Danilo Simões critica modelo da gestão Sandrinho e diz não recua da decisão de ser candidato em 2024
O pré-candidato à prefeitura de Afogados da Silva, Danilo Simões, foi o convidado do Debate das Dez do programa Manhã Total desta quarta.
Danilo reafirmou sua pré-candidatura à prefeitura. Sobre decidir um pouco antes do prazo estipulado, afirmou que a sua decisão já estava tomada e que não faria diferença antecipá-la em alguns dias.
Ele esteve pela primeira vez ao lado de correligionários como o ex-vereador Zé Negão, o vereador Edson Henrique e outros nomes, como os advogados Décio Petrônio e Ivanildo Valeriano, o líder comunitário Zé Severino, o suplente de vereador Edson dos Cosméticos, Júnior Santiago, a esposa Sandra e a filha Letícia.
Em mais de uma oportunidade, Danilo se apresentou como alguém que quer fazer um debate propositivo, dizendo não ter nada pessoal contra Sandrinho Palmeira. Mas não deixou de questionar seu ciclo de governo e da Frente Popular.
Defendeu meritocracia, afirmando que a Prefeitura está com número alto de empresas terceirizadas sem realizar concurso público. “Vi um professor de história pedindo uma cesta básica porque não tinha oportunidade. Disse a ele que estude porque farei um concurso público”, acusando a gestão de levar o tema com a barriga. Também que enquanto a prefeitura privilegia alguns, muitos reclamam oportunidade.
Disse que Afogados arrecadou em três anos R$ 400 milhões. “Se você economiza 10% desse oprçamento a gente já está falando de R$ 40 milhoes. Com R$ 40 milhões se faz muita coisa. A prefeitura este ano gastou apenas R$ 10 milhões em obras. Ou seja, apenas 6,6% do orçamento investido diretamente em obras e manutenção. É muito pouco pra uma prefeitura do porte de Afogados”. Disse que o município pagou em terceirização R$ 60 milhões este ano. “Se economiza 10%, R$ 6 milhões dava pra fazer 60 ruas de R$ 100 mil”. Defendeu mais ações na zona rural e nos bairros. Criticou ainda a velocidade das obras, citando o pátio da feira e a necessidade de melhoria do mercado público.
Também afirmou ter verificado um déficit de R$ 13 milhões nesse fim de ano da gestão, quando comparados entrada e saída de recursos. “Enxergo possibilidade de fazer mais”. Afirmou ainda que além de otimizar e ser mais austero, pode captar recursos fora, como com o Banco Mundial.
Danilo também falou da composição política de sua campanha. Afirmou que estará num partido da base da governadora Raquel Lyra. Também que entende sua posição de não querer se envolver na campanha do ano que vem. E que acha difícil seu apoio a Sandrinho, dada sua permanência com José Patriota no PSB.
Sobre a escolha do vice, não quis cravar o nome de Edson Henrique, reconhecendo nele um bom quadro, mas afirmando que isso está ainda sendo discutido. E elogiou o gesto de Zé Negão, ao declarar apoio automático à sua pré-campanha.
Quanto à pesquisa do Instituto Data Trends divulgada ontem, disse ter ficado satisfeito em ter largado com 14%. Entretanto, afirmou que tinha algumas ponderações sobre o levantamento, como o dado apresentado na pesquisa espontânea e a forma como foi apresentado, afirmando que quando identificado como “Danilo de Dona Giza” ou “Danilo de Giza Simões”, a tendência é de que pontue melhor.
Quando perguntado sobre a possibilidade de se reunir com José Patriota sobre o processo eleitoral, disse não haver problema nenhum, dada sua boa relação com o parlamentar. Mas foi firme ao dizer que não há possibilidade de ser demovido da decisão de ser candidato já em 2024. “Eleito, vou precisar do mandato dele. Mas a decisão de ser candidato está tomada”.
Almoço: após o debate, Danilo ofereceu um almoço para membros da imprensa na AABB, em Afogados da Ingazeira.