Tadeu Alencar e Danilo Cabral ganham força para 2022, dizem prefeitos
Da Coluna do Domingão
Nem Geraldo Júlio, nem Fernandha Batista, muito menos Zé Neto. Na vinda do governador Paulo Câmara ao Pajeú, os nomes que circularam como potenciais candidatos governistas ao Palácio das Princesas foram o do Deputado Federal Tadeu Alencar e do também Federal Danilo Cabral.
Pelo menos de acordo com prefeitos sertanejos que encontraram Paulo, falando ao blog. O cearense de Juazeiro do Norte Tadeu Alencar tem 58 anos e é Deputado Federal desde 2015. Natural de Surubim, Danilo Cabral tem 54 anos e também ocupa cadeira na Câmara desde 2011.
Em 2014, antes de Eduardo Campos lançar Paulo Câmara Tadeu chegou a ser cravado como o candidato. Mas a relação de Tomás Alencar, filho de Tadeu com Eduarda Campos, filha de Eduardo teria travado o avanço da discussão. Pegaria mal pelo novo grau de proximidade. Eduardo lançou Paulo, com o resto da história bem conhecida. Àquela época de indefinição, Danilo Cabral chegou a ser cotado mas não vingou.
Um ou outro seria o plano D depois da desistência de Geraldo Júlio, que teria como vantagem ter sido prefeito do Recife e como desvantagem, ter sido prefeito do Recife, pelas operações da PF, e da falta de capilaridade popular de Zé Neto – se perguntar quem é vão dizer ser uma cantor de música sertaneja – além do receio em torno de um nome como o de Fernandha Batista, que pode decolar, ou não.
Humberto Costa chega a ter o nome ventilado, mas nesse caso, amor com amor não se paga. O PSB certamente não tem pelo petista a mesma paixão que ele nutre pelos socialistas.
A história política de Tadeu e Danilo, a fidelidade a Arraes e Eduardo, a formação de ambos e o fato de conhecerem e percorrerem o estado são colocados como vantagens. Registre-se, só isso não bastaria. Paulo por exemplo, mesmo governador reeleito, de longe não exerce o mesmo carisma e encantamento de Eduardo Campos. Assim, sem desmerecer suas qualidades, nem tudo que ele toca vira ouro, ou governador.
Também não há amadores no staff socialista. A aposta está no palanque, com o alinhamento de um nome imbatível no estado, o ex-presidente Lula. Prova disso foi a presença de petistas como Doriel Barros e Carlos Veras na agenda sertaneja. Como uma santidade, o nome do ex-presidente foi muito invocado no Sertão.
No caminho inverso, ligar Miguel Coelho, Anderson Ferreira e Raquel Lyra a Jair Bolsonaro, João Dória e cia vai ser uma estratégia muito utilizada. Deu certo em 2018, quando Paulo foi reeleito mesmo em um governo que não era um primor de avaliação, unindo Lula e Hadadd ao palanque, além de ligar Armando Monteiro a Temer e o grupo responsável em Pernambuco por ajudar a cassar Dilma, como Bruno Araújo e Mendonça Filho.
A promessa é de que “o ungido” governista saia até fevereiro, acalmando prefeitos ansiosos pelo anúncio para incluir sem cerimônia o nome do candidato em seus discursos de agradecimento. De momento, a aposta é de que Tadeu e Danilo ganharam força e um deles será a quem o governador Paulo Câmara vai chamar de seu nome. A conferir…