Demora de Raquel em definir secretariado não é bom sinal, diz Magno Martins
O jornalista Magno Martins falou hoje ao Debate das Dez do programa Manhã Total. Ele avaliou o cenário político em 2023 com os mandatos de Lula e Raquel Lyra.
Sobre a governadora eleita, disse que ela dá sinais de dificuldades na montagem da equipe, dando tempo a tempo, mesmo considerando que assumirá daqui a quinze dias.
“Se você observar a equipe de transição, foi gente dela em Caruaru. Foi a República de Caruaru. Tem que ter capacidade política para montar um secretariado que agrade as forças que a apoiaram, com PP, MDB, PL, União Brasil “.
Ele deu como exemplo a dificuldade que ela enfrenta em Petrolina, com a briga pela Secretaria de Agricultura entre Guilherme Coelho, que foi seu candidato ao Senado, e Miguel Coelho, que a apoiou no segundo turno. “Fernando Bezerra queria a pasta do Desenvolvimento Econômico, mas parece que será uma pessoa de Armando Monteiro.
O blogueiro disse que ela não passa informação e não tem interlocução. “Quem é o interlocutor para o judiciário, para o empresariado? Não sei”.
Ele, assim como quem esteve em Gravatá na reunião dos prefeitos, afirma que Raquel não disse muito.
Ele compara a demora no anúncio da equipe a outros estados. “Todos os eleitos dos demais estados avançaram. Tem estado que todos estão anunciados. Só vamos ter dez dias uteis. Ela vai ter que correr”.
Magno disse que um dos problemas é a falta de afinidade com o trato político. “Não tem a mesma paixão pela política. Não acredito em gestor que não faça política. Precisa fazer política e gestos políticos”.
Outra questão que para ele espera por sua definição é a escolha da Mesa Diretora da Alepe. “Ninguém sabe o nome dela. A gente não sabe se ela tá fazendo esse jogo. Armando Monteiro anunciou apoio a Álvaro Porto. Ela silenciou. A gente não sabe. O Antonio Moraes é o decano. Circula com mais desenvoltura, muito dado ao diálogo. Álvaro não tem o trânsito de Moraes”.