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Coluna do Domingão

Publicado em Notícias por em 10 de maio de 2020

Notícia tem tamanho

Se a imprensa no país sofre duros golpes e a tentativa de ataques à sua credibilidade, é certo dizer que, garantias constitucionais a parte,  em alguns momentos ela dá mote para ser vidraça.

Essa semana vimos o embaraço de parte do meio ao lidar com a notícia da semana: a operação da PF que buscou documentos em imóveis funcionais do Deputado Sebastião Oliveira,  líder da oposição na Capital do Xaxado.

A informação ganhou manchetes dos principais portais e TVs do país, do UOL ao Jornal Nacional.  Mas em alguns momentos era nítida a preocupação de passar rápido pela notícia,  dar a manchete genérica, sem falar nos investigados, desconversar,  pular, minimizar. Era perceptível o desconforto de alguns por conta da relação com o parlamentar.

Mas notícia tem tamanho, forma e conteúdo compatíveis com o impacto natural. Não pode ser menor ou maior. Não que seja fácil, mas é necessário obedecer esse critério.

Da mesma forma, explorar o episódio alardeando a cada minuto o nome do parlamentar,  colocando-o como condenado sem direito ao contraditório,  como também aconteceu,  é deliberadamente conduta anti ética.

Oliveira ainda vai se pronunciar, tem direito ao contraditório e há de se aguardar os rumos da investigação. Nem absolver nem condenar. Noticiar, com o tamanho que o fato exige.

Infelizmente,  esse tipo de relação contamina a relação com outros entes. Vemos isso com governos estaduais, prefeituras, por exemplo.

Não é crime para veículos de imprensa estabelecer parcerias para divulgação de informações institucionais, atendendo ao princípio da publicidade dos atos.  Isso só não pode ser maior que o dever de informar. A pressão de parte dos gestores e auxiliares para interferir na linha editorial dos veículos é enorme.  Resistir é obrigação do meio.

Mas a impressão é que parcerias viram decretos: “fica decretado que a partir desse ato que é proibido trazer qualquer informação que divirja da gestão. E revogam-se as disposições em contrário”. Esse ambiente é péssimo e pressiona quem tenta atender também à sociedade, divulgar as informações de órgãos de controle,  não perder o direito de também confrontar,  divergir,  questionar.

Aqui não trata-se de falar sob o manto do puritanismo. Ele não existe no jornalismo, na política, na vida. Mas é nos fazendo respeitar que vamos ser cada vez mais fortes.

Na polêmica pressão do governo Nixon sobre o Washington Post,  que descobriu documentos que provaram graves mentiras sobre a Guerra do Vietnã,  pressionada, Kat Graham, dona do jornal, com o peso da pressão daquele império nos ombros, afirmou:

“A imprensa deve servir os governados, não os governantes.”

Tá sub?

Um profissional médico que atua no Hospital Regional Emília Câmara tem preocupação com a possível subnotificação de casos em Afogados.  Ele diz que os testes rápidos, que já não são tão confiáveis, são feitos com oito dias dos sintomas.  O ideal é a partir dos 15. “A pessoa pode estar com O vírus circulando pensando que não tem nada”.

Confia em Sebá 

O Avante de Serra Talhada não tem dúvidas de que Sebastião Oliveira provará não ter nenhum envolvimento em desmandos apurados pela operação Outline, da PF. “Todas as dúvidas serão esclarecidas”, garante o presidente Leirson Magalhães. Sebá ainda não se manifestou.

Medo do futuro

O pneumologista tabirense Jandson Beniz viu o futuro.  No Rio, quinze pessoas numa Upa com falta de ar e ele escolheu a quem entregar poucos respiradores, dentre outras imagens que nunca viu na vida. Hoje, se preocupa com o crescimento de suspeitos em 24 horas em São José do Egito. “Se não se cuidarem, posso ver de novo”.

Coisas do Brasil

José Aldenir Rodrigues de Carvalho que, com surto psicótico ameaçou meio mundo em Ingazeira e Afogados, não ficou internado no Hospital Ulisses Pernambucano. O psiquiatra afirmou que ele pode ser controlado com medicamentos.  Nem é normal o suficiente para ficar preso nem louco o suficiente pra ficar internado.

Significa?

O ex-prefeito Totonho Valadares ainda se coloca como pré-candidato, mas sinalizou que pode não ser o cabeça de chapa. “Se o povo não me quiser, o que fazer?” Pra uns, o sinal de que ele teria ciência de que Alessandro Palmeira,  quando identificado como o nome de Patriota, teria vantagem em pesquisa.

Pesquisa prova dos nove

Em reunião com Djalma das Almofadas,  Aristóteles Monteiro e Flávio Marques, Carlos Veras voltou a garantir que uma pesquisa definirá o nome governista. Isso aumenta a esperança dos dois primeiros, que reclamavam que Flávio já era colocado como “O ungido”.

#politicomalexemplo

Bolsonaro ameaçou mas não fez o churrasco.  Pois em São José do Egito, o vereador Albérico Thiago foi acusado de fazer o contrário: não ameaçou e fez a farra, para espanto das autoridades em saúde do município.

Frase da semana: 

A humanidade não para de morrer, sempre houve tortura, Stalin, Hitler, quantas mortes? Não quero arrastar um cemitério nas minhas costas”.

Da Secretária Especial de Cultura, Regina Duarte, minimizando as mortes na ditadura militar no Brasil.

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