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Bola dentro: Miguel promete construir clínicas veterinárias públicas para tratar animais de rua

Publicado em Notícias por em 22 de maio de 2022

Essa cadela perambula há meses em Afogados com ferimento aberto no corpo causado por queimadura com água quente. A ONG tentou socorrer, mas não tem recursos para capturar o animal que é arisco. 

Por Juliana Lima

Até o momento, o único pré-candidato a governador a anunciar propostas para a causa animal é Miguel Coelho (UB). Ele disse que pretende implantar pelo menos 12 clínicas veterinárias públicas em todo o estado para acolhimento e tratamento de animais em situação de rua.

Ao falar da sua proposta para a causa, ele cobrou mais atenção do governo estadual à política de saúde animal, apoiando municípios e organizações da sociedade civil. “Está na hora de a gente ter um governador que possa olhar para a defesa animal e não só fazer promessas, mas oferecer ações concretas. Está no nosso Plano de Governo: vamos construir 12 clínicas veterinárias estaduais espalhadas por todo Pernambuco. Podemos fazer um trabalho integrado com as prefeituras e com as ONGs, investindo em castração, em atendimento de urgência e emergência, porque as pessoas querem ajudar, são sensíveis à causa, o problema é que o estado não faz nada”, disse.

Independentemente de quem ganhar as eleições, é fato que o governo estadual precisa assumir a sua parcela de responsabilidade com a saúde animal, que hoje fica nas costas dos municípios e dos movimentos sociais. Em algumas cidades há mais sensibilidade dos gestores, mas em outras essa política é inexistente. As cidades estão lotadas de animais errantes, que se reproduzem livremente e vivem em situação de abandono e maus-tratos.

Na região, são poucas as cidades que mantém equipamentos públicos para tratar animais em situação de rua ou pertencentes às famílias carentes quando estão doentes. Serra Talhada é a única que tem um hospital veterinário público, que apesar das limitações oferece diariamente consultas, procedimentos básicos e castrações, além de cirurgias de emergência.

Esses serviços são inexistentes na maioria das cidades do Pajeú e de todo o estado. Animais doentes, atropelados ou vítimas da maldade humana perambulam pelas ruas sem serem notados pelo poder público, dependendo exclusivamente do trabalho exaustivo das ONGs e dos defensores da causa, que fazem das tripas coração para socorrer, pagar veterinários particulares caríssimos, bancar tratamentos e ainda acolher milhares de animais, uma vez que as cidades não investem em abrigos decentes.

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