Coluna do Domingão
Viva o rádio!
O auditório da FASP, Faculdade do Sertão do Pajeú, em Afogados da Ingazeira, recebeu o primeiro Encontro Setorial ASSERPE de 2024.
Radiodifusores de várias regiões do Estado, com foco no Sertão, estiveram por toda manhã debatendo temas importantes para o meio.
Em minha abertura, como presidente da ASSERPE, destaquei o protagonismo que o rádio e a TV seguem exercendo no país. Também da sua transformação com a presença nas multiplataformas e com os conteúdos digitais. Ainda a realização este ano do Fala Norte Nordeste, de 27 a 29 de novembro, em Recife, Pernambuco.
O primeiro painel teve como tema Radiodifusão e Legislação Eleitoral, com os advogados Jonas Cassiano e Tassiana Bezerra. Eles falaram sobre os prazos e calendário da justiça eleitoral, além dos cuidados que as emissoras, comunicadores e jornalistas devem ter neste período. Direito de resposta, tratamento isonômico, equilíbrio editorial estiveram entre os temas.
O segundo painel teve como tema “Radiodifusão e Redes Sociais: já dá pra monetizar?”
O debate foi conduzido de modo híbrido, com participação de Fernanda Musardo, Especialista em MidiasSociais e Negócios na Internet e Cristiano Stuani, Consultor de Artístico, digital e inteligência artificial para emissoras de rádio. Em suma, houve a confirmação de que as emissoras devem evitar oferecer para o mercado posts e espaços nas redes como bonificação. Também que deve haver maior profissionalização dos conteúdos, investindo em equipamentos e capital humano. E que já há excelentes exemplos de monetização nas redes para o meio rádio mesmo em centros com menor densidade populacional.
No evento, houve homenagens aos radiodifusores serra-talhadenses Ademir Martins e Agnaldo Silva pelos 40 anos a serviço da comunicação na região.
Ao final, uma visita ao Museu do Rádio, único museu dedicado ao meio em atividade no Estado, mantido pela Rádio Pajeú, no Bairro São Francisco.
O rádio me move e me comove. Eu não seria nada sem ele. O Brasil também não. Prova disso é que a pesquisa Kantar Ibope mais recente mostra que pelo menos oito em cada dez brasileiros escuta rádio com frequência, com média de quatro horas diárias.
Como disse, há um erro ao querer estabelecer uma competição entre o meio e as redes sociais. Cada um tem sem papel, mas com uma diferença: o rádio agrega valor às redes, sem fake news, dando identidade e qualidade a essas plataformas.
Se a própria Meta, mantendora de Instagram e Facebook anuncia no rádio, estão provadas minhas certezas. O rádio segue sendo conjugado nos três tempos: é passado, presente e futuro. A diferença é que, assim como foi a chegada da Internet, vive um realinhamento ao novo, chamando pra si como grande camaleão da comunicação a responsabilidade de se reinventar de novo, e de novo, e de novo.
Não sei se deu pra perceber, mas eu amo o rádio!
Encruzilhada
A revelação de Luciano Duque ao Farol de Notícias, de que sua candidatura depende de Marília Arraes, é fácil de explicar: ele só cogita ser candidato pelo Solidariedade, já que assim não precisará abandonar seu mandato estadual.
Sem plano B
Se deixasse o partido para disputar pelo Podemos, por exemplo, o Solidariedade reinvindicaria seu mandato. O STF tem entendimento de que o mandato pertence à legenda. O caminho é convencer e desarmar Marília.
O “pelo menos”
Por outro lado, se Luciano tiver a legenda negada e não puder disputar contra Márcia Conrado, vai ao menos usar o argumento de que a atual prefeita maquinou para tirá-lo da disputa “por medo da derrota”. Terá mero efeito moral.
Fato novo
Em Tabira, a novidade pode ser o alinhamento do presidente da Câmara de Tabira, Valdemir Filho, com o neurologista Gilson Brito. Na sua rede social, Valdemir postou uma foto ao lado de Gilson com a frase “Eles vem aí 2024!” Assim, vão endoidecer Dinca…
Sinuca
Em Arcoverde, Madalena Britto tem um desafio enorme, diante dos fatos e evidências: descolar da imagem e de sua responsabilidade na eleição de Wellington Maciel. O problema dois: se LW de fato for candidato à reeleição, tira votos da base natural de Madalena, seja qual for sua votação. Aí Zeca Cavalcanti agradece…
Onde tem definição
Tem eleição desenhada e definida em Afogados da Ingazeira (Sandrinho x Danilo), Carnaíba (Berg x Ilma), Sertânia (Rita x Pollyanna), Brejinho (Gilson x Túlio), Santa Cruz da Baixa Verde (Irlando x Zé Bezerra) e Santa Terezinha (Delson x Neguinho de Danda).
Mais ou menos definido
Em Triunfo, não é certo dizer quem entre Luciano Bonfim e João Batista enfrentará Eduardo Melo. Em Solidão, Maycon da Farmácia ainda não sabe quem enfrentará. Itapetim ainda não sabe o candidato de Adelmo contra Anderson e talvez, Jordânia Siqueira. Em Serra Talhada, Márcia Conrado pode enfrentar Luciano, Miguel ou Ronaldo. A oposição ainda não tem nome contra Luciano Torres em Ingazeira.
Caminhos da Quixaba
Em Quixaba, não será novidade se o prefeito e candidato a reeleição Zé Pretinho enfrentar o atual presidente da Câmara, Neudiran Rodrigues. Ele pediu desfiliação do partido do gestor. Os rumores são de que irá para o PSB e poderá compor a chapa com o médico Jailson Paixão.
Recado direto
Em Tuparetama, aumentaram os rumores de um clima pior entre Sávio Torres e Diógenes Patriota. Declarações dos filhos de Sávio, Marcílio e Vinicius Torres, alimentaram mais dúvidas sobre a possibilidade do prefeito apoiar o vice. “Tem muito vagão querendo ser locomotiva, mas sozinho não vai a lugar nenhum”, disse Vinicius.
Balaio de gato
Os processos mais confusos no Pajeú são os de São José do Egito (sem nome definido para unir governo nem oposição); Tabira, onde tem fato novo com Valdemir Filho se opondo ao projeto Nicinha e Flávio Marques querendo se viabilizar juridicamente. E Iguaracy, onde Zeinha não anunciou o candidato que todos dizem ser Marquinhos e a oposição aguarda Albérico. Será que ele vai?
Frase da semana:
“Só não serei candidato se ela não me der o direito”.
Do Deputado Estadual Luciano Duque, do Solidariedade, no fato novo da corrida em Serra Talhada, colocando seu futuro nas mãos de Marília Arraes.