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Coluna do domingão

Publicado em Notícias por em 26 de março de 2017

Câmara no modo “desabafo”

Um Paulo Câmara mais sisudo que de costume chegou aos estúdios da Rádio Pajeú esta semana, para o debate em que prestou contas e respondeu questionamentos dos comunicadores e da população.

A impressão que passou foi a de quem não entendera como, com o Estado na posição semelhante ao sobrevivente em meio a náufragos, ainda era tão cobrado. Também some-se a agenda extenuante, com várias cidades visitadas em curto tempo. É um tal de inaugura aqui, entrevista alí, seminário acolá.

No debate da Pajeú, Paulo respondeu em sua maioria a cobranças. A maior delas, sobre índices na área de segurança, seu maior calo. Mas também sobre saúde e o HR Emília Câmara, falta de ação no combate ao desmatamento, atraso de obras. Certamente queria falar mais dos índices da educação, das obras hídricas para combate à estiagem, dos salários em dia considerando o atual cenário nacional.

Ser governador de um Estado como Pernambuco nunca foi fácil. Paulo provou isso da forma mais complexa, perdendo antes de iniciar sua missão seu referencial, com a morte de Eduardo Campos. Mas pergunte se apesar de tudo isso se ele quer sair da cadeira que ocupa em 2018. Vai reagir mais sisudo que no Debate da Pajeú.

Patriota sobre OS não pegou bem

Prefeitos que ouviram o colega José Patriota dizer que não tinha convicção se passar o HR Emília Câmara para uma Organização Social seria a solução e que era uma questão que o Estado teria que resolver não digeriram bem. Isso porque, garantem, em nome do município, o vice Alessandro Palmeira era “OS Futebol Clube” em todas as reuniões que tratavam do tema.

Porque não é fácil defender mudança​

A gestão do hospital por Organização Social acaba com boa parte dos cargos de apadrinhamento, prezando pela resolutividade. Apadrinhados que poderão perder a boquinha costumam cobrar quem apoiou a ideia, armando uma vingança do tipo “não voto mais” depois. Como não são poucos, incomodam.

Como está a OS em Arcoverde?

Segundo o blog levantou, é verdade que a gestão do Hospital Ruy de Barros melhorou a resolutividade. Aumentou em qualidade e quantidade os atendimentos de urgência e emergência e reduziu servidores de QI (Quem Indica). Antes, mexer com esse tipo de apadrinhado era impossível, rendesse ou não.

Duas caretas

O debate de Paulo Câmara na Pajeú rendeu ao menos duas caretas estilo limão azedo. Uma, do gente boa Evaldo Costa, quando ouviu cobrança ao vivo de Anderson Tennens, da Cultura FM, contra entrevista apenas à Lider do Vale. Outra, de Iran Costa, da Saúde, ao ouvir que a OS queimava mais dinheiro que o atual modelo. A ponto de pedir pra falar depois de Câmara pra contestar os dados.

Quem entende?

Em Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque foi fotografado ao lado do ex, Carlos Evandro, depois de críticas mútuas que davam a certeza do “nunca mais nem perto”. Mas é do irmão João Duque Filho, o Duquinho, que surgiu a maior reação à aproximação de Luciano com o grupo que o combatia há pouco. Em suma, disse que ele “não é bem vindo” no bloco.

Morde e assopra

O petista Emídio Vasconcelos até elogiou a entrega das bela escola Domingos Teotônio reformada, em contato com o blog. Adjetivou de “louvável”. Mas não perdeu a viagem: “entretanto, não há sentido em ações como essa se não se acaba com a chaga das turmas multiseriadas no campo”.

Trator

A reação de Adelmo Moura, ao não reagir à mudança de agenda do governador no Pajeú, quando sua cidade saiu do roteiro, é uma coisa. A imagem reforçada de que, por outro lado, Sebastião Oliveira, um dos articuladores dá mudança para Serra, é um trator quando quer que seus interesses prevaleçam é outra.

Legado

Pra não dizer que a coluna não falou das flores: se entregar até 2018  o Hospital do Sertão e realmente melhorar a qualidade dos hospitais Emília Câmara e Maria Rafael de Siqueira, Paulo Câmara deixará um legado importante na região. Por consequência vai ajudar aliados como Sebastião Oliveira, José Patriota e Evandro Valadares nas suas bases.

Resposta automática

A certeza de que o governador Paulo Câmara não admitiria ineficiência no combate à retirada ilegal de madeira no Pajeú era tão grande que um dos membros do Grupo Fé e Política chegou a pensar em “escalar” alguém para, ao ouvir o governador dizer que estava fazendo algo, rebatê-lo na bucha.

Frase da semana: “Pernambuco não caiu, está de pé”.

Do governador Paulo Câmara, ao destacar que apesar da crise que se abateu sobre os estados, sua gestão manteve equilíbrio das contas.

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