Cinzas de Fidel Castro são levadas para cemitério em Santiago de Cuba
G1
As cinzas do líder da revolução cubana, Fidel Castro, foram levadas para o cemitério Santa Efigenia, em Santiago de Cuba, na manhã deste domingo (4). Em uma cerimônia privada, ele será enterrado perto do túmulo de José Marti, filósofo inspirador da revolução que era citado frequentemente nos discursos de Fidel.
Fidel Castro morreu no dia 25 de novembro, aos 90 anos, em Havana, após uma década retirado do poder.
As cinzas de Fidel chegaram a Santiago de Cuba depois de uma caravana que passou por várias províncias do país, percorrendo cerca de mil quilômetros, durante quatro dias. Durante o trajeto, a cena se repetia a cada cidade: as pessoas iam para as ruas para dar adeus a Fidel. Depois do ato que encerrou as homenagens públicas ao líder cubano, um grupo passou a noite na Praça da Revolução em vigília cantando antigas canções revolucionárias.
“Ficamos lembrando tudo o que ele fez pela revolução e pelo nosso povo. Queríamos ficar com ele até o último momento. Ninguém em Cuba vai esquecê-lo. É outro domingo triste”, afirmou Iydi lago Milan, de 47 anos.
O avanço do cortejo fúnebre por Santiago de Cuba foi saudado por milhares de pessoas situadas em ambos os lados das ruas que durante a passagem da urna gritavam “Eu sou Fidel!”.
Antes da cerimônia de sepultamento, Raúl Castro discursou para milhares de pessoas na Praça Antonio Maceo, em Santiago de Cuba.
O número oficial de participantes não foi divulgado, mas a praça ficou muito lotada. A imprensa de todo o mundo acompanhou a cerimônia, que teve a participação de amigos de Fidel, e foi encerrada por um discurso do irmão de Fidel e atual presidente de Cuba, Raúl Castro.
Entre os presentes estavam Lula e Dilma Rousseff, ex-presidentes do Brasil, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, Evo Morales, presidente da Bolívia, e o jogador argentino Diego Maradona.
O enterro dos restos de Fidel no cemitério de Santa Efigenia só será acompanhado por familiares e “personalidades especialmente convidadas” entre os quais acredita-se que estarão os líderes da Venezuela, Nicolás Maduro; e Bolívia, Evo Morales, assim como os ex-governantes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Todos eles participaram do ato que foi realizado na noite de sábado, na Praça da Revolução e ao qual compareceram cerca de meio milhão de pessoas, segundo cálculos da televisão cubana.
O cortejo fúnebre desde a Praça da Revolução Antonio Maceo ao cemitério de Santa Efigenia foi acompanhado pelo ministro das Forças Armadas Revolucionárias, o general Leopoldo Cintra Frias, e os vice-ministros Ramón Espinosa Martín e Joaquín Quinta Solás, também generais.