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Covid-19: médico afogadense relata melhora na estrutura da saúde no Recife

Publicado em Notícias por em 18 de junho de 2020

Matheus Quidute revelou que médicos começam a aprender a lidar com a doença e se mostrou preocupado com interiorização de casos.

O jovem médico afogadense, Matheus Quidute voltou a falar nesta quinta-feira (18) ao programa A Tarde é Sua da Rádio Pajeú, sobre como tem sido estar na linha de frente do combate ao novo coronavírus, no Recife. Ele também relatou a situação em que se encontram as unidades de saúde da capital.

Matheus, que deixou de atender nas emergências e está atuando exclusivamente nas UTIs de alguns hospitais, disse que uma de suas preocupações,  a situação estrutural do sistema de saúde, tem melhorado. Ele atribui a melhora ao lockdow que foi implementado no Recife e algumas outras cidades da região Metropolitana.

“Temos visto uma melhora gradativa. A uns quinze dias temos notado uma diminuição no fluxo de pacientes e também de pessoas que chegam em estado grave às unidades. A oferta de leitos e UTIs está bem melhor também.”

Matheus disse que vem percebendo que cada vez mais os pacientes que tem chegado as UTIs da capital são oriundos do interior do estado. “A doença está se interiorizando de uma forma assustadora. Não dá pra fechar os olhos pra isso. Essa reabertura que está acontecendo aí é preocupante”, disse

Segundo o médico, a abertura gradual das atividades econômicas, levam mais gente pras ruas sem máscara, aumenta o fluxo de pessoas e de carros nas ruas, preocupa pela falta de estrutura na saúde no interior do estado. 

“Tem suporte de oxigênio? Tem balão de oxigênio para transferência? Tem ambulância suficiente para transferência?”, questionou. Para ele o controle da curva de contágio está nas mãos das pessoas, que precisam seguir todas as recomendações de segurança e sair somente em caso de necessidade extrema.

Matheus revelou que tem sido mais comum dar alta às pacientes.  “É como se a gente estivesse aprendendo a manusear a doença. Ela estava batendo na gente no início e agora é ao contrário. A gente está sabendo conduzi-la. Chega um paciente com a saturação lá em baixo, a gente  consegue ir esticando a corda e monitorizando, sem extubar”, revelou.

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