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Diácono Mateus Henrique, sobre ser ordenado pelo Papa: “uma grande honra e alegria para mim”

Publicado em Notícias por em 24 de abril de 2021

Sertanejo de Afogados da Ingazeira será único brasileiro a ser ordenado entre nove que terão a imposição das mãos do Papa Francisco

Silvonei José – Vatican News

O Papa Francisco, como bispo de Roma, irá ordenar 9 sacerdotes para sua diocese. A celebração com o rito da ordenação terá lugar no próximo domingo, Domingo do Bom Pastor, às 9 horas, horário de Roma, (4 da manhã no Brasil) com transmissão em português da Rádio Vaticano/Vatican News.

Os nove jovens (e menos jovens) que serão ordenados – entre os quais um brasileiro – prepararam-se para este grande momento com um retiro em um Mosteiro. Sua formação foi realizada em seminários da Diocese de Roma.

Seis deles estudaram no Pontifício Seminário Maior Romano: Georg Marius Bogdan, Salvatore Marco Montone, Manuel Secci, Diego Armando Barrera Parra, Salvatore Lucchesi e Giorgio De Iuri.

Dois deles foram formados no Colégio diocesano Redemptoris Mater – Riccardo Cendamo e Samuel Piermarini – e um no Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, precisamente o brasileiro Mateus Henrique Ataíde da Cruz.

Mateus nasceu em Afogados da Ingazeira (PE) e mudou-se para Roma há sete anos, para frequentar o Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor.

O que diz o seu coração nestes momentos que antecedem à sua ordenação sacerdotal?

A palavra que define este momento é gratidão…meu coração está repleto de alegria por este momento, repelto de agradecimento a Deus por tudo o que ele tem feito por mim ao longo destes anos em toda a minha vida. O que resume este momento que antece a celebração da ordenação é gratidão. Gratidão a Deus pelo dom da vida, pelo dom da chamada, pelo dom da vocação que ele me dá. Nada a acrescentar, somente gratidão.

Será o Papa a ordenar você, que sentimento tem neste momento sabendo que será o Sucessor de Pedro a lhe ordenar?

Ser ordenado pelo Santo Padre é uma grande honra para mim, uma grande alegria. Nunca pensei em chegar onde cheguei aqui na Diocese de Roma. Somente a providência de Deus faz essas peripécias na nossa vida. Comecei a minha vida vocacional de baixo, lá na minha terrinha, no sertão de Pernambuco. Cheguei aqui pela graça de Deus e agora estou sendo ordenado pela mãos do Santo Padre. Para mim é uma grande alegria, uma grande honra, não tenho palavras para descrever…

Por que decidiu fazer a sua formação sacerdotal em Roma? 

A decisão de vir para Roma, foi improvisa, por que eu nunca pensei em vir estudar em Roma, eu tinha na época, 22 anos. Eu pedi um tempo para poder discernir. Depois eu falei com dom Egidio Bison, bispo de Afogados da Ingazeira, e depois de um processo de discernimento, pedi o desligamento da diocese com grande dor, porque é uma terra que eu amo, porque é uma terra que eu quero muito bem, quero muito bem aos padres, ao bispo, a todos aqueles que se encontram ali, para poder seguir o chamado de Deus, seguir esta nova proposta carismática. E chegando a Roma me formei em Teologia, agora estou estudando na Universidade Lateranense. E em todo este período a minha formação foi no Seminário Divino Amor.

Como foi a formação neste período de pandemia?

Eu cheguei a Roma bem antes da pandemia, em agosto de 2014. Cursei o curso de Teologia. Foi um período maravilhoso, não existia a pandemia e então ia para a Universidade, frequentava as aulas. Só agora no ano 2020, com  o advento da pandemia tudo mudou. Não podiamos mais ver os colegas, os porfessores, não podíamos mais ter este contato próximo que tínhamos na Univedrsidade. Foi um período um pouco difícil, seja de frequentar as aulas, seja também na vida pastoral, na vida de Seminário. Tudo mudou um pouco. Tivemos que nos adequar. Infelizmente a situação não nos permite ainda hoje de nos aproximarmos para retomar uma vida, por assim dizer, normal. Infelizmente este período de formação em 2020 foi muito tribulado.

Qual será a sua missão no futuro, permanece em Roma?

A minha missão após a ordenação é continuar como padre da Diocese de Roma na qual eu estou encardinado atualmente. Irei ficar como Vigário paroquial na paróquia de Nossa Senhora das Dores. E entre este período de 2021-2022, continuarei ali, onde estou exercendo atualmente o ministério como diácono. Mas o futuro a Deus pertence. Não posso fazer projetos para o futuro até porque é Deus quem comanda a nossa vida, o nosso futuro. Inicialmente estarei ali, e se Deus quiser, aonde Ele quiser eu irei. Não posso colocar a minha vontade diante da vontade de Deus.

Uma mensagem para o povo de Pernambuco e do Brasil nestes momentos difíceis de pandemia…..

Por fim gostaria de agradecer a todos os meus conterrâneos de Pernambuco, de Afogados da Ingazeira, no sertão do Pajeu. Agradecer aos meus familiares, aos meus pais, meus parentes, meus amigos. Ao clero da Diocese de Ingazeira na pessoa de dom Bisol que me deu muita força nestes anos, nestes últimos tempos principalmente com a pandemia e pedir a todos vocês que rezem por mim. Rezem pelos meus colegas diáconos que serão ordenados no próximo dia 25 e pedir a Deus que conceda novas vocações para a sua messe, que mande mais operários messe, porque estamos necessitados de sacerdotes e de bons sacerdotes. Então peçamos sempre a Deus novas vocações, peçamos a Deus que ele possa derramar sobre cada um dos sacerdotes do Brasil a graça para levar a sua missão avante. E pedimos a Deus, por fim para que Ele se compadeça de nós, do povo brasileiro e derrame copiosas bençãos para todas aquelas pessoas que sofrem pelo fragelo do Covid. Peço a Deus que possa abençoar cada uma das pessoas que perderam familiares, que perderam as pessoas queridas, peçamos que essa pandemia possa terminar, acabar e possamos retomar às nossas vidas, às nossas  celebrações, à nossa vida de fé principalmente, para que possamos viver tempos melhores daqui em diante. Um abraço a todos e que Deus abençoe cada um de vocês.

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