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Coluna do Domingão

Publicado em Notícias por em 30 de setembro de 2018

A eleição do menos odiado

A eleição de 2018 tem até agora os maiores índices de rejeição de um primeiro e segundo colocados e também a menor taxa de intenção de voto dos líderes de uma corrida presidencial desde 2002, segundo a série histórica do Ibope. O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, é rejeitado por 46% dos eleitores, enquanto Fernando Haddad (PT) tem 30% de reprovação.

A maior rejeição de um líder era de Dilma Roussef (PT), em 2014, com 31%. Em segundo lugar, nesta disputa, estava Aécio Neves (PSDB), com 19%. Naquele ano Dilma liderava a pesquisa com 38% contra 29% de Marina Silva (PSB).

Quando analisados os números de intenções de voto na série histórica, é possível verificar que nunca, até então, os dois candidatos mais bem colocados tiveram também um percentual tão baixo para um presidenciável. Hoje, Bolsonaro tem 28% contra 22% de Haddad. Quem está na frente costuma ficar na casa dos 40%.

Em 2002, Lula liderava a pesquisa com 41% contra 18% de José Serra (PSDB). O tucano tinha a maior rejeição (29%) seguido de Lula (26%). Na eleição seguinte, em 2006, Lula novamente liderava com 47% contra 36% de Alckmin, com rejeição de 30% para o petista. A segunda mais rejeitada nesta eleição foi Heloisa Helena (PSOL), com 25%.

Em 2010, Dilma liderava com 50% das intenções de voto e tinha 21% de rejeição contra 28% de Serra e rejeição maior para o tucano: 27%.

Em 1994, segundo números do Datafolha, Brizola (PDT) chegou a ter uma rejeição de 42%, e apenas 5% das intenções de voto. Fernando Henrique (47%) e Lula (23%) lideravam com folga.

Outro dado que se pode compreender desta série histórica é que essa eleição registra a maior taxa de indecisos, votos em branco e nulos : 18%, enquanto nas eleições anteriores costuma ficar em torno de 10%.

Resumo da ópera: a disputa não vai ser balizada no voto por alguém, mas incrivelmente desde a redemocratização, vai prevalecer o voto contra alguém. Os eleitores que podem determinar a vitória de Haddad vão votar contra Bolsonaro, com o argumento “contra o fascismo, contra o militarismo, contra o preconceito contra minorias”, o que tem se ouvido por aí. E muitos do que votam em Bolsonaro vão fazê-lo não pelo candidato, mas “contra o petismo, contra a volta da quadrilha que desmoralizou o país, contra Lula que está preso, contra o comunismo…”

Esse quadro de fato só poderia ser quebrado com o ingresso ao páreo dos dois nomes que tem questionado esses dois projetos, Alckimin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), mas até agora, salvo um fato novo, não apresentam musculatura para romper essa polarização odienta, que pode alimentar ainda mais divisão no país…

Assim, vai ser a lei de quem odia mais, zerando a possibilidade de um país pacificado dia 28 de outubro. Quadro único na história do chamado “país da tolerância”, com as devidas vênias…

O chato do zap zap

Gente boa fora do ambiente virtual, nem os pares políticos estão aguentando o socialista Júnior de Mocinha no WhattsApp com sua militância explícita pró Paulo Câmara. Com tom geralmente irônico e jocoso nas postagens, o vice carnaibano empanturra o universo virtual com mensagens em todos os grupos que integra. Nem o Grupo Fé e Política, da Diocese, ligado ao debate mais profundo do real papel da política, é poupado. Menos, Juninho!

Com o capitão

Toninho Valadares, que já tem idade suficiente pra não ser chamado “filho de Totonho”, mesmo o sendo com orgulho, é do time que integra a linha de frente pró Bolsonaro no Estado. Já estava no PSL de Luciano Bivar antes do Capitão entrar na sigla para a disputa e incorporou defesa e discurso. Cada um com seu cada um…

Geraldo Júlio cita Zeinha

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), fez referência a uma declaração de Zeinha Torres, de Iguaracy, na peça de campanha em que conversa com o governador Paulo Câmara. “Zeinha disse que Doutor Arraes levou energia na casa das pessoas e Paulo Câmara tirou a obrigação da lata dágua na cabeça”.

Fora Nim!

O Promotor de Carnaíba Ariano Tércio agora recomendou à prefeitura de Carnaíba que o município se desfaça dos plantios de Nim Indiano por árvores nativas do bioma Caatinga. Diz que biólogos alertam que “além de reduzir a biodiversidade, as plantas exóticas invasoras competem com as plantas nativas, podendo causar alterações de estrutura e composição das comunidade vegetais nativas e até mesmo a sua extinção”.

Desrespeito

Confundir liberdade de expressão com extremismo e agressões gratuitas virou moda na internet e redes sociais. Por combater a política defendida por Jair Bolsonaro, a jornalista Juliana Lima foi chamada de “imunda” em um grupo de WhattsApp. É o que esse debate está trazendo como consequência inclusive na região.  Ela promete identificar de quem partiu, com razão. Há limites pra tudo.

Se um pôde..

Tá na hora dos prefeitos de Médio e Alto Pajeú buscarem saber como Serra Talhada caminhou para ter um projeto de tratamento de resíduos sólidos que está próximo de funcionar  e atenderá cidades do entorno, enquanto  por aqui continuam levando chamada e cobrança do MP. Tratar com o prefeito Luciano Duque.

Já está na dança

Dizer que José Patriota (Afogados) não apoia Alessandro Palmeira para 2020 é tentar dar drible em bom zagueiro. Até a posição do vice no último debate na Rádio Pajeú foi escolhida para os dois saírem juntinhos e misturados, sem falar nas falas elogiosas do gestor. Não quis polemizar com Totonho, que já discute critérios para que seja ele o candidato, mas já dança a “Valsa Alessandrense”, ensaiada nos salões da Prefeitura…

Perguntar…

Continua a pergunta de um milhão de dólares em Pernambuco: tem ou não segundo turno? A levar em conta o Ibope dessa semana, Paulo está pertinho da vitória no primeiro turno com 50% dos votos válidos. Já o Datafolha diz que o candidato à reeleição tem 48,7%, enquanto os demais tem 51,3%, o que leva a peleja pro segundo turno. Haja coração…

Político, não!!

Contam que na violenta ação criminosa contra Dr Pedro Alves mais quatro pessoas que estavam na festa da Caatingueira, alguém quis avisar aos bandidos que ele era político e vice de Iguaraci. “Diga que sou médico, político não”, teria retrucado Alves, com receio de sujar a barra com os homens armados…

Candidatos folclóricos a Estadual

“Dr Gatão”

Antonio do Bar, Arnaldo do Buteco, Bigode do Queijo, Calvolia, Cristina Praticamente, Dinho do Galo, Dr Gatão, Ednaí o seu agente de saúde, Fofão, Galeguinho das Encomendas , Idvan o homem do Pão, Júnior de Pereba, Marcos Leal o irmão legal, Maycon do Brega, Meu Jovem, Patrícia Viúva, Reginaldo Praticamente, Tânia mãe de João, Teacher Black, Tieta do Agreste, Valdir Palhaço, Zaqueu o Maratonista e Zé do Cachimbo.

Frase da semana:

“Não aceito resultado diferente da minha eleição”. De Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que se o PT ganhar, “será fraude”…

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