Opinião: saneamento urgente para o Pajeú
Por Marcus Vinicius Caldeira Antunes*
Por volta de 2012 houve uma epidemia de dengue e zika no Brasil. O Vale do Pajeú não escapou do problema, porém a cidade de Quixaba apresentou a menor incidência da doença, bem abaixo dos demais municípios da região. O motivo? Em 1999 havia sido construída a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) da sede municipal, ligando 90% das residências existentes na época.
Ao longo dos últimos 20 anos elaboramos mais de 20 projetos de Esgotamento Sanitário para sedes municipais e povoados da região do Pajéu, entre eles Tabira, Solidão, Santa Terezinha, Ingazeira, Iguaraci, Calumbi e Mirandiba. As obras? Algumas foram iniciadas, outras nada.
Em 2010 a Codevasf iniciou um programa de implantação de SES (Sistema de Esgotamento Sanitário) na bacia do Rio Pajéu, afluente do rio São Francisco. Iniciou obras em Sertânia, Tabira, Afogados da Ingazeira, Santa Terezinha, Iguaraci e Calumbi. Não concluiu nenhuma até esta data.
O CIMPAJEÚ tem todas as condições para assumir a gestão do assunto. Chamar para si a responsabilidade, ativar o Núcleo de Saneamento, incluindo os assuntos de Resíduos Sólidos, Abastecimento de Água e Drenagem para concentrar os recursos, planejar as ações, reduzir os custos e agilizar as soluções.
O IFPE – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco está instalado em Afogados da Ingazeira e forma em média 20 (vinte) técnicos de nível médio na especialidade saneamento. É uma mão-de-obra preciosa para compor a equipe necessária ao cumprimento das metas estabelecidas em um Programa de Saneamento do Vale do Pajéu. Dezenove municípios unidos representam a força política mais de 350 mil pessoas. Vamos trabalhar nessa direção!
Marcus Vinicius Caldeira Antunes é Engenheiro Civil, com o CREA 12346-D/RS