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‘Eu contribuí pro Michel’, afirma delator a Sarney

Por Nill Júnior
mavhado
Do Blog do Josias

O nome de Michel Temer, presidente interino da República, soou pela primeira vez numa das gravações feitas por Sérgio Machado, operador do PMDB e mais novo delator da Operação Lava Jato. Em conversa com o cardeal peemedebista José Sarney, Machado afirmou:

— O Michel, presidente… Lhe dizer… Eu contribuí pro Michel.

— Humm…, reagiu Sarney.

— Eu contribuí pro Michel. Não quero nem que o senhor comente com o Renan. Eu contribuí pro Michel pra candidatura do menino… Falei com ele até num lugar inapropriado, que foi na Base Aérea.

De acordo com a TV Globo, que divulgou os novos trechos do autogrampo de Machado, o “menino” a que se refere o delator é Gabriel Chalita, que disputou a prefeitura de São Paulo pelo PMDB em 2012, com o apoio de Temer. Machado não esclarece na gravação que tipo de ajuda forneceu.

Ficou entendido apenas que Machado atendeu ao suposto pedido de Temer sem comunicar ao seu padrinho político, o presidente do Senado, Renan Calheiros, a quem o delator deve uma permanência de 12 anos no comando Transpetro —nos governos de Lula e Dilma.

Sarney mostrou-se preocupado com a observação do interlocutor. Parecia inquieto não com a revelação que acabara de ouvir sobre Temer, mas com um segredo que divide com o interlocutor, a quem chamava de amigo.

— Mas alguém sabe que você me ajudou?, indaga Sarney

— Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente, tranquilizou Machado.

Também nesse trecho da conversa não fica claro como o ex-presidente de uma das principais subsidiárias da Petrobras socorreu Sarney. A primeira suspeita dos investigadores é óbvia: os dois falam na fita sobre dinheiro.

A conversa ocorreu entre fevereiro e março deste ano. Antes, portanto, das votações que resultaram na abertura do processo de impeachment e no afastamento de Dilma do cargo de presidente por até 180 dias.

Machado enfiou o nome de Temer em sua prosa no instante em que indagava a Sarney sobre a disposição do então vice-presidente da República de participar de uma articulação tóxica. Atemorizado pela perspectiva de ter sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, Machado guerreava para que seu processo não fosse enviado de Brasília para Curitiba.

— Você acha que a gente consegue emplacar o Michel sem uma articulação do jeito que esta…, sondou Machado, expressando-se num idioma muito parecido com o português.

— Não. Sem articulação, não. Vou ver o que acontecendo, vou no Michel hoje…, respondeu Sarney.

Foi nesse ponto que Machado disse ter socorrido Temer. Na sequência, Machado e Sarney conversam sobre a necessidade de obter um canal de comunicação com o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Sarney cita o ex-ministro do STJ César Asfor Rocha. Ele já havia mencionado Asfor Rocha noutros diálogos como uma pessoa com livre acesso a Teori.

— Ninguém sabe que eu lhe ajudei, afirmou Machado, como se quisesse arrancar de Sanrey uma inconfidência qualquer que pudesse reforçar o seu cacife junto à força-tarefa da Lava Jato na hora da delação.

— Porque o César Rocha, o César, o César Rocha, que é o nosso cúmplice junto com o…, disse Sarney, antes de ser interrompido.

— Com o Teori?, indagou Machado.

—Com o Teori. Ele é muito, muito, mas muito amicíssimo lá do tribunal. O César fez muito favor pra ele, prosseguiu Sarney, referindo-se à fase em que Teori Zavascki trabalhou junto com Asfor Rocha no STJ, antes de ser indicado por Dilma para ocupar uma cadeira no STF.

