Após Omicron e Influenza, Estado deve anunciar restrições
Na semana passada, o diretor do HREC, em Afogados da Ingazeira, alertou para o número de ocupação de leitos por conta do aumento de casos da H3N2 na região
Com o crescimento do número de casos de covid-19 e da gripe H3N2 em Pernambuco, a expectativa é que o governo do Estado estabeleça novas restrições como estratégia para evitar a disseminação das doenças no território pernambucano.
Segundo o jornalista Marcelo Aprígio para a Rádio Jornal: nos bastidores do Palácio do Campo das Princesas, comenta-se que o governador Paulo Câmara (PSB) anuncie o retorno das medidas até a próxima sexta-feira (14).
A autoridade máxima sanitária em Pernambuco, o secretário de saúde, André Longo, já expressou preocupação com a aceleração da epidemia da gripe H3N2 no Estado. Ele informou que, na última quarta-feira (5), o governo alcançou um recorde diário de atendimento hospitalar, com o internamento de 196 pessoas que evoluíram para a forma severa de infecção: a síndrome respiratória aguda grave (srag).
“A situação provocada pela influenza já é pior que a primeira onda da covid-19, em 2020, em volume de infecções”, ressaltou. Ao todo, foram 939 notificações de casos de srag de 26 de dezembro a 1° de janeiro – um crescimento de 59%, em comparação com a semana anterior, e de 156% em 15 dias.
Já na Central de Regulação de Leitos, foram 797 solicitações por vagas em UTI, o que representa um aumento de 80%, em comparação à semana anterior, e de 204% em 15 dias.
Na última sexta-feira (7), o diretor do Hospital Regional Emília Câmara (HREC), em Afogados da Ingazeira, doutor Sebastião Duque, informou durante entrevista ao programa Manhã Total da Rádio Pajeú, que a unidade vem apresentado alta no número de internações, tanto na UTI, como na Ala Respiratória.
Duque destacou que a unidade vinha apresentando ocupação entre 40% e 50%, mas que já há alguns dias, tem trabalhado com 80% dos leitos de UTI ocupados. “Esse patamar já alerta para termos maiores cuidados. Acende a luz vermelha”, alertou.
O diretor do HREC, informou ainda que a Ala Respiratória tem registrado aumento de Síndromes Gripais muito alto e muito rápido. “A gente percebe que é a Influenza, os sintomas, aparecem logo nos primeiros dias, então, o paciente é acometido e logo vem para unidade com febre, com tosse, com dor de cabeça, diarreia e vômito. Então, isso tem chamado a atenção”, revelou Sebastião.
Duque revelou ainda que na quinta-feira (6), a Ala Respiratória estava com 100% de ocupação. “Ontem, a meia-noite, estávamos com 100% de ocupação, o que é um número muito elevado para o horário”, destacou.