Solidão atinge 96,60% no Índice de Transparência Pública
Por André Luis
Município conquista Selo Diamante e se destaca entre as administrações mais transparentes do estado
O município de Solidão alcançou 96,60% no Índice de Transparência Pública do Sistema dos Tribunais de Contas, resultado que garantiu ao governo municipal o Selo Diamante de Qualidade em Transparência 2025.
O reconhecimento reforça o compromisso da gestão com a responsabilidade pública, o acesso à informação e o respeito ao cidadão, consolidando Solidão entre as cidades que mais avançam em transparência no estado.
O índice avalia critérios essenciais como disponibilização de dados, facilidade de acesso às informações, cumprimento de exigências legais e clareza na comunicação institucional.
De estilo empreendedor e considerado pau para toda obra, Edgley Freitas pode trocar a Secretaria de Cultura pela Secretaria de Obras em substituição a Mário Amaral que vai substituir Wal do Bar na Câmara de vereadores. A informação é de Anchieta Santos. Detalhe: a Secretaria de Obras está na “cota” do grupo do ex-prefeito Josete Amaral, […]
De estilo empreendedor e considerado pau para toda obra, Edgley Freitas pode trocar a Secretaria de Cultura pela Secretaria de Obras em substituição a Mário Amaral que vai substituir Wal do Bar na Câmara de vereadores. A informação é de Anchieta Santos.
Detalhe: a Secretaria de Obras está na “cota” do grupo do ex-prefeito Josete Amaral, que se não escalar o substituto do irmão Mário, dará um forte sinal de afastamento da administração do Prefeito Sebastião Dias.
Por Heitor Scalambrini* A desaceleração dos negócios nucleares nas últimas duas décadas tem relação direta com a diminuição da competitividade econômica do setor, do perigo incomensurável que representa para a vida no planeta a liberação de material radioativo das usinas nucleares, e o problema ainda não resolvido de armazenamento dos resíduos produzidos (lixo atômico), altamente […]
A desaceleração dos negócios nucleares nas últimas duas décadas tem relação direta com a diminuição da competitividade econômica do setor, do perigo incomensurável que representa para a vida no planeta a liberação de material radioativo das usinas nucleares, e o problema ainda não resolvido de armazenamento dos resíduos produzidos (lixo atômico), altamente tóxicos, e cuja radioatividade perdura por milhares de anos.
Estas são algumas das desvantagens de se adotar uma tecnologia no mínimo polêmica, e desnecessária ao país para produzir energia elétrica.
O pós-Fukushima levou países pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como a Itália, Bélgica, Suíça e Alemanha, a paralisar e mesmo descomissionar dezenas de usinas nucleares que funcionavam em seus territórios. Contrariamente a esta rejeição, governantes de países nada democráticos como China, Rússia e Índia ainda insistem em apoiar a geração nucleoelétrica.
Quando uma tragédia nuclear acontece, as consequências vão para muito além das pessoas. Toda a biodiversidade local é prejudicada diretamente. Pessoas que nem mesmo moram perto do local do desastre podem ser afetadas. Alguns trágicos eventos aconteceram nas últimas 3 décadas. O de Three Mile Island-USA, Chernobyl– Ucrânia e Fukushima-Japão. Este último provocou o deslocamento de mais de 120.000 pessoas que tiveram que abandonar suas casas e deixar suas cidades.
Tais tragédias tiveram ampla repercussão mundial. Todavia, acidentes menores, mas não menos graves, acontecem com certa frequência, e não são divulgados. O mais recente evento foi o vazamento de 1,5 milhão de litros de água radioativa de uma usina nuclear na cidade de Monticello, estado de Minnesota-USA. Mesmo ocorrido em 22 de novembro de 2022, somente 5 meses depois foi comunicado à opinião pública. Sem contar o alerta dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica-AIEA em 15 de março de 2023, sobre o desaparecimento na Líbia, de 2,5 toneladas de urânio natural concentrado, também conhecido como yellow cake.
Para reagir e contrapor as preocupações da sociedade quanto à guarda de material radioativo, sua proliferação, e aspectos relacionados à segurança da geração nuclear; uma nova estratégia foi montada pelos defensores da tecnologia, e de seus negócios bilionários.
Um novo modelo de reator mais compacto e com potência inferior (<300 MW) aos tradicionais, estão sendo oferecidos pela indústria nuclear, podendo serem totalmente construídos em uma fábrica e levado ao local de funcionamento. Vários modelos estão em desenvolvimento utilizando distintas rotas tecnológicas. Contudo os problemas que ocorrem nos grandes reatores persistem.