Outras Notícias

Carlos Evandro diz “não ter nada contra” união com Duque em 2020

Farol de Notícias O ex-prefeito Carlos Evandro disse “não ter nada contra” uma possível parceria do bloco sebastianista com o grupo do prefeito Luciano Duque, nas eleições 2020 “se for pensando no bem de Serra Talhada”. Falando, nesta quarta-feira (3) ao Programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM Evandro reconheceu, no entanto, que uma união […]

Foto: Max Rodrigues

Farol de Notícias

O ex-prefeito Carlos Evandro disse “não ter nada contra” uma possível parceria do bloco sebastianista com o grupo do prefeito Luciano Duque, nas eleições 2020 “se for pensando no bem de Serra Talhada”.

Falando, nesta quarta-feira (3) ao Programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM Evandro reconheceu, no entanto, que uma união dessas causaria estranhamento na população e deveria ser muito bem justificada. A pergunta casa com o momento de diálogo entre Duque e Sebastião, que andam tentando uma conversa em Brasília visando projetos para o município.

“Eu não tenho nada contra [a união dos grupos]. Se for para o bem de Serra Talhada eu não vejo nenhum impedimento. Agora vamos ver [como faz] para justificar a população. Eram adversários até agora e de repente para justificar isso para o povo fica meio difícil, complicado. Mas como se diz: em política não há nunca e nem jamais, há talvez… Teria que ter uma justificativa plausível”, cogitou Evandro, reforçando:

“Se você se digladia até ontem e de repente estamos todos juntos de novo… É meio estranho para e justificar a população, é meio estranho”. Indagado sobre uma certa passividade de sua parte diante as falhas governo Luciano Duque, o ex-prefeito afirmou que Luciano não é o candidato em 2020 e que irá abrir o verbo contra a gestão no momento certo.

“Eu sei todas [as falhas]. Mas quando chegar [no tempo] da política… Se eu ficar aqui dizendo vão falar que eu estou querendo queimar fulano, sicrano e que estou fazendo oposição por ser oposição. Eu não estou aqui para está falando mal dele [de Duque] ou de quem quer que seja. Agora no momento em que a gente decidir quem for o candidato, aí eu tenho [o que falar], porque tem muitas falhas… Tem… Tem muitas. O povo vem falar comigo. Agora imagina se eu ficar aqui só criticando, descendo a ripa no prefeito estou atrapalhando a administração dele e ele [Duque] não é candidato não. Eu não vou disputar a campanha com ele não. Vou disputar com quem ele indicar”, disse Carlos Evandro, frisando: “A gente vai deixar isso para a campanha”.

Disputa no Pajeú entre aliados de Raquel Lyra cria risco político para 2026

A passagem da Carreta da Mulher por Afogados da Ingazeira, um serviço estadual de saúde, virou combustível para uma disputa política que já estava em ebulição. Deputados estaduais Romero Sales Filho e Luciano Duque, ligados a grupos rivais no município, correram para reivindicar a paternidade da ação. A “mãe”, no caso, é evidente: o serviço […]

A passagem da Carreta da Mulher por Afogados da Ingazeira, um serviço estadual de saúde, virou combustível para uma disputa política que já estava em ebulição. Deputados estaduais Romero Sales Filho e Luciano Duque, ligados a grupos rivais no município, correram para reivindicar a paternidade da ação. A “mãe”, no caso, é evidente: o serviço é do governo Raquel Lyra. Mas a disputa mostrou que, no Pajeú, o governo estadual convive com duas bases que se dizem aliadas, mas atuam como adversárias.

O racha não surgiu agora. Ele ganhou corpo nas eleições de 2024, quando Mário Viana Filho se recusou a apoiar Danilo Simões, candidato a prefeito que contava com apoio velado do Palácio. A partir dali, a relação degringolou. Danilo, Edson Henrique e Zé Negão passaram a acusar Mário de trabalhar contra o grupo. O caldo entornou, e o que antes poderia ter sido uma aliança ampla virou duas trincheiras distintas, embora ambas sustentem a bandeira da reeleição de Raquel.

