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Filho de ex-deputado morto nega ter feito pagamento para Eduardo Cunha

Por Nill Júnior

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O economista Felipe Diniz, filho do deputado falecido Fernando Diniz, ex-líder do PMDB na Câmara, negou em depoimento no último dia 20 à Procuradoria Geral da República ter mandado fazer um depósito de 1,3 milhão de francos suíços (US$ 1,3 milhão) em uma conta na Suíça da qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é beneficiário.

A informação sobre esse depósito, feito por meio de cinco transferências, foi dada ao Ministério Público Federal em depoimento de João Augusto Henriques, lobista supostamente ligado ao PMDB – o partido nega.

Henriques disse que não sabia quem era o destinatário do dinheiro e que fez o depósito a mando de Felipe Diniz. Segundo Henrique, o economista teria fornecido a ele as informações da conta, em um banco suíço.

No depoimento, Diniz afirmou que “nunca” indicou para João Henriques número de conta de Eduardo Cunha, “muito menos na Suíça”.

Nesta terça-feira (10), na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha afirmou que não comentaria o teor do depoimento de Felipe Diniz. “Não estou preocupado com isso”, declarou.

Em entrevista ao G1 e à TV Globo na última sexta (6), Cunha disse não saber qual é a origem do depósito, mas supunha tratar-se do pagamento de um empréstimo que fez ao ex-deputado Fernando Diniz, morto em 2009 e pai de Felipe Diniz. Ele afirmou que, após a morte do ex-deputado, resolveu não cobrar a dívida e que só soube do depósito um ano depois de o dinheiro aparecer na conta.

“No início ou meio de 2012, o truste [administrador da conta] deve ter me apresentado um balanço e eu fiquei sabendo dos recursos (US$ 1,3 mi). Eu não reconheci o valor. Eu só passei a supor que se tratava do pagamento pelo empréstimo com o depoimento do João Henriques. É uma suposição que o valor é referente ao Fernando Diniz. Eu dei a ele [Fernando Diniz] cerca de US$ 1 milhão e disse que, quando ele pudesse, que me pagasse, mas que teria que informar o truste. Ele sabia como funcionava. Quando ele morreu, eu entendi que a dívida estava extinta. O Felipe Diniz negou, no depoimento ao Ministério Público, que tenha depositado os valores. Eu tive acesso ao depoimento”, disse Cunha na entrevista.

Investigadores da Operação Lava Jato suspeitam que o dinheiro depositado na conta da qual Cunha é benefíciário é oriundo de corrupção, supostamente desviado de um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo em Benin, na África.

Eduardo Cunha afirmou que não conversou com Felipe Diniz sobre o depósito, por temer que isso fosse entendido pelo Ministério Público como uma tentativa de forjar uma versão.

Outras Notícias

Armando comemora nome na lista dos melhores do Congresso, de Veja

Pelo segundo ano consecutivo o senador Armando Monteiro é apontado pela Revista Veja como um dos melhores parlamentares do Brasil. Único senador do Congresso Nacional a receber a nota 10 por seu mandato em 2013, Armando surge novamente este ano como o parlamentar de destaque na pesquisa “O Ranking do Progresso”, realizado pela Revista Veja […]

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Pelo segundo ano consecutivo o senador Armando Monteiro é apontado pela Revista Veja como um dos melhores parlamentares do Brasil. Único senador do Congresso Nacional a receber a nota 10 por seu mandato em 2013, Armando surge novamente este ano como o parlamentar de destaque na pesquisa “O Ranking do Progresso”, realizado pela Revista Veja em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Em 2014, Armando figura como o terceiro melhor senador do País, com a pontuação de 9,32. O primeiro parlamentar na colocação é o senador por Sergipe, Eduardo Amorim (PSC), que alcançou a nota máxima (10) e o segundo lugar ficou com o senador pelo Rio de Janeiro, Lindbergh Farias (PT), que obteve 9,53.

Na publicação especial de final de ano, que chega às bancas esta semana, a Revista Veja explica que os critérios para a elaboração do Ranking do Progresso levam em conta as ações de parlamentares que contribuem para um país mais moderno e competitivo. São considerados eixos fundamentais a atuação em prol de uma carga tributária menor, mais infraestrutura, melhor gestão do gasto público, educação e combate à corrupção, entre outros pontos.

