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Depois de votar por Impeachment, Gonzaga Patriota defende novas eleições e saída de Cunha‏

Por Nill Júnior

Plenário - Grande Expediente

Depois de votar favorável ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) usou a tribuna, nesta segunda-feira (18), para defender novas eleições e o afastamento de Eduardo Cunha.

O parlamentar fez um resgate histórico citando os avanços do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lamentou o fato do crescimento ter paralisado no segundo mandato de Dilma Rousseff.

“No governo do ex-presidente Lula, que durou 8 anos, o povo avançou nos programas sociais: o bolsa família; bolsa renda; Minha casa, Minha Vida e tantos outros programas sociais. No primeiro mandato de Dilma, ela ainda conseguiu continuar com os programas e avanços, mas infelizmente, no primeiro ano do seu segundo governo o Brasil paralisou. O número de desempregados no Brasil passou de 6,6 milhões, no trimestre de agosto a outubro de 2014, a 9,1 milhões, no mesmo período de 2015, além disso não podemos compactuar com as coisas erradas desse governo: mensalão, o dinheiro desaparecendo, empresa como a Petrobrás falindo. O povo passou a exigir uma solução”, informou Patriota.

O socialista acredita que a saída para essa crise política e econômica sejam novas eleições gerais.

“A solução que defendo são novas eleições gerais ainda este ano, já que vamos votar para vereadores e prefeitos, vamos aproveitar as duas propostas de emenda à constituição que estão aqui e votar para vereador, prefeito, deputados estaduais e federais, governadores, senadores e um novo presidente da república. E para que isso aconteça, a gente precisa convencer os deputados que o povo não aguenta mais ver o que está acontecendo nessa Casa”, desabafou.

Sobre Eduardo Cunha, Gonzaga Patriota foi bastante incisivo e defendeu o afastamento do parlamentar, além de cobrar celeridade da Comissão de Ética no julgamento.

“E que Comissão de Ética é essa que está aqui? Com todo respeito, tem 4, 5, 6 meses para cassar o presidente dessa Casa e não cassa. Tem que cassar esse presidente, porque o Brasil não aguenta a Casa do povo brasileiro ser governada por alguém que mentiu e roubou”, disparou.

Patriota finalizou o discurso solicitando que o Senado vote favorável ao processo de impeachment da presidente.

“O papel da Câmara dos Deputados foi feito, espero que o Senado cumpra o dele também e faça sua parte e, não apenas tire Dilma para colocar Michel Temer, que a gente possa ter eleições gerais e que o Brasil possa votar em um novo presidente que possa olhar para os brasileiros e que tenha cuidado para não acontecer o que acontece aqui: essa roubalheira com o dinheiro do povo”, disse.

Outras Notícias

TSE defere candidatura de Rildo em Amaraji

O Tribunal Superior Eleitoral invalidou a decisão do TRE-PE que havia indeferido o registro da candidatura do empresário Rildo Reis (PR), vencedor das eleições para prefeito em Amaraji (Mata Sul), em setembro passado. O pedido de impugnação do candidato foi impetrado pela Coligação Construindo Uma Nova História dos partidos (PSB/PMDB/PRB), que perdeu a eleição no […]

rildoreisO Tribunal Superior Eleitoral invalidou a decisão do TRE-PE que havia indeferido o registro da candidatura do empresário Rildo Reis (PR), vencedor das eleições para prefeito em Amaraji (Mata Sul), em setembro passado.

O pedido de impugnação do candidato foi impetrado pela Coligação Construindo Uma Nova História dos partidos (PSB/PMDB/PRB), que perdeu a eleição no município.

O deferimento do prefeito eleito foi uma decisão do procurador do TSE, Ministro Herman Benjamin e deu nulidade ao recurso do Tribunal Regional de Pernambuco.

Com a decisão do TSE, todos os candidatos a vereadores da coligação Todos Juntos por um Amaraji Melhor também foram deferidos. O único candidato adversário de Rildo Reis em Amaraji foi Juninho Gouveia (PSB), que encabeça a coligação que entrou na Justiça Eleitoral contra o republicano.

Duque analisa vitória de Paulo condicionada ao PT

Farol de Notícias Esperançoso com a continuidade de investimentos do governo Paulo Câmara em 2019 para Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque (PT) analisou a vitória do PSB nas eleições do último mês de outubro condicionando-a aos conflitos internos ocorridos dentro do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco. Falando ao programa Sertão Notícias, na rádio Cultura FM, recentemente, […]

Farol de Notícias

Esperançoso com a continuidade de investimentos do governo Paulo Câmara em 2019 para Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque (PT) analisou a vitória do PSB nas eleições do último mês de outubro condicionando-a aos conflitos internos ocorridos dentro do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco.

