Desfile da Mangueira homenageia Marielle Franco e repercute
G1
A viúva da vereadora Marielle Franco, Mônica Benício, saiu emocionada da Sapucaí na manhã desta terça-feira (5). Ela desfilou na última ala da Mangueira, que homenageou a parlamentar no enredo que reverenciou heróis da resistência negros e índios da história do Brasil. Para ela, a homenagem ressignificou o assassinato da ex-mulher.
Mônica enfatizou ter ficado emocionado com o desfile da verde e rosa, avaliando como “urgente”. “É uma emoção muito grande, por reconhecer que esse enredo é urgente. E ter a Marielle homenageada ali, saber que ela se tornou uma representação para as meninas negras”, avaliou Mônica. Para ela, o desfile foi uma ressignificação e a certeza da continuidade da luta pelas respostas sobre a morte da ex-vereadora.
Na entrevista ao final do desfile, Mônica Benício disse não ter se incomodado com as declarações do vereador Rodrigo Amorim, que criticou a homenagem da Mangueira, classificando o enredo como “lacrador”.
Amorim é o mesmo vereador que, durante a campanha eleitoral, quebrou uma placa de rua em homenagem à Marielle Franco. O ato foi feito com a ajuda de Daniel Silveira, hoje deputado federal, quando ambos estavam no palanque junto ao hoje governador, Wilson Witzel.
O parlamentar do PSL é mangueirense e, em sua crítica ao enredo da escola, chegou a afirmar que não cantaria o samba da escola por “não ter decorado a letra”.
“Eu não me dou nem ao trabalho de sentir alguma coisa porque hoje ele pôde ver, depois do episódio das placas, mais uma vez, o tamanho que a Marielle tem, coisa que ele jamais terá”, disse Mônica Benício, viúva de Marielle, sobre as falas de Rodrigo.