Ministério e balanço do mandato – O reconhecimento pela qualidade do mandato de Armando Monteiro surge poucos dias antes dele assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no segundo governo da presidente Dilma Rousseff.

Armando tem destacado que o MDIC será “ponta de lança” do processo de reativação da atividade econômica, com medidas que darão maior competitividade às empresas.

Ele defende que a retomada do crescimento econômico deve ter por base a indústria, por se caracterizar como setor que gera inovação tecnológica e emprego de qualidade.

Em recente pronunciamento no Senado, Armando fez um balanço de sua atuação parlamentar. Membro titular das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE), ele destacou que, na CCJ, relatou e ajudou a aprovar o Código de Direitos e Garantias do Contribuinte, agora em tramitação na CAE, que amplia os direitos e garantias do contribuinte e dá maior equilíbrio à relação entre o contribuinte e o Fisco.

Na CAE, entre outras iniciativas, foi relator da medida provisória que reduziu de 11% para 5% a contribuição previdenciária do microempreendedor individual e do projeto de lei complementar que limitou a cobrança integral e antecipada do ICMS das micro e pequenas empresas. A lei está em vigor desde agosto. Monteiro participou ativamente, também, da aprovação dos projetos que ampliaram os limites e universalizaram, incluindo mais 142 setores, o Simples Nacional.

Além de constar novamente no “Ranking do Progresso da Revista Veja, os mandatos de Armando Monteiro, seja como deputado federal, e como senador, também mereceram o reconhecimento do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), instituição mantida por mais de mil sindicatos de trabalhadores de todo o Brasil. Armando já integra há quatorze anos seguidos a lista dos parlamentares que estão entre os “100 Cabeças do Congresso Nacional”.

Serra, Afogados e Arcoverde recebem projeto itinerante do MPPE

Ouvir as demandas do Ministério Público de Pernambuco in loco é uma das motivações do projeto Gabinete Itinerante, projeto que começa a funcionar no dia 17 de março. A ideia do procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, é percorrer o Estado, do Litoral ao Sertão, para identificar os problemas por que passam os promotores e […]

Ouvir as demandas do Ministério Público de Pernambuco in loco é uma das motivações do projeto Gabinete Itinerante, projeto que começa a funcionar no dia 17 de março.

A ideia do procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, é percorrer o Estado, do Litoral ao Sertão, para identificar os problemas por que passam os promotores e servidores de 16 municípios pernambucanos, incluindo a Capital.

O início do projeto ocorrerá em Petrolina, no Sertão do São Francisco, e a previsão é que seja encerrado em 13 de junho, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.

“A itinerância é um dos três pilares do que estamos implantando no MPPE, junto com a virtualidade e a agilidade. Nós vamos até as Circunscrições para saber o que está ocorrendo e o que poderemos fazer para solucionar os problemas”, avalia Francisco Dirceu. “Vamos receber as demandas dos colegas, dando o imediato encaminhamento, além de termos a oportunidade de colher ideias e transmitir informações importantes para a região”, ressaltou o procurador-geral de Justiça.

Estão marcadas ainda para este mês visitas do Gabinete Itinerante a Serra Talhada, no Sertão do Pajeú (dia 22), e Salgueiro, no Sertão Central (dia 23), além de Petrolina, cuja convocação aos promotores foi publicada no Diário Oficial dessa terça-feira (14).

Já em abril, a programação inclui Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú (dia 11), e Arcoverde, no Sertão do Moxotó (dia 12).

Com estiagem, prefeitura de Itapetim prioriza limpeza de açudes para volta da chuva

A Prefeitura de Itapetim, através da Diretoria de Agricultura, concluiu a limpeza e ampliação de um açude de grande porte na propriedade de Zé de Nega, no Sítio Baixas. Com a estiagem que castiga o município, resta ao executivo o trabalho de limpeza desses reservatórios aguardando a volta da chuva. De acordo com o prefeito […]

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A Prefeitura de Itapetim, através da Diretoria de Agricultura, concluiu a limpeza e ampliação de um açude de grande porte na propriedade de Zé de Nega, no Sítio Baixas. Com a estiagem que castiga o município, resta ao executivo o trabalho de limpeza desses reservatórios aguardando a volta da chuva.

