Professor da UFRPE alerta: drama de Serrinha tem tudo para se replicar no Pajeú
O professor adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco Genival Barros Júnior, disse participando do dia em Defesa da Caatinga, com debate puxado pelo grupo Fé e Política, da Diocese de Afogados, que o drama vivido pela Barragem de Serrinha, com água imprópria para o consumo, poderá ser enfrentado por outros reservatórios importantes na região.
Ele deu inúmeros exemplos da poluição do Rio Pajeú, responsável por grande parte do problema enfrentado em Serra Talhada. A falta de preservação da Caatinga, somada ao esgoto jogado ao longo do Rio, segundo ele, vão inviabilizar até barragens futuras, como a de Ingazeira. “Temos um rio fantástico. Prova disso foram as populações que se integraram a ele ao longo da história”, registrou. O quadro pintado por ele e necessidade de ação imediata de prefeituras, Estado e Governo Federal ficaram muito evidentes.
Ele reforçou o que atestou o blog em reportagem especial: na atual situação, não é correto relacionar Adutora do Pajeú e Transposição como soluções definitivas para o problema da estiagem.
Outro problema grave e a falta de pessoas com acesso a educação, fruto do fechamento e nucleação de escolas em várias cidades do Pajeú. Sem formação, não há como priorizar educação ambiental. Deu medo do futuro e raiva da inércia.