Socialistas históricos não fizeram sucessores em São José e Sertânia
Dois importantes prefeitos socialistas saíram derrotados das urnas no último domingo, sem conseguir fazer seus sucessores.
Em São José do Egito, a quarta gestão Evandro Valadares não repetiu o sucesso dos ciclos anteriores. Ao contrário, teve tantas dificuldades que nem seu candidato, George Borja, se propôs a defender seu ciclo.
Nos debates com o empresário Fredson Brito, George dizia abertamente que não era candidato governista para defender os erros da gestão e sim, aproveitar o que havia de positivo, mudando o que não dava certo. Em um dos debates, Fredson provocou: “George, o candidato de oposição sou eu”, disse.
George para a Frente Popular é o que se pode chamar de “candidato certo na hora errada”. Os fatores políticos, como o racha político e familiar ao não viabilizar o nome de Augusto Valadares, entre os grupos do prefeito de Ouro Velho e Paulinho Jucá, mais a dificuldade em recuperar a gestão, implodiram a candidatura de George. Ele não perdeu só.
Já em Sertânia, Ângelo Ferreira tem uma história irretocável, como prefeito, ex-deputado e ex-secretário de Estado. Mas, novamente, repetindo 2016, quando a esposa Cleide perdeu para Guga Lins, não consegue fazer a sucessora.
A dúvida em Sertânia é sobre até onde teria pesado a fadiga de material ou o real sentimento de mudança que tomou a maior parte da cidade, com a candidatura de Pollyana Abreu, batendo a governista Rita Rodrigues.
A demora em anunciar o nome também pesou. Quando Ângelo decidiu por Rita em janeiro, deixando de lado o sobrinho Paulo Henrique, Pollyana já estava na rua há muito tempo. O trabalho de imagem e marketing de Pollyana também foi importante. E no final, o povo quis mudar.