguns profissionais, como citado na reportagem, faltam aqui alguns itens para um regular atendimento na unidade hospitalar da rede pública: mais profissionais da saúde: médicos emergencialistas em sala de estabilização, ortopedistas, hematologista, neurologista, etc – instalações e equipamentos: uma pequena UTI, monitores multiparâmetros, tomógrafo, aparelhos de raio-X digital fixo e móvel, um centro cirúrgico com salas bem aparelhadas (instrumentais cirúrgicos, fios, cânulas, mesas cirúrgicas, bisturis eletrônicos, aparelhos de anestesias e focos todos novos) – melhorias das enfermarias com novos leitos automáticos e aparelhamento dos postos de enfermagem – melhoramento dos banheiros, etc, etc. Precisa de investimentos, treinamentos e reciclagem no RH e de ampliação do custeio mensal.
    Nosso pequeno consolo é que não é só Afogados que padece com esses “esquecimentos”. Tem muito mais cidades nessa situação…

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