Estrada de Ibitiranga: comunidade teme calote de empresa responsável pelas obras
Dívida da empresa gira em torno dos R$ 400 mil
Por André Luis
Após denúncias à Rádio Pajeú de que a empresa Construpav, responsável pela obra da estrada de Ibitiranga, está deixando de pagar trabalhadores, pessoas da engenharia e comércio local, nesta quarta-feira (23), o repórter da Rádio Pajeú Marcony Pereira foi até o local saber qual a real situação da obra.
O que o repórter apurou foi que as obras estão lentas, com apenas duas máquinas trabalhando na manhã desta quarta-feira no trecho mais próximo de Afogados da Ingazeira. “Em Ibitiranga está tudo parado”, relatou.
Além da lentidão da obra, Marcony apurou que o sentimento é de medo. “Não conseguimos gravar com ninguém, temem represálias, mas ao saberem da presença da reportagem, as pessoas me rodearam e listaram uma série de problemas que estão enfrentando”, contou o repórter.
Segundo os relatos colhidos pela reportagem a dívida está em torno de R$ 400 mil. Entre despesas com o comércio local, locação de casas e de máquinas – visto que segundo relatos a Construprev está locando todos os equipamentos. Outros relatos dão conta de que a obra para constantemente por falta de combustível.
“As pessoas me relataram que nesta terça-feira (22), três pedreiros foram despedidos após cobrarem os salários atrasados. Outro engenheiro já foi embora. Uma reunião hoje ficou decidido que os pipas também vão parar de funcionar; a empresa que loca os contêineres também vai tirá-los”, relatou.
A comunidade de Ibitiranga cobra providências das autoridades envolvidas para que os problemas sejam resolvidos.
As pessoas relataram ao repórter, ainda, que, a dívida no comércio já se estica desde dezembro. “Ouvi muitas pessoas, mas não quiseram gravar, pois, foram ameaçados de demissão. Já os comerciantes não falam por medo de aí sim, não receberem de jeito nenhum.
A ESSE Engenharia, ganhadora da licitação junto ao Estado, com experiência em obras dessa natureza, ao que parece não está dando conta dos compromissos assumidos, com obras em outras regiões, e tem recorrido à sublocação.
Tecnicamente, a operação não é ilegal, mas pode comprometer a qualidade de uma obra tão sonhada pela população do Pajeú. A construtora contratada é de Goiás, e tem deixado péssima impressão junto a trabalhadores e comunidade.