Bolsonaro foge do confronto com Lula; bate-boca e direitos de resposta marcam debate
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações e brigaram por direitos de resposta no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno.
Os dois, no entanto, não tiveram confronto direto durante as perguntas e respostas —ainda que Bolsonaro tenha tido uma oportunidade de enfrentar Lula.
Outros cincos candidatos participaram do programa promovido pela TV Globo: Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB).
Foram mais de três horas de embate, com apresentação de William Bonner —que pediu calma e deu broncas nos candidatos que não respeitaram as regras. No total, foram dez direitos de respostas —Bolsonaro e Lula tiveram quatro, cada um; Kelmon e Soraya, um, cada um.
Em pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (29), o petista aparece com 48% dos votos —com possibilidade de vencer no primeiro turno— e Bolsonaro, com 34%. Em seguida, aparecem Ciro com 6% e Tebet manteve seus 5% em relação ao último levantamento. Soraya teve 1%. D’Avila e Padre Kelmon não pontuaram.
Não houve confronto direto entre Lula e Bolsonaro nas perguntas e respostas. O presidente poderia ter chamado o petista no terceiro bloco, mas optou por D’Avila.
Lula e Bolsonaro, entretanto, duelaram com pedidos de direito de resposta no primeiro bloco, o mais quente do programa.
Padre Kelmon e Soraya protagonizaram outros embates. A candidata do União Brasil errou o nome do adversário e o chamou de ‘padre de festa junina’.
Bolsonaro voltou a fazer dobradinha com Kelmon e também usou D’Avila como escada. O presidente tentou fazer o mesmo com Tebet, mas ela rebateu e criticou o presidente.
Bonner pediu calma, deu broncas e reforçou regras do debate. Apagado, Ciro provocou Lula, que respondeu que estava achando o adversário nervoso.
Dentre as frases marcantes: “Você, quando vier no microfone, você se comporte como presidente. Respeite quem está assistindo, não minta!” – de Lula para Bolsonaro. E a que mais viralisou: “Depois do auxílio emergencial o senhor arrumou um emprego de cabo eleitoral do candidato Jair Bolsonaro. Padre de festa junina”, de Soraya Thronicke para Padre Kelmon.