Opinião: a Ópera sem resumo de Zeca, Wellington da LW e a sombra do tetra que os une
Por Paulo Edson*
É sabido que pesquisa não se discute. São números! Quem os coloca, sabe porque os colocou, porém se comenta elas ou mesmo o uso delas. O recente artigo do nobre jornalista, radialista e grande comunicador tem alguns questionamentos, respeitados pelo livre direito de opinião e a experiência que lhe confere.
Mas vamos aos fatos, a tal pesquisa Treds, que se traduz para o português por “tendência” e que no inglês o termo estava mais associado ao mundo da moda, do “universo fashion”, das ilusões, chega já dando quase posse (sic). A mesma ideia que tentou-se vender em 2020, e aqui fala-se com conhecimento de causa e presencial, estávamos lá, quando o mesmo político, ex-deputado, saía em disparada nas pesquisas. Já tinha terno pronto para a posse, secretariado e até mesmo pré-candidata a deputada estadual para 22. Na época foi-se mais comedido, eram só 20 pontos a diferença, agora vai-se para estratosfera, quase chega-se aos 38 graus da 51. Mas tudo bem! Pesquisa não se discute, se comenta.
Mas, baseados nesses números tão fashions se analisar que as movimentações da ex-prefeita Madalena nos últimos quatro meses, paralelo ao imobilismo e estagnação da pré-campanha do ex-deputado Zeca não lhe renderam nada, infelizmente é apenas direcionar um discurso batido, infrutífero que se tenta pregar da responsabilidade de um ex-gestor sobre o seu sucessor. Os pecados de Paulo não são obras de Eduardo Campos, assim como os de Dilma nunca foram de Lula e nem o sucesso de Madalena é fruto da indicação de Zeca, mas sim de sua capacidade política e administrativa capaz de aplicar 03 derrotas consecutivas no ex-deputado (2016, 2020 e 2022). Isso dói! Até hoje.
Wellington tem seus méritos e responsabilidades próprios pela estagnação político, administrativo e econômico de Arcoverde, ninguém precisou ensinar. Como Rosa não ensinou a Zeca, seu sucessor, a receber a Polícia Federal batendo à porta do seu governo em 2011. Esse mérito é do próprio Zeca e dos erros encontrados pela CGU em obras do seu governo. O primeiro, diga-se de passagem, a ter visita tão ilustre da PF. Rosa nunca teve isso, nem Madalena, nem Erivânia, nem Julião, nem Ruy, aliás, nenhum, além dele. Para completar, Zeca e Wellington estão juntos, no colo de Raquel Lyra, mas nem por isso vamos dizer que são responsáveis pelo desastre político, administrativo e econômico da governadora. Porém, são omissos diante da tragédia política-administrativa de Raquel em Arcoverde, preocupados apenas com cargos.
Agora, é inegável, e faz medo ao ex-deputado, que dorme todos os dias com a sombra do tetra (derrotas), o crescimento do nome de Madalena, já que desde o lançamento do político com o pré-candidato em dezembro passado, sua pré-candidatura segue em letargia, paralisada, sem somar nada, agregar, além dos que lá já estavam. Dizem que os olhos nos números plurais fizeram tremer as bases amarelas.
Em contrapartida Madalena que começou sozinha em 16 de dezembro de 2023, quando anunciou sua pré-candidatura, somou ao longo desses quatro meses as adesões dos vereadores João Marcos, Luiza Margarida, Sarg. Brito e João Taxista, além de outros mais de 20 pré-candidatos a vereadores e vereadoras competitivos, afora os apoios do prefeito do Recife (João Campos), da Ministra Luciana Santos, deputados federais Pedro Campos, Lucas Ramos e estadual Waldemar Borges, entre outras adesões, crescimento nas redes sociais, movimentações e, olha o interessante, inclusive com publicações do nobre amigo: a única, a única, que está nas ruas, conversando, andando nos bairros, dialogando com o povo e não no mundo fashion das redes, é Madalena. Negar que isso nada soma, é no mínimo inverter os fatos naturais da política. Tese falida em meio a revoada de pássaros. Atentai bem!
A gente finaliza com as palavras do jovem e já apontado melhor prefeito do Recife e do Brasil, João Campos, que apoia Madalena, quando diz que “Na política, ganha quem consegue somar, quem sai de casa e, ao final do dia, conseguiu agregar mais gente, mais propósito, mais ideias ao seu time”. Essa receita, hoje em Arcoverde, não é apenas tendência, não é “trends”, é realidade, do lado de Madalena.
*Paulo Edson R. Carvalho é Jornalista