“Minimizamos os efeitos da crise”, diz Dilma sobre ‘marolinha’ de Lula
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) admitiu, em sabatina realizada nesta segunda-feira (28) no Palácio Alvorada, em Brasília, que o governo federal minimizou o impacto da crise financeira internacional, iniciada em 2008, sobre a economia brasileira.
A sabatina é realizada pelo UOL, “Folha de S. Paulo”, SBT e rádio Jovem Pan” A afirmação de Dilma foi feita em resposta a uma pergunta do jornalista Josias de Souza, blogueiro do UOL, que a questionou sobre a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita em 2009, na qual o padrinho político de Dilma disse que a crise global teria o efeito de uma “marolinha” no Brasil.
“Todos nós erramos porque a gente não tinha ideia do grau de descontrole que o sistema financeiro internacional tinha atingido”, afirmou Dilma. “Nós minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira”, disse.
Antes, a presidente responsabilizou a crise internacional pelo baixo crescimento da economia durante a sua gestão. Na avaliação de Dilma, o impacto da crise foi sentido pelos países emergentes, como Brasil, Índia e, posteriormente, a China. A presidente afirmou que os países desenvolvidos já se recuperaram da crise e que o mesmo deve ocorrer com os emergentes nos próximos anos.
Ministério
Indagada sobre se irá trocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se for reeleita, a presidente tergiversou e cutucou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao relembrar o episódio das eleições municipais de 1985, quando FHC foi fotografado pela revista “Veja” na cadeira de prefeito.
“Estamos em plena campanha eleitoral. Não é bem a hora de a gente discutir ministério. A última vez que botaram o carro na frente dos bois, o que aconteceu? Sentaram na cadeira do prefeito antes das eleições”, afirmou.