Os Small Modular Reactors (SMRs) ou Pequenos Reatores Modulares em inglês, é a nova tática adotada pelos negócios nucleares, que assim esperam disseminar tais unidades por todo o planeta. Nota-se que o termo nuclear foi omitido, no que deveria ser chamado de Small Modular Nuclear Reactors (SMNRs), ou Pequenos Reatores Nucleares Modulares. A omissão da palavra nuclear é uma tentativa de evitar a rejeição, a repulsa da grande maioria da população mundial, que associa o nuclear com morte, guerra, destruição, desgraça, bomba atômica.
No Brasil um lobby poderoso reunido na Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares- ABDAN, agrega os apoiadores das usinas nucleares, propondo promover o desenvolvimento e a aplicação da tecnologia nuclear no Brasil. Em sintonia, e representando interesses das grandes multinacionais do ramo, com interesses em fazer negócios, esta Associação tem obtido “avanços(?)” junto aos poucos que decidem a política energética brasileira. Por exemplo, conseguiram no governo do ex-ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque (o mesmo investigado por entrar ilegalmente no país com joias milionárias não declaradas, destinadas ao ex-presidente), a inclusão no Plano Nacional de Energia-2050 a instalação de 8 GW a 10 GW a partir da nucleoeletricidade.
Decisões sobre um tema tão polêmico e com grande repercussão para as gerações presentes e futuras mereceriam discussões, debates mais amplos e aprofundados com a sociedade. Esta discussão passa necessariamente em decidir que tipo de sociedade queremos. Se desejamos uma sociedade democrática, com justiça ambiental, defensora da paz; ou um país nuclearizado, inclusive possuindo artefatos nucleares, como a bomba tupiniquim, que certamente poderá ser viabilizada com novas instalações nucleares.
O que se espera em sociedades democráticas é que as divergências devam ser tratadas pelo debate, discussões, disponibilização de informações, participação popular. Todavia o terreno desta disputa é muito desigual, pois o poder econômico dos lobistas é muito grande, o que acaba contribuindo para uma assimetria no processo da disputa, na divulgação das propostas, e das discussões sobre as consequências sociais, econômicas, ambientais e tecnológicas, do uso da tecnologia nuclear para produção de energia elétrica.
Todavia decisões monocráticas de um colegiado, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, tem instituído uma política energética contrária aos interesses da maioria da população. A principal característica deste colegiado, é a falta de representatividade da sociedade organizada, além de um grande déficit de transparência. A sociedade civil não participa das decisões tomadas.
O Ministério de Minas e Energia- MME, também responsável pela política energética sofre há anos, um processo de captura pelo mercado. Utilizado como “moeda de troca” pelos vários governos, não passa de um ministério de 2º escalão, subserviente a grupos que defendem somente seus interesses particulares, e/ou de grandes empresas. Do ponto de vista técnico foi completamente esvaziado.
Outra instituição, com grandes poderes decisórios, é a Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL. É comum que membros desta agência reguladora tenham seus diretores envolvidos em polêmicas, denúncias gerando grande desconfiança junto à sociedade. O escândalo mais recente, é de um ex-diretor escolhido pelo novo governo secretário executivo do MME, o número dois do ministério, envolvido em vários casos obscuros e ainda não explicados, enquanto era diretor da ANEEL (https://piaui.folha.uol.com.br/cheiro-de-enxofre/).
Existe um clamor da sociedade brasileira de participação social, de uma maior transparência nas políticas públicas. E porque não na área energética? Neste caso é fundamental a criação de espaços democráticos igualitários, de interlocução, de participação cidadã, na formulação e tomada de decisão. Ações no sentido de promover o engajamento da sociedade, para defender seus interesses junto ao Estado brasileiro, fortalecem e garantem nossa democracia.
*Heitor Scalambrini Costa é doutor em Energética – Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco
Na manhã desta quarta-feira (25/10), o deputado Carlos Veras recebeu em seu gabinete a Prefeita de Tabira, Nicinha Melo. Esse foi o primeiro encontro oficial das duas autoridades tabirenses, em Brasília. Como resultado dessa tão aguardada reunião, o povo do município de Tabira é quem vai sair ganhando. O parlamentar recebeu duas demandas entregues pela […]
Na manhã desta quarta-feira (25/10), o deputado Carlos Veras recebeu em seu gabinete a Prefeita de Tabira, Nicinha Melo. Esse foi o primeiro encontro oficial das duas autoridades tabirenses, em Brasília.
