‘Se disser que não quero ser (candidato), não é verdadeiro’, diz Alckmin
Extra
Diante de especulações de que seu afilhado político, o prefeito João Doria, poderia ser o nome do PSDB à Presidência da República em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu em público nesta segunda-feira que quer se candidatar ao Palácio do Planalto no ano que vem. A declaração foi dada em um almoço com empresários. “Se disser que não quero ser (candidato), não é verdadeiro”, disse ele.
O tucano ponderou, entretanto, que a escolha do candidato tem que ser resultado de uma “vontade coletiva” e não uma “vontade pessoal”.
Pouco antes, Doria havia feito um discurso, no mesmo evento, para tentar afastar os rumores de que poderia concorrer à eleição em 2018 para presidente.
“Quero deixar claro que num futuro vindouro, ainda que não seja o momento para falar disso, a posição de João Doria como cidadão, brasileiro e eleitor é que Geraldo Alckmin será meu candidato à Presidência da República. Que nenhuma dúvida possa existir sobre essa minha decisão”, disse Doria.
O prefeito fez uma passagem rápida pelo almoço apenas para “deixar o recado” e repetiu elogios que sempre faz a Alckmin como “homem correto, bom gestor e transparente”. O empresário destacou que fará “tudo que puder” para que o PT não retorne ao governo federal.
Alckmin, que se movimenta desde o ano passado para viabilizar sua candidatura, agradeceu o apoio de Doria. A própria candidatura do afilhado à prefeitura paulistana foi construída para fortalecer o projeto político do governador. O que não se cogitava era a possibilidade do apadrinhado superar o padrinho numa escolha interna.
Alckmin tem evitado estender os comentários sobre a próxima disputa eleitoral. O tucano, entretanto, mostra em seus discursos que tem se debruçado sobre temas nacionais, como geração de emprego, combate à seca e reformas política, previdenciária e tributária.