“Abjeta, absurda e nojenta”, diz Maria Arraes sobre fala de Zirleide Monteiro
Por André Luis
A deputada federal Maria Arraes (Solidariedade) foi mais uma voz que reagiu à fala preconceituosa da vereadora de Arcoverde, Zirleide Monteiro. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Maria Arraes classificou a fala da vereadora como “abjeta, absurda e nojenta”.
“Nada mais que uma vereadora diga que vai justificar essa fala abjeta, absurda, nojenta. Esse é um exemplo típico de político que usa a religião para justificar qualquer tipo de preconceito, de capacitismo”, disse Maria Arraes.
“É gente que entende muito pouco de Deus. E é isso que a gente precisa combater na política que às vezes enfrentar. Mas eu tenho certeza que as autoridades competentes vão fazer com que essa vereadora seja responsabilizada por usar a Tribuna do seu município para dizer que o autismo, que um filho que tenha algum tipo de deficiência, é culpa da mãe e o que ela tem é uma forma de castigo que Deus deu a ela. Eu acredito que todas as mães que são mães e crianças com deficiência sabem que essa não é verdade”, completou a parlamentar.
A fala da vereadora Zirleide Monteiro ocorreu na sessão da Câmara Municipal de Arcoverde, no dia 30 de outubro. Na ocasião, a vereadora afirmou: “O castigo de Deus está aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta a pagar lá pra aquele lá de cima. Ela já veio para sofrer”.
Nesta quinta-feira (2), o blog informou que o líder do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na Câmara, Fred Costa, anunciou que Zirleide foi expulsa da sigla.
A fala da vereadora Zirleide Monteiro é um exemplo de capacitismo, que é o preconceito ou discriminação contra pessoas com deficiência. O capacitismo pode se manifestar de diversas formas, como a crença de que pessoas com deficiência são inferiores ou incapazes.
No Brasil, o capacitismo é considerado uma forma de discriminação e é crime previsto na Lei de Crimes Raciais (Lei 7.716/1989).