Como resultado dessa tão aguardada reunião, o povo do município de Tabira é quem vai sair ganhando. O parlamentar recebeu duas demandas entregues pela prefeita para apoio à retomada da Operação Carro Pipa e para recursos destinados à construção do Pátio da Feira e Eventos, e apresentou um pacote de obras e ações para Tabira que somam mais de oito milhões de reais: 500 mil reais para a conclusão do abastecimento simplificado de água, beneficiando as comunidades de Brejinho e Araras; 600 mil reais para a construção de dois espaços multiuso, com o compromisso da prefeita para a disponibilização dos terrenos; e cinco milhões de reais para a conclusão do saneamento de Tabira, além de mais um milhão de reais para dar andamento à construção do campus da Universidade de Pernambuco (UPE). Como encaminhamento da reunião, o deputado Carlos Veras e a prefeita Nicinha estarão juntos em Petrolina, na próxima semana, para reunião com o superintendente da Codevasf, Edilazio Wanderley.
A prefeita Nicinha se comprometeu com a cessão dos terrenos para a construção dos espaços multiuso, a apoiar a execução das obras do abastecimento simplificado e a assumir o saneamento quando concluída a obra.
Para Carlos Veras, o encontro é um sinal de maturidade política em benefício dos tabirenses. “Sou um orgulhoso filho dessa cidade e o meu mandato segue comprometido com a resolução de problemas históricos enfrentados pela nossa população. Trazer essas obras para Tabira é também uma forma de retribuição ao povo que sempre apostou em nosso trabalho. Agora, com o presidente Lula, estamos conseguindo realizar sonhos maiores para o benefício de nosso povo.”
Nos últimos anos, o deputado Carlos Veras foi responsável por uma série de iniciativas para contribuir com o desenvolvimento de Tabira, com a entrega de equipamentos agrícolas para a agricultura familiar, o apoio à Feira de Negócios de Tabira (FENET), a destinação de recursos para a obra, já executada, da reforma da Rodoviária de Tabira, para o abastecimento de água simplificado dos povoados de Arara e Brejinho, a climatização da escola Arnaldo Alves Cavalcanti e a construção da Quadra do Arnaldo Alves Cavalcanti e do Carlota Breckenfeld.
Carlos Veras viabilizou, também, recursos para a construção da UPE, e um milhão de reais para a reforma dos postos médicos e aquisição de ambulância. Na cultura, diversos eventos do município também contaram com o apoio e articulação do deputado: o Arraiá das Margaridas, a Missa do Vaqueiro, o Aniversário do Clube de Futebol América do Riacho do Gado e a Missa do Poeta.
A prefeita da cidade de Floresta, Rorró Maniçoba (PSB), foi protagonista de um grande mico ontem (10), na Assembleia da Amupe. Após o governador Paulo Câmara anunciar o repasse de R$ 222 milhões na área de saúde para todos os municípios pernambucanos, a gestora cobrou o repasse do FEM do seu município. Mas, segundo o blogueiro […]
A prefeita da cidade de Floresta, Rorró Maniçoba (PSB), foi protagonista de um grande mico ontem (10), na Assembleia da Amupe.
Após o governador Paulo Câmara anunciar o repasse de R$ 222 milhões na área de saúde para todos os municípios pernambucanos, a gestora cobrou o repasse do FEM do seu município.
Mas, segundo o blogueiro Júnior Finfa em sua coluna de hoje, o Governo do Estado já efetuou todo o quantitativo que o município de Floresta tinha direto. “A prefeita Rorró não acompanha os repasses que chegam aos cofres da Prefeitura?” – pergunta o blogueiro.
Por André Luis Euclides da Cunha foi cirúrgico na obra “Os Sertões”, publicada em 1902, quando escreve uma das frases mais celebres da literatura brasileira: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Assim definiu Cunha e assim o sertanejo é – principalmente os naturais de Afogados da Ingazeira, Sertão de Pernambuco. Explico em duas […]
Euclides da Cunha foi cirúrgico na obra “Os Sertões”, publicada em 1902, quando escreve uma das frases mais celebres da literatura brasileira: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Assim definiu Cunha e assim o sertanejo é – principalmente os naturais de Afogados da Ingazeira, Sertão de Pernambuco. Explico em duas histórias.
No sábado, 5 de março de 2022, o ultraciclista Cláudio Kennedy, chegou em Afogados da Ingazeira após completar o desafio do circuito SertAmérica, pedalando por nove países da América Latina.
Cláudio saiu de Afogados da Ingazeira em 26 de setembro de 2021 e enfrentou uma jornada cheia de desafios.
Na jornada de cinco meses ele passou por diversos estados brasileiros e vários países, como Bolívia, Argentina e Peru. Foram quase 15 mil quilômetros em pouco mais de cinco meses.
