No Pajeú, padre processou ex-comerciante bolsonarista por calúnia e difamação
Um caso de calúnia e difamação contra um sacerdote católico no Pajeú chegou ao conhecimento do blog.
Segundo informações a que a página teve acesso, as posições do padre em defesa de minorias e alinhado às posições da Diocese de Afogados da Ingazeira, CNBB e até do Papa Francisco em defesa dos mais pobres, contra o negacionismo e políticas que atendam mais ao mercado que aos menos favorecidos irritaram um ex-comerciante bolsonarista de Afogados da Ingazeira.
Em um áudio gravado em uma rede social, ele atacou a igreja, líderes católicos e o sacerdote, que o blog prefere preservar.
“Eu não vou mais seguir religião católica. Porque não posso concordar com o que os católicos fizeram. Não posso concordar com o bispo, com o padre que apoiam um cara que disse que tava com Satanás no corpo, a favor do aborto, da ideologia de gênero, da liberação das drogas”, disse, fazendo referência a mantras usados contra o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Tanto Diocese quanto sacerdotes alinhados à sua posição na defesa de bandeiras do catolicismo fizeram críticas à políticas adotadas pelo atual governo, mas sem referência ou defesa de candidatos. Vários documentos foram apresentados pela própria CNBB sobre a defesa de políticas públicas, e não políticos.
Acusou o sacerdote de ser a favor de “safadezas na igreja católica”, fazendo referência ao fato de que, com apoio, o país irá virar uma Venezuela e ser comunista. “Vamos pagar por todos os católicos que votam em Lula. Se preparem pro pior”.
E segue: “esse padre é bandido, um comunista de mão cheia, um falso profeta. E nós católicos não merecemos o respeito de nossa senhora Aparecida. Se o presidente eleito diz que está com Satanás no corpo o Brasil vai ser governado por Satanás . Vamos pagar junto com esses miseráveis que votaram nele”.
O caso gerou revolta entre cristãos católicos. O sacerdote prestou um Boletim de Ocorrência e entrou com ação por calúnia e difamação nas esferas cível e criminal. Autoridades como o promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto tem demostrado indignação e hipotecado apoio.