O resultado é um cenário paradoxal: dois grupos governistas que não se conversam e disputam méritos por políticas públicas da própria governadora. Na prática, esse ambiente azedo cria um risco político real. Disputa por protagonismo, clima de revanchismo e troca de provocações tendem a desviar o foco da campanha estadual de 2026 — e quem perde com isso é a própria Raquel.

O governo tentou administrar a crise com movimentos táticos. Para agradar o grupo de Danilo, Raquel tirou Mário da Gerência de Articulação e colocou Edson Henrique no posto. Para não romper de vez, remanejou Mário para a comunicação, setor crítico no interior e historicamente mal conduzido no Pajeú. A manobra tenta manter ambos dentro da base, mas escancara que a governadora precisou fazer malabarismo para equilibrar forças que já não convivem.

Em cidades como Afogados da Ingazeira e Carnaíba, ainda sob influência forte do PSB, o governo Raquel enfrenta resistência política e dificuldades de narrativa. Uma base rachada só agrava o problema. A metáfora de que o grupo pode virar “canibal de si mesmo”, traduz bem o risco: em vez de enfrentar a oposição, os aliados gastam energia se devorando.

Esse conflito interno também abre brecha para o projeto do prefeito do Recife, que tenta recolocar o PSB no comando do Estado. Se os aliados de Raquel no Pajeú continuarem em guerra doméstica, o campo politico ligado ao PSB ganha terreno justamente na região onde sempre teve forte presença institucional.

No fim das contas, Raquel se vê obrigada a agir como mãe de filhos que brigam na sala e ameaçam derrubar a casa. Se não conseguir fazê-los selar a paz, corre o risco de entrar na disputa de 2026 com uma base dividida e com menor capacidade de mobilização no interior, especialmente no Pajeú, onde eleição se vence com costura política, unidade e presença territorial.

Afogados vai a 18 casos de Covid-19

A Prefeitura de Afogados da Ingazeira informou em nota que hoje foram confirmados dois novos casos no município, após testagem rápida em unidade de campanha. Trata-se de uma criança de cinco anos, sexo feminino, filha de um dos casos positivos anunciados na semana passada. “A criança passa bem, sem apresentar sintomas, e a família encontra-se […]

A Prefeitura de Afogados da Ingazeira informou em nota que hoje foram confirmados dois novos casos no município, após testagem rápida em unidade de campanha.

Trata-se de uma criança de cinco anos, sexo feminino, filha de um dos casos positivos anunciados na semana passada. “A criança passa bem, sem apresentar sintomas, e a família encontra-se em quarentena domiciliar monitorada”.

O outro caso é o de um comerciante, 61 anos, que teve contato com um paciente positivo para covid-19. Assintomático, o teste do paciente apresentou IGG positivo, indicando que o mesmo já teve covid-19 mas não tem mais.

São quatro novos casos em investigação:

1. Profissional de saúde, sexo feminino, 25 anos, apresentou sintomas sugestivos para covid-19 e fez a coleta de swab pela equipe da nossa Unidade de Campanha.

2. Profissional de saúde, sexo feminino, 48 anos, apresentou sintomas sugestivos para covid-19 e fez coleta de Swab pela equipe da nossa Unidade de Campanha.

“As pacientes acima estão sendo monitoradas pelas nossas equipes da atenção básica e da vigilância em saúde. Todos estão cumprindo isolamento domiciliar”.

3. Paciente do sexo masculino, 06 meses, apresentou sintomas sugestivos para covid-19 e fez a coleta de swab no Hospital Regional Emília Câmara. O mesmo encontra-se internado em leito de isolamento no referido hospital.

4. Paciente do sexo masculino, 66 anos, deu entrada no Hospital Regional Emília Câmara com histórico de AVC e foi transferido para o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, onde se encontra internado há alguns dias. A equipe do hospital em questão resolveu colher amostra de swab para investigar covid-19.

Hoje foram realizados 24 testes rápidos na unidade de campanha que deram negativo para covid-19.

“Por último, informamos que três pacientes positivos para covid-19 evoluíram para a cura no dia de hoje, após avaliação médica”.

