Pro Carlos Britto eu tiro o chapéu
Em meio à uma agenda ainda pesada, onde participo de um importante painel sobre Regulação no SET Norte, em Belém do Pará, não poderia deixar de registrar uma notícia maravilhosa da semana.
Na edição 2024 do Brasil Publisher Awards (BPA), o amigo Carlos Britto teve seu veículo eleito o melhor site de notícias estadual em Pernambuco, consolidando sua relevância e contribuição para o jornalismo digital.
O prêmio, organizado pela Associação Nacional dos Publishers do Brasil (ANPB), reconhece iniciativas que promovem impacto social, inovação e responsabilidade no setor. A entrega aconteceu em Curitiba.
Conheço Carlos há muito tempo e posso dizer que em muitos momentos da nossa caminhada partilhamos os desafios do meio, a importância do jornalismo profissional, sem a tendência de parte dos veículos de criar blog “pra ganhar dinheiro”, “pra fechar com prefeitura”, “pra meter o pau no político e barganhar atenção financeira”. Já nos pegamos juntos questionando isso, brigando com a manchete e o texto de alguns que vieram ao mundo pra se prestar a esse papelão, colocando muitas vezes o jornalismo sério na vala comum.
Com nossas virtudes e defeitos, jornalismo a gente faz para ser relevante socialmente, pra gerar debate. O resto, necessário, como parcerias públicas e privadas, deve ser consequência da nossa relevância, e não da nossa sede de poder e dinheiro. Jornalista não deve ter poder, deve repercutir e dar repercussão.
Dito isso, o Carlos atende a máxima do bom jornalismo. Como ele mesmo diz, acorda cedo, dorme tarde, apura, debate, faz acontecer, com uma linda história de superação e resiliência. Pra completar, ama o rádio como eu, se preparando para dar casa nova e reformada à sua paixão, a Plena FM.
Quando montamos o painel do Fala Norte Nordeste com Chico José, Beatriz Castro e Zé Raimundo, só via no Carlos talento suficiente para mediá-lo, como único nome a transitar com autoridade e respeito entre Pernambuco, terra do casal, e Bahia, morada do Zé. Só em nome da nossa amizade e da certeza dele da importância de estar conosco, pra o homem interromper as próprias férias e um cruzeiro pago pra vir. Isso mesmo. Sem queixa, mas com gratidão e empolgado. Foi arretado. Estudou os convidados, fez perguntas que aguçaram o trio, conduziu de modo a ser muito elogiado por eles.
Agora, pra fechar a conta, ganha um prêmio nacional. E olha que até resistiu um pouco pra concorrer, estimulado por Gorete Vieira e Andrea Canto, do Escritório de Mídia, que também assessora comercialmente os principais veículos digitais do interior.
Parabéns, Carlos! Me sinto tão feliz como se fosse eu a ganhar o prêmio. Você é um ser humano e profissional firme com a notícia e justo com os que lhe rodeiam.
Eu, que com você critico tanto a chaga das manchetes tendenciosas, hoje vou quebrar a regra, mas por convicção, amizade e respeito, ao destacar: “Pro Carlos Britto eu tiro o chapéu!”