Entrevista aborda Marcha das Margaridas e críticas à Raquel Lyra
Por André Luis
No programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú, desta quinta-feira (10), a diretora de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Afogados da Ingazeira, Lucineide Cordeiro, compartilhou informações sobre a participação na sétima edição da Marcha das Margaridas. A entrevista também contou com a presença da deputada estadual Dani Portela, do PSOL, que abordou a importância da marcha e comentou sobre críticas à governadora Raquel Lyra.
Lucineide Cordeiro detalhou os planos da caravana do Sertão do Pajeú para a Marcha das Margaridas. A caravana levará cerca de 150 pessoas em três ônibus, sendo a maioria mulheres, mas também contando com a presença de homens engajados na causa. Representantes de todo o estado de Pernambuco também se unirão à marcha, articulados por movimentos sociais e pela Fetape.
Lucineide explicou que a Marcha das Margaridas, considerada a maior ação política de mulheres na América Latina, terá como lema “Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver”. O evento, que ocorrerá nos dias 15 e 16 em Brasília, contará com mais de 100 mil participantes do Brasil e de outros países. Ela ressaltou que a expectativa é de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja presente no último dia do evento.
Já a deputada Dani Portela, também presente na entrevista, compartilhou sua perspectiva sobre a Marcha das Margaridas, ressaltando a trajetória histórica do movimento e sua importância para a luta das mulheres do campo e da cidade. Ela mencionou que um grupo de deputados e deputadas em Pernambuco criou uma comissão para apoiar e acompanhar a marcha, enfatizando que a mobilização é uma união de diversas vozes femininas.
A discussão também abordou críticas à governadora Raquel Lyra em relação à desmontagem da Secretaria da Mulher e seus impactos. Dani Portela lamentou a exoneração da Secretária da Mulher, Regina Célia, e de outras funcionárias da pasta, afirmando que o desmonte pegou todos de surpresa e prejudicou a continuidade das políticas voltadas para as mulheres. A deputada defendeu a necessidade de uma secretaria forte para enfrentar os problemas relacionados à violência contra as mulheres.
Em relação ao desmonte da Secretaria da Mulher, Dani Portela enfatizou que é importante cobrar a manutenção e estruturação da pasta, pois a violência contra as mulheres persiste e a secretaria desempenha um papel crucial no enfrentamento desses problemas.