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Brasil reclama de tarifaço de Trump na OMC: ‘Tarifas arbitrárias anunciadas de forma caótica’

Publicado em Notícias por em 23 de julho de 2025

Declaração do embaixador brasileiro ganhou apoio de 40 países. 

Do G1

O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Gough, condenou, em discurso apresentado na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira (23), tarifas “arbitrárias”, anunciadas e “implementadas de forma caótica”.

A declaração foi apoiada pelos países da União Europeia (que são 27) e mais 13 nações.

A manifestação ocorreu durante reunião do Conselho Geral da OMC, em Genebra, na Suíça. Em seu pronunciamento, o representante brasileiro registrou profunda preocupação com “uso de medidas comerciais como instrumento de interferência em assuntos internos de outros países”.

No entanto, não citou diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A nove dias da data prevista para a implementação do “tarifaço” anunciado pelo republicano, o governo brasileiro defende que não pretende sair da mesa de negociações.

No discurso desta quarta, o enviado do governo brasileiro destacou que tais medidas “estão interrompendo as cadeiras de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”.

Além disso, sanções unilaterais desse tipo “equivalem a uma violação flagrante dos princípios fundamentais que sustentam a OMC e são essenciais para o funcionamento do comércio internacional”.

A apresentação de um recurso à OMC foi uma das medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tentativa de conter a implementação das tarifas de 50% sobre exportações brasileiras em território americano.

Desde que o presidente Lula passou a mencionar a possibilidade de o Brasil recorrer formalmente ao órgão internacional, diplomatas têm avaliado que o órgão de solução de controvérsias da instituição está paralisado e sem capacidade de agir e, mesmo que tome uma decisão, sem força para implementar.

Diante disso, entendem que um eventual recurso formal representaria um gesto político, sem produzir decisões efetivas.

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