Falando ao programa Sertão Notícias, na rádio Cultura FM, recentemente, o prefeito foi indagado sobre a felicidade que Paulo Câmara estaria sentido hoje, graças a essa aliança.

“[Risos] Ele foi vitorioso graças ao povo de Pernambuco que elegeu ele e graças a Humberto Costa que retirou a candidatura de Marília [Arraes]. Nós tivemos o papel importante de fortalecer o PT em Pernambuco, porque se Marília não tivesse colocado esse projeto na rua talvez não tivesse acontecido tudo isso o que a gente vivenciou na campanha, com a vitória de Humberto no Senado e Paulo Câmara governador”, opinou.

Na mesma entrevista, Luciano disse que fez oposição ao governador nos últimos anos, mas é preciso separar as posições políticas da necessidade de uma gestão ampliada a atender todos os municípios. Nos últimos anos, Serra foi beneficiada com várias obras e recursos oriundos da gestão estadual.

Patriota entregou pauta municipalista ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia

O Prefeito José Patriota foi designado pelo Presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, para liderar a representação municipalista que reuniu-se com o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e líderes partidários. A reunião aconteceu nesta terça (13). Na agenda de compromissos, foi abordada a XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, além dos projetos que tramitam […]

O Prefeito José Patriota foi designado pelo Presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, para liderar a representação municipalista que reuniu-se com o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e líderes partidários. A reunião aconteceu nesta terça (13).

Na agenda de compromissos, foi abordada a XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, além dos projetos que tramitam na Câmara e no Senado e são de interesse do municipalismo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu de Patriota, o convite para participar da XXI Marcha.

Como nas edições anteriores, o deputado reafirmou o compromisso de debater a matéria prioritária municipalista e participar do evento, que reunirá gestores locais e parlamentares entre os dias 21 e 24 de maio, em Brasília.

A colegiado, diretor do FNDE detalha situação de 2.581 obras inacabadas

Em depoimento na Comissão de Educação (CE) do Senado, nesta quarta-feira (11), Gabriel Vilar, membro da diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), detalhou a situação de mais de 2,5 mil obras inacabadas que receberam recursos do órgão.  Ele propôs o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle, como forma de evitar casos de tráfico […]

Em depoimento na Comissão de Educação (CE) do Senado, nesta quarta-feira (11), Gabriel Vilar, membro da diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), detalhou a situação de mais de 2,5 mil obras inacabadas que receberam recursos do órgão. 

Ele propôs o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle, como forma de evitar casos de tráfico de influência como os que estão sendo apurados pela CE. Vilar é diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do FNDE.

Respondendo ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Vilar negou conhecer os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, acusados de pedir propina a prefeitos em troca da liberação de recursos do FNDE. 

O caso levou à queda do então ministro da Educação, Milton Ribeiro, também pastor evangélico, em março. Vilar disse não conhecer em detalhes a atuação de Darwin Einstein Lima, acusado de conflito de interesse por ter sido ao mesmo tempo consultor do FNDE e sócio de uma empresa executora de obras com recursos do fundo.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Carlos Portinho (PL-RJ) concordaram com a necessidade de comparecimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, para esclarecer o que o órgão de controle tem feito em relação às denúncias. Omar pediu a convocação de Rosário, enquanto Portinho defendeu que ocorra apenas um convite.

— É importante que a gente tenha conhecimento das providências que a CGU está tomando. Tem obras em que não está sendo empenhado nem 2% do valor. O Tribunal de Contas da União, lógico, vai agir, mas quem tem que estar de olho nisso é a CGU — declarou Omar.

Gabriel Vilar afirmou que o FNDE vem cooperando com a CGU, que já abriu um procedimento administrativo. 

Inacabadas

Gabriel Vilar apresentou tabelas mostrando que há 2.581 obras de escolas e creches inacabadas relacionadas ao fundo, aprovadas entre 2007 e 2022, totalizando R$ 2,389 bilhões, dos quais R$ 1,274 bilhão foram pagos. Dessas obras, 352 receberam 100% dos recursos necessários.

Segundo Vilar, desde 2017 o FNDE conseguiu recuperar para o Tesouro Nacional R$ 220 milhões, de cerca de R$ 800 milhões perdidos, e vem negociando com as prefeituras a repactuação de 1.587 dessas obras, para que sejam retomadas sem prejuízo ao erário.

Consultor

Randolfe Rodrigues, requerente da audiência, concentrou-se sobre o papel de Darwin Einstein Lima, que foi ao mesmo tempo consultor do FNDE e dono de uma empreiteira. Segundo Randolfe, só uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderá forçar Darwin a depor:

— Tem uma lacuna aqui que só conseguiríamos responder com uma CPI, que é a atuação atípica do sr. Darwin Einstein. Esta comissão [a Comissão de Educação do Senado] não tem poder coercitivo para sua presença.

