Serra: secretário promete diálogo e admite melhorar proposta para professores
Professor Erivonaldo Alves não comentou ação do município contra o piso
O Secretário de Educação de Serra Talhada, Erivonaldo Alves, falou ao Sertão Notícias, da Cultura FM, sobre a negociação com os professores da rede municipal de Serra Talhada, que estão em greve.
Ele esteve ao lado de Marquinhos Dantas, mais um nome envolvido na comunicação da gestão. “Nós estamos sempre abertos ao diálogo. Recebemos sindicatos e representações em cerca de seis vezes. Lembro que também sou professor da rede. Márcia não se furtou de maneira alguma em fazer o melhor dentre das suas possibilidades”.
Apesar do reajuste aprovado de 14,9% a proposta do município foi de 5,46%. “O comparativo financeiro é voltado sempre com base no ano anterior. E também temos os índices da Lei de responsabilidade Fiscal”, justificou sobre o aumento. Disse ainda estar na luta planejando para chegar aos 200 dias letivos, sem prejuízos para os pais de alunos. “Mediante esse tempo que estamos parados estamos adiantando reformas. E todos os dias serão recompensados”. Também destacou que colocou câmeras de monitoramento nas escolas.
“Ente março e abril deste ano recebemos a menos R$ 1,5 milhão. Pode variar”. Perguntado se pode avançar além dos 5,46%, falou em calma. “Vamos chegar nesse ponto”. Sobre melhorar a proposta, falou que “pode acontecer”.
Afirmou ainda que a visão não é somente quanto ao professor, falando de outros profissionais. Defendeu investimentos feitos na zona rural, inclusive com a primeira creche na zona rural, ações urbanas como a reforma da escola Cônego Torres e outras escolas. Falou que a merenda é uma das melhores da regional.
Sobre a possibilidade de boicote ao desfile de emancipação, disse não acreditar que os professores não irão participar da atividade.
Secretário desviou do tema “ação contra o piso”: chamou atenção o fato de que o Secretário não comentou a ação do município de Serra Talhada contra a aplicação do piso exclusivamente em Serra Talhada. A ação gerou repercussão inclusive pelo fato de Márcia Conrado ser presidente da AMUPE. Também pela fragilidade jurídica da liminar, já quer não se pode conceber um piso nacional não cumprido apenas em Serra Talhada. Até aliados avaliam ter sido um fato ruim.
O Secretário foi pouco interpelado sobre o tema. Quando a jornalista Juliana Lima falou do porquê porque judicializar se há possibilidade de melhorar a proposta, ele se esquivou. “É isso que o governo vai analisar. Toda a parte jurídica está cumprindo seu papel junto com o Sindicato”, limitou-se a dizer.