Em 2018, Cláudio já havia encarado o trecho de Afogados da Ingazeira a Aparecida, São Paulo, para pagar uma promessa. Foram 2.310 quilômetros até a cidade turístico-religiosa.
Agora, apresento outro sertanejo, que assim como Kennedy, merece todo o respeito e admiração. Handson Matheus, um jovem de 23 anos resolveu embarcar em uma aventura cheia de desafios, histórias e perigos.
Em fevereiro de 2021, Handson resolveu vender todas as suas coisas e saiu de Afogados para uma viagem sem data de volta, sem a menor intenção sobre qual direção seguir.
“Não havia também um destino definido, mas o objetivo de cruzar alguma das fronteiras sempre esteve em mente”, revelou Handson quando pedi para ele me explicar a sua história.
Ele explica que durante a viagem nunca pagou hospedagem. “Estive sempre em contato com donos de pousadas e hostels – também conhecido como albergue, é uma acomodação com um custo mais baixo que as opções tradicionais -, em busca de trocar a minha força de trabalho por um quarto. Sempre deu certo, mas já dormi várias vezes na rua”, contou.
Ele também conta que não havia guardado dinheiro para a viagem, tendo saído de casa com pouco mais de R$100,00. “Sobrevivi todo esse tempo com o mínimo possível, buscando sempre soluções que custeassem tudo”.
“Foram meses vendendo balas nas ruas, brigadeiros e, principalmente, fazendo malabarismo no sinal — habilidade que adquiri com dois argentinos malabaristas que conheci em Fortaleza”, revela.
Ele conta ainda que depois de ter viajado mais de 5.000 quilômetros, por todo o litoral do nordeste e sudeste, durante o período de 10 meses, ter sofrido um acidente, passado por perrengues na estrada e até recebido a visita de uma onça, decidiu deixar a moto na casa da mãe em São Paulo, quando esteve cruzando o estado.
“Coloquei o que julguei essencial dentro de uma mochila, coloquei ela nas costas e parti para a próxima capital, Curitiba. Daí em diante, desci todo o Brasil até o Chuy, divisa com o Uruguai, tendo então cumprido o objetivo final que minha expedição teve desde o início”.
Mas Handson não estava satisfeito. Seu espirito jovem e inquieto, sedento por experiências insólitas o fez tomar uma decisão mais desafiadora.
“Restavam apenas três semanas para completar um ano desde que eu havia saído de casa, até que decidi subir tudo de novo até Afogados da Ingazeira, mas com uma regra: apenas de carona e dormindo na barraca”, contou Handson.
Próximo de terminar a jornada, o jovem tomou outra decisão: “se eu tô vindo do Chuí, porquê não ir até o Oiapoque?”, pois é! E assim, nosso aventureiro seguiu em direção ao norte do país.
“Tomei essa decisão já próximo de terminar a viagem. Só que antes de terminá-la, eu percebi que não estava completa. Extremo Sul ao extremo Norte só de carona”.
Nessa ida para o norte, Handson pegou o que considero a carona mais inusitada de sua jornada. Foi para Macapá em um navio cargueiro cortando o Rio Amazonas. Lógico que não foi fácil – antes pagou a carona trabalhando durante dois dias inteiros carregando o navio.
No último contato que tive com o nosso aventureiro, na manhã deste domingo (13), ele estava em Tartarugalzinho, no Amapá, a 300 quilômetros do Oiapoque. “Fiquei encalhado aqui e só tem essa estrada no estado, infelizmente ela é pouco movimentada”, informou.
“Eu brinco que deixei as razões para mais tarde. Nunca procurei um sentido porque nunca achei que eu realmente precisasse de um para fazer isso. No mais, eu sentia uma necessidade muito grande de me provar, de chegar aos meus limites. Gosto da ideia de olhar nos olhos do mundo, rolar os dados e ver no que dá”, respondeu Handson quando o questionei sobre as razões que o levaram a encarar tamanha aventura.
A história será contada mais tarde em um livro que Handson escreve após ter recebido pedidos de amigos e pessoas com as quais fez amizade pela estrada.
“Desde que saí do Uruguai com destino a Afogados da Ingazeira, escrevo uma média de 1.000 a 2.000 palavras por dia, contando os relatos que coleciono durante os meus pesados cotidianos. Serão provavelmente quase 10.672 quilômetros dormindo na rua, fazendo longas caminhadas e procurando caronas, além de ter que reservar tempo e uma tomada para escrever tudo detalhadamente”, revelou. Siga Handson no Instagram e acompanhe a sua jornada clicando aqui.
Agora me diga, Euclides da Cunha tinha, ou não razão, quando definiu em sua maior obra literária que “o Sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Eu acredito que sim. O sertanejo é mesmo um forte.
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