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Decisão da Executiva Nacional do PT não agrada militância e diretórios municipais

Publicado em Notícias por em 2 de agosto de 2018

Marília quando esteve na Rádio Pajeú. Foto: André Luis/Arquivo do blog.

Por André Luis

A decisão tomada pela Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores nesta quarta-feira (01), tem repercutido de forma negativa entre a militância do partido e nos diretórios municipais de várias cidades pernambucanas.

Alguns diretórios, emitiram inclusive nota de repudio contra a decisão da Executiva Nacional de apoiar os candidatos do PSB, entre eles a reeleição do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

O Diretório Municipal do PT de Lagoa de Itaenga – PE, emitiu nota onde diz que “foi com muita indignação e descontentamento que recebemos a resolução da Comissão Executiva Nacional do PT (CEN) sobre a tática eleitoral do partido, segundo a qual se deliberou pelo apoio a candidatura do PSB ao governo de Pernambuco, orientando-se a retirada da candidatura da companheira Marília Arraes.

Segundo a nota, a “decisão é marcada por profundas incoerências, a começar pelo fato incontestável que o PSB foi um dos articuladores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, contando com a participação efetiva do governador Paulo Câmara”.

Ainda na nota do diretório de Lagoa de Itaenga, “o CEN ignora o desejo da militância petista e o sentimento da própria população pernambucana”

O diretório encerra a nota destacando que estará defendendo com total firmeza, a postulação de Marília Arraes e que os três delegados do diretório irão votar a favor da candidatura própria do PT ao governo de Pernambuco.

Outro Diretório Municipal do PT que emitiu nota de repudio contra a Executiva Nacional, foi o de Sertânia-PE. Na nota o diretório diz que a aliança vai causar “o maior processo de desfiliação da história do partido”. Em outro ponto da nota o diretório destaca que esse tipo de aliança irá “matar” o partido.

O diretório municipal de São José do Egito, através de seu presidente o ex-prefeito do município Romério Guimarães, emitiu nota onde trata os responsáveis pela decisão da aliança como golpistas. “A Terra da Poesia não se curvará aos golpistas de fora e de dentro do partido. Não vamos compactuar com essa negociata espúria. Somos livres e vamos continuar na defesa do sagrado direito de uma filiada do partido concorrer ao cargo de governadora de Pernambuco. Avante, Marília Arraes!”

Na página oficial do PT no Facebook, a postagem feita ontem, onde o partido apresenta a “Tática Eleitoral” decidida e votada durante a reunião da Executiva Nacional, recebeu uma saraivada de comentários negativos, que desaprovam a decisão.

Em um dos comentários, um internauta escreveu: “Infelizmente, o PT perdeu o rumo. A política de alianças locais é uma vergonha e uma traição a todos que lutaram contra o golpe dado contra a Dilma, além disso, demonstra um desespero por alianças que não é coerente com o seu contexto. Triste, pois aponta uma deterioração de sua composição e direção, mas talvez sirva de aprendizado para uma futura renovação, pois do jeito que está se implodindo, não ganhará nada.”

Em outro comentário um internauta pede que o partido “largue mão dos projetos pessoais de poder e apoie o PDT/Ciro Gomes nas eleições”, o internauta ainda diz para que o partido “deixe de ser sombra de mangueira (não deixando nada surgir debaixo dela),” e pede: “abandonem o projeto de poder e pensem no país”.

A promessa da militância do partido em Pernambuco é a de resistência contra a decisão até o último momento. Emídio Vasconcelos, ex-candidato a prefeito de Afogados da Ingazeira-PE e militante histórico do partido, falando a Rádio Pajeú na manhã desta quinta-feira (2), afirmou que a “Executiva Nacional deu um golpe no Diretório Estadual do Partido” e que por isso perdem a legitimidade no discurso de golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

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