Mais cobrança da sociedade: grupo de zap, movimento de empresários e MP cobram recuo dos vereadores sobre aumento
Mais movimentos puxados pela opinião pública estão cobrando uma posição da Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira por conta do aumento de salários aprovado pela Mesa Diretora em resolução, para o período 2017-2010.
Ontem, um grupo de WhattsApp batizado de “Contra o Aumento”, foi criado. Já conta com mais de cem participantes. O grupo discute alternativas de pressão junto aos vereadores para que recuem da decisão tomada em agosto.
Também esta semana, o promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto enviou ofício à Câmara de Vereadores solicitando informações à luz do princípio da transparência, considerando a importância da participação popular em determinadas matérias, para que, no prazo de dois dias, a Câmara de Vereadores informe qual foi o fundamento normativo do aumento.
Ontem, um grupo de empresários e de setores da população, que passou a ser batizado de Movimento Fiscaliza Afogados, se reuniu para provocar e debater o tema. Prometem estar segunda na Rádio Pajeú para discutir e amadurecer algumas ideias a respeito do aumento do salário dos vereadores. Obviamente, questionam a forma e o próprio aumento.
Ontem , a presidente da Associação dos Professores de Afogados da Ingazeira, Leila Albuquerque, criticou duramente a Câmara. “Quando foi para discutir o pagamento dos nossos quinquênios, à calada da noite encaminharam um documento que tirava nosso direito. Agora, para aprovar aumento para eles é assim. Imagine se o professor pudesse dizer nosso aumento será de tantos por cento e encaminhar só para Veratânia Morais assinar”.
Ela disse que sentiu-se enojada com a votação. “Só votam pedido de quebra-molas”. A Diretora do Sindrac’s, Maria Auxiliadora, também prometeu pressionar os vereadores.
Como já observado anteriormente, além de depor contra o Princípio de Transparência e da Publicidade, que devem reger todos os atos e contratos da Administração Pública para dar validade plena, o momento é por demais inoportuno. O País está aprovando uma agenda maciça de restrições, inclusive com a PEC do teto dos gastos, já aprovada em Comissão da Câmara Federal. Muitas vezes uma norma é feita dentro de um processo legislativo revestido de uma legalidade, mas falta-lhe o espírito da legitimidade. A sociedade, financiadora dos órgãos e poderes públicos, tem é mais que se rebelar contra certos atos que atentem contra as combalidas finanças públicas e, o Ministério Público, como legítimo defensor da ordem jurídica e desta mesma sociedade já tomou suas providências, pelo que estamos vendo.