Vilar declarou que sua diretoria tem 72 consultores, contratados após processo seletivo público e transparente, e que não tem como controlar a vida privada deles. Reconheceu que foi vizinho de Darwin durante seis meses, mas atribuiu isso a uma coincidência. Também esclareceu que Darwin não é mais consultor do FNDE, em razão do fim de seu contrato temporário.

Carlos Portinho criticou alguns senadores por “debocharem” do nome de Darwin, o que, segundo o senador, pode ter contribuído para ele não ter atendido ao convite da comissão para depor.

Técnico

Vários senadores, entre eles Izalci Lucas (PSDB-DF), Wellington Fagundes (PL-MT) e Carlos Viana (PL-MG), elogiaram o depoente pelos esclarecimentos prestados sobre seu trabalho técnico na diretoria do FNDE.

— Quem não deve não teme, então sua presença demonstra que você esclarece, se necessário, as questões — disse Izalci.

Gabriel Vilar — que, apesar de ter apenas 27 anos, trabalha desde 2013 no Poder Executivo — agradeceu:

— Dizem que sou indicação do Republicanos, e tudo mais. Comecei no governo do PT e hoje estou no governo do presidente [Jair] Bolsonaro. Eu não faço política. Faço técnica. Enquanto os governos quiserem a competência do Gabriel, eu permanecerei.

Próximos depoimentos

Como a audiência com Vilar estendeu-se mais que o esperado, foi adiado o depoimento do segundo convidado do dia, Garigham Amarante Pinto, diretor de Ações Educacionais do FNDE. O presidente da CE, senador Marcelo Castro (MDB-PI), pediu desculpas a Garigham, que aguardava para participar por videoconferência. Ainda não há data definida para a nova audiência.

Antes da reunião, Marcelo Castro reiterou que a intenção do colegiado é ouvir, possivelmente na próxima semana, o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, que era secretário-executivo da pasta na gestão de Milton Ribeiro. As informações são da Agência Senado.

Êxodo rural aumenta em Afogados da Ingazeira, mostra Censo 2022

Informações foram passadas pelo coordenador de área do IBGE, Júnior Queiroz durante entrevista à Pajeú. Por André Luis O fenômeno do êxodo rural, caracterizado pela saída das pessoas do campo para habitar as cidades, tem se tornado uma preocupação crescente em Afogados da Ingazeira. Localidades como Tabira, São José do Egito, Itapetim, Santa Terezinha e […]

Informações foram passadas pelo coordenador de área do IBGE, Júnior Queiroz durante entrevista à Pajeú.

Por André Luis

O fenômeno do êxodo rural, caracterizado pela saída das pessoas do campo para habitar as cidades, tem se tornado uma preocupação crescente em Afogados da Ingazeira. Localidades como Tabira, São José do Egito, Itapetim, Santa Terezinha e Tuparetama ainda possuem um potencial rural significativo, contando com uma força de trabalho expressiva que, porém, tem migrado para sedes das cidades.

As informações foram passadas pelo coordenador de área do IBGE, Júnior Queiroz, durante entrevista ao programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú, na última sexta-feira (30).

Segundo Júnior, o tema foi debatido durante a reunião de encerramento do Censo 2022, que contou com a presença de representantes da gestão municipal, incluindo o prefeito Sandrinho Palmeira, além de diversos órgãos importantes, como o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), entre outros.

Júnior informou que o Censo 2022 apontou uma queda na população em Afogados da Ingazeira, que encerrou com pouco mais de 7 mil habitantes na zona rural. Esse fato é facilmente perceptível, já que o crescimento acelerado da cidade, impulsionado pela expansão urbana, tem atraído cada vez mais pessoas do campo em busca de melhores oportunidades. 

Esse movimento de êxodo rural gera preocupação, uma vez que afeta a produção agrícola e pecuária da região. Agricultores têm abandonado o trabalho no campo em busca de outras atividades econômicas mais lucrativas, o que impacta diretamente o setor e reflete no Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios.

Júnior informou que embora a economia tenha melhorado e o PIB per capita tenha aumentado em Afogados da Ingazeira, é necessário que o poder público ofereça total assistência à população rural, garantindo condições adequadas de trabalho e incentivando a produção agrícola.

De acordo com dados do Censo, a população rural de Afogados da Ingazeira teve uma queda de mais de 10% entre 2010 e o último levantamento, passando de 9.200 habitantes para pouco mais de 7.200. 

“O desafio agora é encontrar soluções que valorizem o trabalho no campo e incentivem o desenvolvimento sustentável dessas regiões, buscando alternativas para reverter o êxodo rural e fortalecer a economia local”, destacou Júnior.