Poetas e poetisas repudiam machismo no cordel e na poesia do Pajeú
Não é segredo para ninguém que historicamente a mulher sempre sofreu com o machismo estrutural nas diversas esferas da sociedade, tendo seus direitos negados. Atualmente, ainda persevera muito esse comportamento opressor e repressivo, que geralmente leva a um ciclo de violência e morte. Não é a toa que vivemos em um país com altíssimos índices de violência contra a mulher e feminicídio.
No universo da poesia, infelizmente, a presença do machismo não é diferente. Ainda tem sido desafiante para as mulheres que militam nesse universo, que ainda sofrem resistência à aceitação feminina, preconceito sentido na pele pelas mulheres poetisas. Em diversas situações as mulheres poetisas são vistas como invasoras, ocupando um espaço que para muitos retrógrados deveria ser unicamente masculino.
Nessa seara do preconceito, os movimentos feministas em prol da participação com equidade da mulher no cordel e na poesia em suas variadas modalidades são erroneamente interpretados e tidos como afrontas aos direitos dos homens, sendo atacados e injuriados por pessoas incapazes de aceitar que as mulheres são independentes, talentosas e capazes, e que a sociedade precisa evoluir.
Felizmente, apesar do preconceito ainda gritante e muitas vezes exposto abertamente, as mulheres poetisas e cordelistas já venceram muitas barreiras e vêm ocupando espaços importantes, conquistados por direito, com talento e dedicação. Talvez seja esse o motivo para a inquietação daqueles que insistem em negar o machismo imposto às mulheres historicamente.
O que nos alegra é saber que o universo da poesia e do cordel tem mais pessoas sensatas que retrógradas. Apesar de alguns insistirem em atacar e menosprezar as mulheres, chegando a fazer intimidações na internet, temos muitos homens que apoiam e fortalecem a caminhada feminina, incentivando, respeitando e fortalecendo as mulheres enquanto protagonistas.
Infelizmente, todo o esforço das mulheres ainda não tem sido suficiente e é preciso que haja uma evolução de conceitos, por isso apostamos no caminho da educação e do respeito, para que essas grades sejam rompidas definitivamente.
Repudiamos qualquer atitude de preconceito, intimidação e desrespeito às mulheres poetisas e cordelistas, assim como a qualquer mulher de nossa sociedade. O machismo é um ranço que precisa ser combatido todos os dias, não negado. Negar que ele existe só o fortalece. A poesia e o cordel não têm espaço para quem não respeita as mulheres.
Atenciosamente:
Henrique Brandão
Vinícius Gregório
Alexandre Morais
Isabeli Moreira
Erivoneide Amaral
Tainara Queiroz
Dayane Rocha
Thiago Gomes
Elenilda Amaral
Henrique Magno Oliveira de Brito
Roberto Barbosa
Micaeli Souza
Ana Clara Menezes
Francisca Araújo
Kamila Leite
Jorge Filó
Thiago Késsio
Repentista Jeferson Silva
Daniela Cristóvão
Monique D’Angelo
Jefferson do Afogados Conectado
Milene Augusto
Eriberta leite
Naldeane Barros
Daniela Bento Alexandre
Veronica sobral
Sara Cristóvão
Welington Rocha
Daniela Galdino
Maria Laura
Érica Pereira
Maria Dulcileide
Henrique Rocha
Ivanildo Lira
Alecsandra Barros Ramalho
Jadson Lima
Nill Júnior