E aí? Quem ganhou o debate?
Terminou pouco depois da uma da tarde o debate com os candidatos à Prefeitura de Serra Talhada promovido pela Cultura FM, com mediação desse jornalista.
A primeira surpresa foi a da presença da prefeita Márcia Conrado, do PT. Alguns achavam que, pela posição nas pesquisas e por entender que seriam três contra uma, Márcia não compareceria. Mas ela foi.
Com ela, o embate com Miguel Duque, Luiz Pinto e Jucélio Souza ficou muito mais interessante.
Outra marca do debate foi a quantidade de direitos de resposta solicitados, a maioria pela assessoria de Márcia. À exceção dela, só Miguel Duque recorreu à ferramenta. Ambos tiveram alguns direitos cedidos e outros negados, sob a batuta do talentoso advogado Jonas Cassiano.
Como era esperado, os confrontos mais aguardados eram os que envolviam Miguel Duque e Márcia Conrado. O filho de Luciano Duque disse em mais de uma oportunidade que Márcia tirou seu pai da disputa e praticou ingratidão. Márcia rebateu dizendo que essa marca é de Luciano, citando nomes como Marília Arraes e Carlos Evandro, que seriam exemplos do contrário: o traidor seria Duque.
Márcia teve que rebater questionamentos como o da liminar que determinou aplicação correta de recursos do Fundeb. Disse que não houve mal versação dos recursos. Em outras momentos, fez defesa da gestão e indiretamente criticou Luciano, quando sugeriu que arrumou muito do que encontrou desorganizado.
Em um momento, Miguel desafiou Márcia a um debate público com Luciano Duque, para mostrar quem fez mais por Serra Talhada. Márcia não quis polemizar e se manteve sem reagir.
Os demais, Jucélio Souza e Luiz Pinto foram franco atiradores, questionando os dois ciclos recentes. Jucélio se colocou como único candidato independente do processo e foi para o embate com Márcia quando tratou de ações na educação, a ponto de perguntar porquê a candidata não tinha suas filhas em escola pública. Márcia disse que não há diferença no tratamento. Também disse que os políticos de Serra são reféns de um “sistema”.
Já Luiz Pinto foi o nome que, com suas posições, mais arrancou risos da plateia pela eloquência. Hora atacava Márcia, hora Duque e Miguel, chegando a dizer que a gestora não assumiria um segundo mandato por imposição da justiça, gerando um direito de resposta.
Pinto em suma tentou ao seu estilo emplacar a percepção que Márcia, Luciano e Miguel são feitos do mesmo material e origem.