Escolha de sucessor de Cunha divide base de Temer na Câmara
A disputa pela sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara já dividiu a base de apoio do presidente interino, Michel Temer, na Casa.
Partidos que se alinharam ao Planalto após o afastamento de Dilma Rousseff não conseguem se entender nem sequer sobre a data em que deve ser realizada a nova eleição para o comando da Casa.
O chamado “centrão”, grupo que congrega partidos pequenos e médios, como PP, PSD e PSC, trabalha para que a escolha do novo presidente ocorra o mais rápido possível, na terça-feira (12). Para isso, conta com o apoio da cúpula do PMDB.
Apesar do discurso oficial de que não vai se envolver na disputa pelo comando da Câmara, o governo Michel Temer age para emplacar um nome da confiança da gestão interina.
A avaliação no Planalto é que Temer não pode “correr riscos” neste processo, pois um parlamentar hostil ao Executivo no cargo pode comprometer a aprovação de projetos fundamentais para a recuperação da economia.
A eleição do deputado que assumirá um mandato-tampão na presidência da Câmara – até fevereiro de 2017 – deve ocorrer na próxima semana.
O Palácio do Planalto avalia que precisa de um “perfil confiável” no cargo porque depende de estabilidade política para aprovar projetos como o teto para aumento de gastos públicos.