Fasp participa da Semana Nacional da Conciliação

Na última quarta-feira (06) a Faculdade do Sertão do Pajeú (Fasp), participou da Semana Nacional da Conciliação, em parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Defensoria Pública. O evento contou com o apoio da presidente da AEDAI, Socorro Dias, do diretor pedagógico da Fasp, Charlington Alves, do coordenador do curso de Direito, […]

Na última quarta-feira (06) a Faculdade do Sertão do Pajeú (Fasp), participou da Semana Nacional da Conciliação, em parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco e a Defensoria Pública.

O evento contou com o apoio da presidente da AEDAI, Socorro Dias, do diretor pedagógico da Fasp, Charlington Alves, do coordenador do curso de Direito, Jonas Cassiano e da professora e advogada Tassiana Bezerra.

Além de ter a participação e empolgação do corpo discente com a experiência prática fora da sala.

A aluna Paloma Soares do 3º período do Curso de Direito, destacou a sua alegria com o evento: “é uma experiência muito importante poder acompanhar de perto a prestação de um  serviço jurídico à população, seja pelas orientações ou pela possibilidade de assistir audiências. Revigora o nosso ânimo enquanto estudantes.”

De maneira geral, o evento teve a intenção de unir a academia com a prática profissional e ao mesmo tempo oferecer orientação jurídica acessível à comunidade de Afogados da Ingazeira.

Eriberto Medeiros defende vinda da Escola de Sargentos do Exército para Pernambuco

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros (PP), defendeu a escolha do Recife como nova sede para a Escola de Sargentos de Armas (ESA), em reunião conduzida pelo Comandante Militar do Nordeste, General Freire Gomes, na manhã desta quarta-feira (10). Estimado em mais de R$ 1 bilhão, o projeto do Exército brasileiro […]

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros (PP), defendeu a escolha do Recife como nova sede para a Escola de Sargentos de Armas (ESA), em reunião conduzida pelo Comandante Militar do Nordeste, General Freire Gomes, na manhã desta quarta-feira (10).

Estimado em mais de R$ 1 bilhão, o projeto do Exército brasileiro permitirá a instalação de um complexo acadêmico e logístico na região metropolitana, possibilitando a formação anual de 1,2 mil sargentos.

A capital pernambucana disputa com as cidades de Ponta Grossa (PR) e Santa Maria (RS) a instalação da escola, atualmente sediada em Três Corações (MG). No início de abril, a comissão responsável visitará Pernambuco para avaliar as condições para que o Recife possa receber a estrutura, que ficaria no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), em Aldeia.

O Comandante promoveu, na sede do CMNE, no Curado, o encontro de representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada, no intuito de fortalecer a mobilização para atrair o empreendimento para o Estado. Além do presidente da Alepe, também estiveram presentes os presidentes do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira, da Fiepe, Ricardo Essinger, da Fecomercio-PE, Bernardo Peixoto, além de representantes da Associação Comercial de Pernambuco (ACP) e do Grupo Atitude.

Será determinante para a escolha do Recife como nova sede da ESA a concessão de condições e incentivos para que o investimento tenha o retorno desejado pelo comando do Exército brasileiro. “Acredito que Recife esteja em excelentes condições de disputar a atração desse empreendimento estratégico do Exército. Será capital o apoio dos setores organizados, dos poderes e instituições”, afirmou o comandante general Freire Gomes.

Entusiasmado pela oportunidade de engrandecer Pernambuco com a chegada desse empreendimento, o presidente Eriberto Medeiros firmou compromisso de mobilizar os deputados estaduais, prefeitos das cidades do entorno, deputados federais e todos os agentes públicos para garantir a viabilidade do projeto. “Estamos a postos para aprovar as medidas necessárias para que a Escola de Sargentos seja nossa. É importante porque traz prestígio o Estado de receber uma instituição desse porte, além uma fonte para geração de desenvolvimento, emprego e renda para nossa gente. Terá o apoio da sociedade e dos seus representantes”, declarou Eriberto.