Furo do blog tem repercussão nacional: atrasos ameaçam Adutoras do Pajeú, Agreste e Barragem da Ingazeira
Ministério da Integração disse que cronograma da Adutora do Pajeú foi refeito por depender da Transposição
Um alerta feito pelo blog há dias teve repercussão hoje na Folha de São Paulo, em sua edição eletrônica: o atraso no repasse de verbas federais põe em risco obras determinantes para o abastecimento em cidades que sofrem com uma das maiores estiagens da história em Pernambuco.
A Adutora do Agreste já teve 17 frentes de trabalho. Vai levar água do Ramal Leste da Transposição para 68 cidades, ou 21% da população do Estado. O Governo Federal é responsável por 90% da obra, de R$ 1,4 bilhão. Mas só repassou até agora 34% do valor.
Para a segunda etapa da Adutora do Pajeú, há R$ 18 milhões em dívidas com fornecedores, segundo o Diretor de Infra Estrutura do Dnoc’s, Glauco Mendes. O valor total é de R$ 168 milhões. Essa obra salvaria hoje cidades do Alto Pajeú que estão em colapso total, dependendo de carros pipa e sistemas de chafarizes como Itapetim e Brejinho. Outras deverão passar a ser abastecidas neste sistema, graças ao colapso de Rosário.
Com a Barragem da Ingazeira, segundo Rosana Bezerra, coordenadora estadual do Dnoc’s, os atrasos chegam a R$ 3,8 milhões. A empresa não recebe nada desde janeiro e as obras podem parar a qualquer momento. O orçamento total é de R$ 42 milhões.
O Ministério da Integração Nacional não explicou atrasos. Disse apenas que no caso da Adutora do Pajeú na segunda etapa, o cronograma foi refeito para adequação às obras da Transposição. Entenda-se: essa etapa depende rigorosamente de água da transposição. Presidente da Compesa, Roberto Tavares afirmou à Folha que “são essas obras que fazem a Transposição ter sentido em Pernambuco”.