O quadro eleitoral em cidades médias de Pernambuco
Em Serra Talhada, no sertão do Pajeú, o atual prefeito Luciano Duque, bem-avaliado fez a opção pela sua secretária de Saúde, Márcia Conrado.
Blog do Edmar Lyra
As eleições municipais deste ano já estão na pauta da classe política, e com algumas mudanças em relação ao pleito de 2016, a expectativa recai sobre como se comportará o eleitor nas disputas em outubro. Diante deste cenário, decidimos avaliar algumas cidades em que prefeitos tentarão a reeleição ou almejam emplacar o sucessor em diversas regiões do estado.
Na cidade de Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, o prefeito Aglaílson Junior (PSB) tentará a reeleição. Com um volume significativo de obras, o gestor chega muito fortalecido para a disputa, e ainda pesa a seu favor a indefinição na oposição liderada pelo ex-prefeito Elias Lira, uma vez que até o presente momento não se sabe se o grupo apresentará o ex-prefeito, o candidato na eleição passada, Paulo Roberto, ou o deputado Joaquim Lira. A indefinição da oposição mostra que Aglaílson tem todas as condições de vencer a disputa.
Em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, o prefeito Edson Vieira anunciou que lançará o seu vice Dida de Nan como candidato do seu grupo. Já a oposição desponta com o candidato da eleição passada Fernando Aragão, o deputado estadual Diogo Moraes e o empresário Alan Carneiro. Em 2016 a disputa foi acirradíssima obrigando Edson a suar a camisa para se reeleger, o que coloca para o prefeito um desafio para fazer o sucessor. Enquanto o desafio da oposição será encontrar um caminho de entendimento para os candidatos não morrerem abraçados.
Em Serra Talhada, no sertão do Pajeú, o atual prefeito Luciano Duque, bem-avaliado fez a opção pela sua secretária de Saúde, Márcia Conrado. O que se comenta na cidade é que ela tem significativo potencial de crescimento. Na oposição, ainda existe a dúvida sobre quem será o candidato, se o ex-prefeito Carlos Evandro, cuja condição jurídica de disputa é uma incógnita, ou o candidato do grupo na eleição passada, o jovem Victor Oliveira, neto do ex-deputado Inocêncio Oliveira. Qualquer que seja o candidato apresentado pelo grupo, o jogo contra a candidata de Duque será páreo duro.
Por fim, o cenário de Petrolina, que fica no sertão do São Francisco, está colocado com o prefeito Miguel Coelho, que tentará a reeleição, o presidente do IPA, Odacy Amorim, o deputado estadual Lucas Ramos e o ex-prefeito Julio Lossio. Miguel tem boa avaliação e um volume de obras para apresentar à população, mas o risco recai sobre a possibilidade de segundo turno pela primeira vez na história da cidade.
Se reeleito, Miguel terá seu nome efetivamente colocado para disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2022. Lucas Ramos, por sua vez, não teria absolutamente nada a perder tentando a prefeitura, pois ainda que não seja eleito, ficará como o principal antagonista do grupo de Miguel para tentar a eleição de deputado federal em 2022 com grandes chances de vitória. Enquanto Odacy Amorim e Julio Lossio, ambos ex-prefeitos e sem mandato, só têm a opção de ganhar, sob pena de ficarem fragilizados para o futuro em caso de derrota.