João Veiga questiona “uso tardio” de hidroxicloroquina e gera polêmica nas redes
Um áudio do médico tabirense João Veiga questionando a Secretaria de Saúde e protocolos de tratamento do Covid-19 gerou polêmica.
Nele, Veiga critica o uso de hidroxicloroquina em fases tardias da Covid-19.
O Conselho Federal de Medicina não aconselha ou proíbe o uso, destacando que ele pode ser utilizado na discussão entre médico e paciente. A questão divide opiniões e está no pano de fundo por exemplo da saída dos dois últimos ministros da Saúde.
“Promotoria, Secretário de Saúde, municipal, estadual ou ministro não impedem a função do médico não. A função do médico é assegurada por lei”, disse , para contrapor entidades que tem criticado a prescrição de hidroxicloroquina sem estudos que confirmem sua eficácia.
João Veiga reclama. “Hidroxicloroquina é anti viral. Estamos enfrentando uma virose. Aí vocês não indicam anti viral. Mas quando passa para uma fase inflamatória com comprometimento pulmonar o Oswaldo Cruz, Procape e o Pelópidas começam a fazer o uso na fase que o vírus tem muito pouco ou não tem nada”, reclama.
O áudio vazou e gerou polêmica nas redes. A Secretaria de Saúde ainda não se manifestou.
Já a Organização Social de Saúde Hospital do Tricentenário, responsável pela gestão das UPAs do Ibura e do Curado, das UPAEs de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, além dos Hospitais do Tricentenário (Olinda), João Murilo de Oliveira (Vitória de Santo Antão), Mestre Vitalino (Caruaru), Regional Ruy de Barros Correia (Arcoverde) e Regional Emília Câmara (Afogados da Ingazeira), informou em nota que tem como diretor Gil Mendonça Brasileiro, sendo o único autorizado por representar a entidade.
“Alguns meios de comunicação citam o médico João Veiga como representante da OSS, mas, apesar da sua competência enquanto profissional médico, ele não representa nenhuma de nossas unidades, principalmente quando se trata de caráter político”, diz o texto.
“O diretor da OSS, Gil Brasileiro, assim como os coordenadores gerais de cada uma das unidades de saúde atendidas, seguem à disposição da imprensa em geral e da população para esclarecimentos sobre os serviços prestados, através dos canais oficiais de comunicação”, conclui.
Em outra rede social, João Veiga reafirmou que, primeiro, de fato não é diretor da rede. Que segundo, voz que rodou as redes é mesmo dele. E terceiro, mantém questionamentos ao protocolo aplicado nas redes estadual e municipal do Recife, “sem afirmar que estão errados ou não “.