A última tentativa para manter o PSB vivo em São José do Egito
Do Blog do Júnior Campos
Em São José do Egito, o PSB (Partido Socialista Brasileiro), conhecido pelo número 40, enfrenta o fim de uma era marcada por dificuldades e desgaste político.
Após oito anos de gestão municipal, o legado deixado pela administração é de ruas cheias de lixo, postos de saúde fechados, dezenas de obras inacabadas, e um cenário de calamidade administrativa.
Funcionários da prefeitura, inclusive aposentados, denunciam atrasos salariais, agravando ainda mais o clima de insatisfação na cidade.
No entanto, o PSB ainda não jogou a toalha e vê na eleição da Câmara de Vereadores sua última chance de sobrevivência política. Com articulações intensas nos bastidores, o partido tenta se manter relevante, mesmo diante de uma população que já demonstrou seu descontentamento.
A MANOBRA POLÍTICA
Uma das figuras centrais dessa articulação é Alberico Tiago, que, mesmo pertencendo à base do atual prefeito Fredson, desistiu de sua candidatura à presidência da Câmara. Alberico agora concentra esforços para eleger Romerinho Dantas, do PSB 40.
Essa aliança incomum levanta suspeitas de que o verdadeiro articulador por trás desse movimento seja Paulo Jucá, atual secretário de saúde e influente figura nas gestões de Evandro, ex-prefeito da cidade.
Paulo Jucá, conhecido por sua habilidade política, é apontado como o mentor dessa última cartada do PSB para evitar o colapso total de seu projeto político na cidade. O controle da presidência da Câmara é visto como essencial para manter algum grau de influência no cenário municipal, já que o desgaste com a população é evidente.
UM FIM ANUNCIADO?
A eleição da Câmara de Vereadores de São José do Egito tornou-se um verdadeiro campo de batalha política, com negociações intensas e alianças improváveis. Para o PSB, esse momento representa mais do que uma disputa legislativa: é a última tentativa de manter vivo um projeto que, aos olhos da população, já deu sinais de esgotamento.
Se o PSB não conseguir emplacar Romerinho Dantas na presidência, o partido pode enfrentar o que muitos consideram o “golpe final” em sua hegemonia local. Para os moradores, essa eleição será mais do que um ato político; será o símbolo de um ciclo que chega ao fim ou de uma sobrevida para um grupo que, até então, não conseguiu responder às demandas da população.
O futuro do 40 em São José do Egito está em jogo. O desfecho dessa disputa pode definir não apenas o destino do PSB, mas também abrir espaço para uma renovação política que a cidade tanto espera.