Centro de Vigilância Animal regional pode ser solução para leishmaniose no Pajeú
O trabalho realizado em Ingazeira por um grupo da UFRPE provocado pela vereadora Deorlanda Carvalho, que também preside a Câmara, para mapear os casos de leishmaniose no município de Ingazeira está apontando pistas para uma ação regional que pode, quem sabe, ajudar a cuidar de um mal negligenciado pela grande maioria das prefeituras.
O trabalho tem a parceria do Governo Municipal através da Secretaria de Saúde, também mostrando interesse pelos resultados da pesquisa. A Secretária Fabiana Torres tem acompanhado e dado suporte ao trabalho.
Em Ingazeira, os números já indicam um percentual importante de cães infectados com a doença, o que garante a presença do mosquito palha, principal vetor da doença, que no Pajeú já causou duas mortes oficiais em São José do Egito e Iguaracy.
O número, sabe-se, é bem maior devido à subnotificação, já que os sintomas da leishmaniose viral se confundem com hepatite medicamentosa ou outras enfermidades. A leishmaniose cutânea, por exemplo, tem sintomas parecidos com o câncer de pele. Tanto que no trabalho em Ingazeira uma reunião discutiu com profissionais de saúde a necessidade de aferir cuidadosamente sintomas para não confundir uma doença com outra.
Em Ingazeira, o trabalho é tocado pelo veterinário e aluno de Mestrado da UFPE Vagner Araújo e pela Residente em doenças parasitárias Vanuza Meireles. Eles alertam que não basta o combate aos cães, mas principalmente ao vetor, o mosquito palha, que transmite a doença do animal para os seres humano.
Uma das boas propostas tiradas foi apresentada pela vereadora ingazeirense, a de uma criação de um Centro de Vigilância Animal regional, com suporte das prefeituras em uma das cidades, com articulação feita através do Cimpajeú.