A traição de Duque doeu mais
Como destacou a Coluna do Domingão, Marília Arraes teve que escolher em Serra Talhada que trairada perdoar: se a de Márcia Conrado, que a trocou por Danilo Cabral em 2020, ou a de Luciano Duque, que foi pra base de Raquel Lyra pouco depois de eleito.
Marília não escondeu o desgosto nem com um nem com a outra.
Márcia e Marília foram aliadas de primeira ordem, mas se afastaram nas eleições de 2022 a partir do primeiro turno, quando a prefeita de Serra decidiu apoiar Danilo Cabral. Marília não teria digerido bem o apoio e o clima entre as duas lideranças não ficou dos melhores.
No segundo turno, Márcia definiu apoio a Raquel Lyra, no estopim de uma série de episódios que acabou gerando o rompimento entre Luciano Duque e a prefeita. Um tempo depois, foi o Deputado Estadual a anunciar alinhamento com Raquel Lyra. Marília chegou a sinalizar que negaria a legenda a Luciano e o criticou em uma entrevista de rádio.
Mas como a política é a arte de engolir sapos, teve que optar. Preferiu Márcia Conrado. Ao contrário da brincadeira da manchete, a decisão tem relação com o xadrez da política. Marília estará alinhada com a reeleição de João Campos, mesmo caminho tomado pelo AVANTE. Como o PT tem participado do debate e coloca a reeleição de Márcia como estratégica no estado, essas composições estão vindo por gravidade.