Em Petrolina, o São João da Exclusão
Pra quem acompanhou de perto, o São João de Petrolina foi muito diferente do que apareceu na mídia, a ponto de ser batizado de “São João da Exclusão”.
O espaço foi reduzido, criando uma festa semi particular bancada com dinheiro público. O conforto maior ficou para quem comprou ingressos para os camarotes, espaço conforto e muita sofisticação, ao custo antecipado de R$ 165.
Os ingressos foram parar nas mãos dos cambistas, que os vendiam a valores que iam de R$ 400,00 a R$ 500,00. Tomando a melhor visão da festa, bem a frente do palco na melhor e mais privilegiada vista estava o camarote do Prefeito que foi usado para a promoção do pré-candidato Miguel e o clã Coelho, citados a todo momento pelos locutores e os artistas presentes, quebrando regra e princípio da impessoalidade.
O ex-prefeito tinha o direito de subir ao palco e interagir com os artistas, mesmo fora do cargo. Chegou a cantar com Wesley Safadão. Gustavo Lima chegou a dizer que iria transferir o título dele e da banda para Pernambuco para votar em Miguel, sem nenhuma atitude do Ministério Público e da Justiça Eleitoral anunciados até agora.
E, para reforçar o São João da Exclusão, na última sexta e sábado os portões foram fechados , deixando mais de 30 mil pessoas fora do evento. Os que tentaram forçar entrada ganharam bombas de gás e spray de pimenta. Quem apresentava o evento ainda ironizava os que não chegaram cedo como se fosse uma festa particula, desrespeitando quem foi barrado da própria festa.
Na área dos camarotes, pelas imagens aéreas, no território reservado caberia toda população que foi excluída de uma festa bancada com dinheiro público arrecadado dos seus impostos.
Poças de água suja, banheiros inóspitos, limitados, alagados de urina e mal cheiro. Sobraram marketing , publicidade nas redes sociais, atrações e faltou sensibilidade por parte da organização. Foi o São João da Exclusão. Veja post de Lara Cavalcanti:
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