Após repercussão, sindicância contra mulher de radialista será arquivada, sinaliza prefeitura
Caso de perseguição a Agente de Saúde com bom histórico profissional foi tratado como perseguição política
O presidente do SINDRACS – Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde, Jota Oliveira, esteve falando nesta terça-feira (29) ao Programa Cidade Alerta, da Rádio Cidade FM de Tabira.
Ele falou sobre a acusação de perseguição política contra a Agente Comunitária de Saúde Karlla Lilian, pela gestão da prefeita Nicinha Melo, como forma de retaliar o comunicador Júnior Alves, crítico da gestão, que é marido da profissional.
Alegando baixa produtividade, a gestora abriu um processo de sindicância contra a servidora, numa clara perseguição política.
Jota e uma comissão da entidade formada pelas agentes Vera Lúcia e Ivaneide Oliveira, secretária e tesoureira do sindicato, respectivamente, estiveram com sua equipe no hospital de Tabira. Em seguida foram para a área de atuação de Karlla. Ele disse que não encontrou qualquer prova que justificasse a atitude da prefeita. “Pelo contrário, somente elogios à profissional”, disse.
No hospital municipal a comissão foi recebida pela Coordenadora da Atenção Básica, Rachel Amorim, e pela Coordenadora de Saúde, Élis Brandino.
O sindicato cobrou delas explicações sobre o processo de sindicância sofrido por Karlla, que é servidora efetiva do município há 20 anos. Eles ouviram da gestão municipal a confirmação de que em duas décadas de serviço prestado nunca houve sequer uma reclamação contra a servidora. Pelo contrário, somente elogios.
“Em 10 municípios que a gente atua, nunca se abriu um processo administrativo contra um agente de saúde. Muito menos dessa forma que aconteceu aqui em Tabira”, disse Jota Oliveira.
Ele acrescentou que em todos os setores da gestão que percorreram, bem como na área de atuação da ACS, não encontraram denúncia ou prova alguma que justificasse ela passar por uma sindicância, confirmando o viés político do processo .
Ao final da entrevista, o presidente do Sindracs disse que ouviu da coordenadora da Atenção Básica a informação de que o processo contra Karlla Lilian seria arquivado. Pesou para isso o histórico da profissional e a péssima repercussão na região e fora dela para o ato da gestão.
De toda forma, o Sindicato prometeu manter-se vigilante. Uma medida necessária, dado o histórico de mudanças de rumo e opinião dentro do próprio governo.