De acordo com o prefeito Arquimedes Machado, a intervenção era um sonho antigo da comunidade.  Ainda segundo ele, a intenção agora é construir um sistema de abastecimento para quando o reservatório estiver cheio levar água encanada a dezenas de famílias do Sítio Baixas e do Sítio Cupira.

Prioridade da Administração Municipal em virtude da estiagem, a ideia é construir e restaurar o maior número de reservatórios até o retorno das chuvas para garantir água armazenada por um período de tempo maior, evitando transtornos provocados por estiagens futuras. Itapetim é uma das cidades mais castigadas com a seca.

Solidão: Prefeitura dá calote em servidores

Professores da rede municipal em Solidão vão ter um natal magro: isso porque até agora a Prefeitura não honrou o mês de dezembro nem décimo terceiro salário dos servidores da educação. No caso dos contratados, o atraso é ainda maior. Desde outubro afirmam não ver a cor do dinheiro. Como todos estão de férias, não […]

A prefeita Cida Oliveira: presente de grego para professores
A prefeita Cida Oliveira: presente de grego para professores

Professores da rede municipal em Solidão vão ter um natal magro: isso porque até agora a Prefeitura não honrou o mês de dezembro nem décimo terceiro salário dos servidores da educação.

No caso dos contratados, o atraso é ainda maior. Desde outubro afirmam não ver a cor do dinheiro. Como todos estão de férias, não tem como pressionar a gestora Cida Oliveira.

No segundo semestre, já haviam sinalizado cruzar os braços caso a Prefeitura não honrasse os salários, o que evitou um atraso maior. Mas tão logo entraram de férias ganharam este presente de natal da gestão.

Servidores e aposentados também estão sem ver a cor do décimo terceiro.

Deltan e Lava Jato usaram Vem Pra Rua e instituto Mude como lobistas para pressionar STF e governo, diz The Intercept

A reportagem de hoje da #VazaJato mostra como o procurador Deltan Dallagnol usou dois grupos políticos como porta-vozes de causas políticas pessoais dele e da operação. Novos diálogos das mensagens secretas da Lava Jato revelam que Dallagnol pauta atos públicos, publicações em redes sociais e manifestações dos movimentos de forma oculta, tomando cuidado para não ser vinculado publicamente a […]

A reportagem de hoje da #VazaJato mostra como o procurador Deltan Dallagnol usou dois grupos políticos como porta-vozes de causas políticas pessoais dele e da operação. Novos diálogos das mensagens secretas da Lava Jato revelam que Dallagnol pauta atos públicos, publicações em redes sociais e manifestações dos movimentos de forma oculta, tomando cuidado para não ser vinculado publicamente a eles.

O procurador aciona integrantes do Vem pra Rua e do instituto Mude para que sirvam como laranjas em diversas ocasiões. Em uma delas, busca interferir na escolha do ministro do STF que substituiria Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato na Suprema Corte. 

Os diálogos mostram uma conversa entre Patrícia Fehrmann, do Mude, e Dallagnol em que o procurador recomenda: “seria bom se os movimentos replicassem o post do Luis Flavio Gomes”. Diz a reportagem de Rafael Neves e Rafael Moro:

A publicação atacava Mendes, Lewandowski e Toffoli e afirmava que “comprovar-se-á que o diabo também pode vestir toga” se a relatoria da Lava Jato caísse com um dos três. Dallagnol instruiu Fehrmann a procurar o Vem Pra Rua para reproduzir a mensagem, mas pediu anonimato na sugestão: “só não me citem como origem, para evitar melindrar STF”.

A matéria descreve outras situações em que o procurador age por debaixo dos panos e pede para seus interlocutores serem discretos. Ao dizer ao Mude quem gostaria que assumisse a PGR, ele recomenda que atuem “sem mencionar minha sugestão”. Ao pedir para que uma procuradora apoie um abaixo-assinado a favor da prisão em segunda instância, propõe: “Se Vc topar, vou te pedir pra ser laranja em outra coisa que estou articulando kkkk”.

Veja reportagem completa